Capítulo cinquenta e dois

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Volto para o lugar com paredes cinzentas completamente inadequado para a vivência de algum ser humano, a cada dia que passava meus neurônios procuravam uma forma de se suicidar, me restando apenas alguns. Abro a porta da pequena casa evitando ao máximo possível algum barulho, o que era praticamente uma missão impossível já que as portas ragiam e raspavam no chão da casa. Assim que tranco a porta com cuidado, ando lentamente para meu quarto trancando a porta, "estou a salvo", solto um longo suspiro tendo esse pensamento, qualquer pessoa com uma boa cabeça passar por este corredor sentiria um certo temor ou acharia que existia espécie de algum animal dentro desta casa, as paredes cheias de mofo e fluidos escorrendo por elas, minha porta era de madeira e tinha duas fechaduras, na parte do corredor era extremamente estranha, cheia de arranhados e alguns respingos na coloração vermelha e marrom.
Meu quarto era o único cômodo da casa que estava arrumado e era o melhor no estado, talvez porque eu tive que arrumar e me virar para da algum brilho por aqui, ninguém entrava ou saia daqui, apenas eu, ouço batidas estridentes na porta.

— Eu quero comer! - A voz grossa e falha do meu tio escoa pelo meu quarto.

  — Se tranquei no seu quarto e desça quando ouvir o sino - Digo para o meu tio por parte de pai.

O homem sai da porta e é possível ouvir a tranca, eu abro lentamente a porta e observo dos dois lados antes de ir para a cozinha, eu tranco a porta do cômodo e preparo alguma coisa para jantar, assim que pronto, eu lentamente vou para o meu quarto me trancando, toco de leve o sino e me acomodo na cama tentando fazer a lição de casa.
Eu não poderia ter qualquer tipo de contato com o meu tio, ele não podia me tocar, me sentir, conversar comigo ou se quer me ver, eu tinha medo do que ele era capaz de fazer, ele matou sua esposa e filho, o que ele pode fazer comigo então? Ele não era de todo mal, reconheceu meu medo e topou um estilo de convivência assim, um espaço pessoal no qual nenhum de nós nos olhava na cara, desde que cheguei, nunca conversei com ele além dos acordos feitos.
Cada dia aqui era mais deprimente, esse plano estava longe de ter seu final, e se continuar assim o final não será nada bom. Quando eu menos espero estava chorando, apenas algumas lágrimas nada de muito grandioso, mas não sabia o que me doía mais, a falta de uma vida até que descente, minha saudades pelos meninos ou... Park Jisung... Eu não sei se ele seguiria o que eu pedi por ser muito absurdo mas espero que ele o faça.

Pov Jisung ON~

Vou para minha casa direto, não passei na empresa apenas paguei um táxi e fui para minha casa, assim que cheguei lá fui para o escritório do meu pai dando dois toques na porta antes de empurra-la com força.

— Oi filho, está tudo bem?! - Ele pergunta curioso, mas não deixando de ser sério.

— Não pai... Não está - Digo me sentando na frente de sua mesa.

— Me conte o que te incomoda? - Ele tira seus óculos.

— Eu sei que você não gosta da minha namorada, mas eu não sei a quem mais recorrer! Eu não sei o que fazer, eu só preciso de um apoio de pai por agora - Me arrumo na cadeira.

— Como assim? Ela está bem? - Ele pergunta sorrindo de lado na esperança de surgir um não em minha boca.

— Eu não sei! Eu estou preocupado, ela não vai á escola faz uma semana, quando perguntei para sua avó onde ela estava...

— O que ela disse?! - Ele se preocupa.

— Disse para mim que estava doente, mas para nossa amiga disse que ela mudou de escola para esquercer-me, ela está a mentir para nós! Isso me deixa extremamente desamparado, além de que hoje Jaemin recebeu uma ligação dela, mas ela não disse nada além do nome dele é desligou! Mas isso nem é a parte mais estranha, o número veio do Japão - Eu digo ainda confuso.

— Do Japão? - Ele coloca o óculos em cima da mesa e pensa um pouco - Porra.

— Pai! - Repreendo o mais velho que suspira.

— Filho, tem uma parte na história na qual você não sabe... - Ele inicia e eu jogo meu corpo para mais perto dele - antes da mãe de sua namorada ter feito aquelas diversas coisas, a avó da menina estava me empurrando a tia dela, o que aconteceu é que ela começou a realmente a gostar de mim, e eu também, ela lutou com garras e dentes pelo nosso relacionamento, a avó dela vendo que não conseguiria a manipular, a jogou em um avião para algum canto do mundo a fazendo de escrava sexual de possíveis marmanjos, eu até tentei resgata-la depois, mas ela já estava bem com outro cara, o qual a avó da sua namorada, fez questão de envolve-lo com tráfico de drogas - Ele suspira - Está mais que na cara que essa garota gosta de você, ela foi contra os princípios que a avó dela selecionou e agora foi descartada como um pião lutando pelo queria, a diferença disso filho, é o fato de que eu estou aqui com você para te ajudar, e se você gosta mesmo dessa garota, e essa garota gosta mesmo de você, vamos salva-la e impedir de que ela se machuque - Ele sorri - Vou ajudá-los, só preciso que seu amigo empreste o telemóvel dele por alguns instantes para uma possível localização - Ele põe seu óculos novamente.

— Obrigado pai... - Digo em choque ao dizer do homem.

O último homem que eu imaginava que iria ajudar, está me oferecendo recursos para salvar ela do que nós nem imaginamos, eu acho incrível como tudo pode mudar em um piscar de olhos, Bianca sabia de coisas que eu nem imaginava sobre meu pai, ela tem tudo calculado e sabe usar as palavras de forma extremamente precisas e as vezes me assusto a maneira na qual  ela fórmula planos para resolver uma bagunça que nem mesmo ainda fora criada.

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