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Capítulo trinta e nove

Jisung balança a cabeça como se acabará de sair de um pequeno transe, eu não digo mais nenhuma palavra, apenas caminho para fora da escola e consequentimente para longe deles e do pensamentos ali criados.
Já fora da escola, começo a contar mentalmente até 100 na intenção de me ajudar a segurar minhas lágrimas que insistiam em sair.

Passo longos minutos naquele estado, até começar uma caminhada longa para minha casa, já que o ônibus não iria passar aquela hora. Foda-se que Jisung soque a cara de Lee e fique com Mary, eu nao aguento mais.

- Está aliviando os pensamentos de novo? - Kwan aparece.

Ele usava uma fantasia de Príncipe "incrível" tudo conspira para dar errado, ele estava lindo, sorriso encantador - como sempre - cabelos desorganizadamente arrumado, ele usava uma boina com uma pena, eu sorrio ao contemplar o menino.

- Sempre - Olho para frente evitando contato com o maior.

- Você está muito bonita para ficar aqui, que tal voltar para a escola? - Ele diz alegre.

- E o que? Ver todas aquelas garotas tentarem ser melhores que as outras e se decepcionaram ao não conseguirem? sinceramente nem sei como namoro, eu não tenho amor próprio pra isso - Afirmo dando de ombros.

- Ah, bem-vinda a vida monótona de uma adolecente sem auto estima - Ele suspira - Não sei o que você passou, o que disseram para você... Apenas esqueça, tudo irá ficar bem - Dou uma risada nasal e o menino estranha - Se a tantas pessoas que correm atrás de você, algo de mais você deve ter.

- Elas correm por dó, pena, não tem nada para fazer, pode ser culpa também... Olha, eu nem ligo pra isso, nesse momento eu apenas estou existindo, eu não consigo sentir nada, ódio, tristeza, alegria, ciúmes... Amor - Digo coçando a nuca - Veja, descobri ontem que meus pais podem estar mortos e fui tomar um café com meu namorado, logo depois fui supostamente traída e eu simplismente topei vir a festa com ele hoje, festa na qual ele deve estar correndo atrás de sua EX até - Eu dou uma leve risada - E eu estou aqui, existindo... Apenas isso.

- Uau, que coisa incrível - Ele bate palma - A cada dia consigo criar mais vontade de bater em Park Jisung, obrigado - Ele brinca - Você não ama Jisung, ama? - Ele questiona.

- Kwan... Eu disse que hoje eu não estou conseguindo sentir nada - Digo olhando para o imenso céu.

- Sendo assim o que quer fazer no restante desta bela noite? - Ele pergunta interessado.

- Além de sentar a minha bunda no asfalto e ficar observando o nada até a mesma tiver fim... Creio que gostaria de ver Jisung fazer uma burrada e implorar desculpas - Suspiro certa do que dizia

- Então vamos optar em ver a segunda opção, meu sonho é ve-lo implorar de joelhos algo - Kwan pega minha mão e me leva para a escola novamente.

Entramos no salão de festas e eu procuro onde meus amigos estavam sentados, assim que eu os avisto, todos estavam lá, eu me sento e eles não chegam a notam minha presença.

- A fantasia de Mary está bonita, não achei lá grande coisa - Jisung comenta.

- Mano, você é idiota? Disse que elas estava legal, escolha-se garoto! - Renjun argumenta.

- Ela combina com a sua - Chenle acrescenta o óbvio.

- Mas... Ah sei lá - Ele diz.

- Caralho Jisung - Haechan se irrita - Foda-se a fantasia da menina, tua namorada é maravilhosa, e está radiante está noite! Chega de falar de outra garota - Ele se irrita.

- Eu quero água - Me levanto rápido e vou atrás de um copo de água.

Como eu não estava sentindo nada? Questionei a mim mesma tomando um gole do copo em minha frente.

- Está tudo bem? - Jisung põe a mão sob meu ombro - Parece aflita! Aconteceu algo?

