4 - marinette

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A pintora conheceu seu vizinho de cima, o qual ela o incomodava a quase um ano, no último sábado do mês de setembro. Se chamava Adrien e era tão bonito, que a mestiça não sabia nem como teve coragem de ter começado a conversar com ele.

Ele estava usando uma calça preta e a camisa era branca da marca Vans, que era a mesma do tênis dele. Tinha olhos verdes brilhantes, que lembrava o tom de esmeraldas, o cabelo era dourado e sua mandíbula era bem marcada. Não podia mentir para si mesma, o garoto era absurdamente lindo.

Foi embora se despedindo com pressa, pois Alya disse que estava esperando ela as três da tarde na cafeteria e já estava atrasada a cinco minutos, o que significava que iria chegar até a amiga até três e quinze.

Mandou mensagem para a garota ao sair do prédio e andou com pressa pelas calçadas. Além de ser extremamente desastrada, estava atrasada, como sempre.

"But I was late for this, late for that, late for the love of my life/ And when I die alone, when I die alone, when I die I'll be on time", ela cantarolou na sua cabeça, o que a fez abrir um sorriso.

Era exatamente isso, ela tentava não se atrasar, mas simplesmente acontecia, e estava tudo bem. Em algum momento da sua vida, ela iria ser pontual, mas aquele encontro com sua melhor amiga ainda não era o momento certo.

Chegou no café as três e treze, como indicava os ponteiros de seu relógio, e estava em busca de ar, enquanto estava sentada na frente de sua amiga com braços cruzados, rente a uma das clássicas mesas redondas nas beiras das ruas de Paris.

A morena usava óculos, e o cabelo, com pontas um pouco avermelhadas, estava solto. Usava uma camisa branca por baixo da camisa xadrez vermelha, uma calça jeans preta e nos pés tinha um par de all-star pretos. Alya Césaire cursava jornalismo e era a melhor amiga da mestiça havia mais de seis anos, e morava junto com o sua família.

- Marinette, você não trouxe uma blusa? - a morena a cobrou e em um sorriso tímido a azulada negou, e encolheu os ombros, pronta para receber os sermões. - Garota! Você sabe que fica doente fácil e estamos no outono!

- Estamos no começo do outono ainda, Alya. Fique calma, não está frio e não vou ficar doente. - a mestiça disse, segura de si e olhando o cardápio, embora já soubesse o que iria pedir.

- Se você ficar doente, Srta. Marinette, não será eu quem irá cuidar de você! - ela continuava dizendo, apontando para a amiga. - Anote o que estou dizendo!

- Anotado! - a azulada disse, sorrindo e deu uma piscadela para a amiga, que não aguentou e sorriu para a amiga.

Então, uma garçonete veio até elas, que pediram e ficaram conversando, alegremente e tomando café. Marinette adorava passar um tempo com sua melhor amiga, era sempre uma sensação boa conversar com a morena.

Quando chegou em casa, ouviu o típico som do piano e ela não pode evitar uma risada de alegria. Então, depois de alguns poucos minutos, a música parou e ela olhou para a porta de vidro, em busca de respostas, mas não teria nenhuma.

Um pouco brava, se sentou no sofá e ligou a TV, para continuar a assistir "Brooklyn 99". Então, pelo canto dos olhos ela viu algo de mexer na sacada, chamando sua atenção, e ela olhou assustada. Era, literalmente um livro voador.

Ela correu até o livro, era "O pequeno Príncipe", mas o que importava era um bilhete que estava amarrado junto ao barbante. Ela pegou o bilhete e deixou o livro pendurado.

- Puxe o livro de volta, Adrien! - ela disse, a voz cheia de alegria.

- Só depois de ter minha resposta! - ela ouviu e, sorrindo, leu o bilhete, escrito de caneta preta com uma letra caprichosa.

"Gostaria de ouvir qual música?"

Ela escreveu uma resposta com a primeira caneta que achou, que era vermelha, e amarrou o bilhete no barbante que segurava o livro e deu duas puxadas leves, então o livro voltou até o seu dono.

Ela ouviu passos, e então, ouviu o doce som do começo de "Bohemian Rhapsody". Ela abriu um sorriso e cantou baixinho, para ouvir com atenção o som que seu vizinho fazia, de forma linda, no teclado que mais parecia um piano.

Adrien não mandou mais nenhum bilhetinho por meio do barbante, o que a fez ficar levemente triste e ele parou de tocar. Ele deveria estar ocupado, então ela não o culpou, apenas continuou a assistir a sitcom com um sorriso largo no rosto.

neighbors | [AU] adrinetteWhere stories live. Discover now