39 - adrien

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De madrugada, aproximadamente às duas da manhã, ele acordou com Marinette em cima dele, dormindo, e ela estava com as costas gelada, por estar sem uma camisa e por estar sem o cobertor a aquecendo naquela região. Adrien deitou ela na cama delicadamente, tentando não acordá-la e a cobriu.

Ele se levantou, colocou sua cueca e a calça de moletom que estava jogada no chão e soube que havia perdido totalmente o sono. Pegou sua blusa e a colocou no corpo e foi até a porta.

- 'drien... - ouviu a voz da garota e ele se virou, vendo a mesma enrolada nas cobertas e olhando para ele. - Onde... você vai?

- Na sala, eu acho. - ele sussurrou e ela suspirou, voltando a dormir. Ele abriu a porta e saiu, deixando a namorada dormindo.

Desceu as escadas sem pressa, e ao ver o sofá, mudou a rota, indo em direção ao seu lugar favorito, o jardim de inverno, onde sempre se escondia para pensar quando era mais jovem e precisava ficar sozinho.

Se sentou no sofá e abraçou os joelhos, respirando fundo e fechando os olhos. Não sabia o que estava fazendo ali, mas se encontrava no jardim.

Sem querer, começou a pensar em Marinette. Era isso, com ela, pensava nela e sem a mesma por perto, ela continuava a dominar seus pensamentos.

Sua mente lhe infortunou com Kagami, sua ex-namorada, como se sentia antes de Marinette e agora com ela. Eram coisas tão diferentes e ele se sentiu levemente triste por pensar nisso.

Kagami nunca havia sido a melhor pessoa do mundo, ele só havia ficado um pouco cego com ela e foi assim dos quinze aos dezoito. Kyoko, como ele costumava chamá-la, o pressionava demais e foi assim que ele perdeu sua virginidade, com o jeito que ela lhe provocava e dizia que a indecisão do loiro a machucava. Ele teve que apressar as coisas porque ela queria as coisas em seu tempo.

O término foi algo que sua mãe e Nino trabalharam com ele. Os dois disseram que ele, claramente, não se sentia feliz com a japonesa e que ela não o fazia bem, já que ele não fazia as piadas sem graça que costumava fazer e não tinha o mesmo sorriso que costumava dar. Ele terminou, ela lhe disse coisas ruins e ele se sentiu insuficiente, mas continuou com a ideia e terminou com a garota.

Sem ela, e ainda sem Marinette, foi estranho. Ele começou a voltar a ser quem era, embora tivesse se reservado um pouco mais. No começo, foi um desafio, mas acabou superando, junto com Nino e sua mãe, que lhe apoiavam e o ajudavam.

E, então, ela apareceu. De primeira, não parecia ser a garota certa. Muito menos na segunda vez, mas aprendeu tinha a ideia de que começou a gostar dela depois que trombou com a mesma na escada.

Dupain-Cheng era paciente e amorosa, além de ser confiável, talentosa e gentil. Ela era uma pessoa profunda e cheia de detalhes que ele queria descobrir cada pedaço. Era inteiramente linda e apaixonante.

Ela ainda era virgem e tudo parecia novo para ela, então ele não forçou nada, lembrando do jeito que se sentiu quando a Kagami lhe fez fazer aquilo. Com sua namorada, nunca forçou um beijo que ela não quisesse ou ousou tocar onde ela não permitisse. Não queria que ela se sentisse forçada, invadida ou qualquer outra coisa.

Ele a amava com todo seu coração, e queria que ela soubesse o que ele sentia e que confiasse no mesmo por livre e espontânea vontade, assim como ele se sentiu com ela.

Sua insuficiência diminuía a cada dia, pois ele a tinha por perto e isso já era algo que ele sempre desejou ter e, agora que tinha, não ousaria perder algo valioso como ela era, já que a mestiça o fazia se sentir especial e único.

Tentando afastar os pensamentos que vinham em sua mente e na tentativa de não acabar chorando pelo jeito que se sentia, começou a cantarolar uma música que estava em sua cabeça:

neighbors | [AU] adrinetteWhere stories live. Discover now