- Está tudo bem - Retiro a mão de Jisung com cuidado de meu ombro.

- Eu cansei! Candy me acompanhe! - Hummy me puxa para o banheiro.

- Tá bom então - Digo sem entender o acaso.

- Mary está se achando de mais com aquela camisola que ela chama de fantasia - Hummy zomba - vamos arrumar está capa que você chama de vestido

- O que vai fazer com isso!? - A questiono ao ver a tesoura.

- Mostrar estes teus belos braços e arrumar esse treco que você chama de decote - ela começa a cortar o vestido.

Ela corta um pouco da manga e decote, tira a aba de meu pescoço, custura um pouco aqui e ali e deixa o vestido como se ele fosse feito assim.

- Amém! - Ela diz contemplando sua própria criação no espelho - Sabe, agora eu agradeço as aulas de costura que estou recebendo.

- Eu ainda procuro entender o por quê - Digo enquanto me observo no espelho - Ficou muito bonito, parabéns - Rodo um pouco.

- Bia... Sabe o motivo de Mary estar mais bonita que você? - Ela questiona.

- O vestido dela ser mais bonito, ela tem um corpo magnífico ou ela ser naturalmente mais bonita, fique avontade para escolher todas as poções citadas - Dou risada da pergunta.

- Ela é confiante - Ela sorri e me vira para o espelho - Uma pessoa que exala confiança, é tão bonita quanto qualquer coisa, e lhe serei completamente sincera, seu vestido está muito mais bonito agora, e além de estar combinando mais com a fantasia de Jisung, então me faça um favor e levante essa cabeça, e vai fundo garota - Ela me da um leve empurrão.

- Difícil não ser confiante com aquela cara - Reviro os olhos.

- Para de se comprar! Você é melhor que isso! Agora vai - Ela me tira do banheiro.

Eu suspirei fundo e sai do banheiro, procurei Jisung pelo longo salão e não encontrei, sai de lá e ouvi vozes no estacionamento, Kwan e Jisung brigavam, me escondi atrás na parede e comecei a escutar tudo.

- Cara esquece, ela não te ama - Kwan ri da cara de Jisung - Olha pra você! Dando em cima de sua ex.

- Me esquece! Que implicância comigo não? só ignore - Ele abana os braços.

- Eu estou dedicado de mais para deixar Candy se machucar em suas mãos.

- Eu não estou dando em cima da minha ex, eu tô pouco me fudendo para o que você acha, só não complica, você pode ser um dos melhor amigo dela, mas eu sou o namorado dela.

- Tenho certeza que ela me escolheria em vez de você, afinal, ela não quis parar o beijo - Kwan ironiza.

- Beijo? Você ja beijou?

- Sim - Kwan ri soprado - Sei que você pode beija-la a hora que quiser, mas garanto que meu beijo é melhor que o seu colega.

- O que importa um beijo se ela me ama? - Jisung ri soprado.

- Bem... Como garante tanto isso? Depois do que eu ouvi hoje, acho difícil.

- O que você ouviu hoje? - Jisung se aproxima de Kwan.

- Que ela disse é deixou bem claro que não te ama - Kwan diz.

Eu entro no estacionamento em um pulo, os meninos acabam se assustando com minha presença repentina.

- O que ele está dizendo?... O que ele diz é verdade? - Jisung me obsevra e eu não tive expressão alguma - Me fala, diz que ele está mentindo! - Jisung se aproxima de mim - Você não me ama?

- Não meu colega! ela não te ama e você é idiota para não perceber isso - Kwan ri.

- É sério? - Eu não consegui me expressar.

Nenhuma palavra sai de minha boca, os dois me encaravam, estava sem sentimento algum, naquele momento eu poderia deixar claro que não, que naquele certo dia, eu não estava propensa a amar ninguém, nem a mim mesma, talvez porque eu estivesse em completo choque, mas estou certa de que não sou igual a minha mãe, ou sou?