Capítulo quarenta e seis

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— Acho que isso já diz tudo - Dou uma leve risada - Eu vou indo, obrigada pelo convite - Me reverencio para o casal.

— Quer que eu pague um Táxi? Você mora longe e a está hora não passa ônibus - Jisung afirma.

Vejo o homem atrás de mim cerrar os lábios nervoso, era mais que óbvio que ele não queria que seu amado filho gastasse mais um mísero centavo comigo.

— Eu estou bem, não há necessidade - Afirmo certa do que estava dizendo.

— Ah cala a boca - Ouço a senhora Park discutindo com o marido - Uma ova que a senhorita vai embora quase duas horas da manhã sozinha - A moça caminha até mim e me puxa pelo braço até dentro de sua casa.

Ela me obriga a acompanha-la até um certo cômodo. O cômodo era amplo, havia duas estantes com livros, uma mesa com um computador, uma laleira, uma mesinha de centro, um teclado em um dos cantos, uma máquina de costura no outro canto, um cavalete e duas confortável poltronas perto das estantes com um abajur no meio de ambas. A moça fecha as cortinas acende a luz e lareira com apenas um clique em um controle.

— Que aconchegante e bonito - Me refiro ao quarto no qual estava presente.

— Obrigada! - A moça afirma - Este é meu canto da casa, gosto de chamar de o "quarto das mulheres", mas só tem minha pessoa de mulher por aqui então só eu frequento ele, e as vezes, as empregadas - Ela se senta perto da mesinha - Venha, vamos tomar um chá - Ela me convida.

Eu me sento perto da mesinha calma, a moça põe uma xícara de chá em minha frente e pega uma para ela.

— Cuidado está quente - Ela afirma - Está faltando algo, um segundo - Ela se levanta e abre a porta - Berenice? - Ela chama - Alô! - Ela diz rindo até vir uma senhora - Pode trazer alguns acompanhamentos para chá? Por favorzinho? - Ela diz alegre e a moça concorda com a cabeça - Obrigada! - A moça se demonstra educada - Berenice faz uns belos acompanhamentos! Sei que irá adorar - Ela afirma.

— Obrigada... - Digo tomando um gole de chá.

— Você não é de falar muito, não a mesmo? - A moça sorri.

— Não é isto... É que... Estou um pouco envergonhada - Digo arrumando uma pequena mecha do meu cabelo.

— Não tenha vergonha! Creio que nos veremos muito ainda, afinal, sou sua sogra, e tenho mania de sair bastante em família - Ela ri.

Um leve sorriso educado surge em meu rosto, a moça volta a me analisar, o silêncio criado me deixa tensa.

— Deus, o famoso silêncio - Digo rindo pois era péssima no requisito de puxar assunto. Me arrumo - A senhora tem algum gosto particular de livro? Vejo que gosta de ler - Me refiro a estantes existentes.

Logo o assunto surge, conseguimos evoluir uma longa conversa na base disso, que passou para outras questões sobre os nossos gostos.

— Vejo onde meu filho se apaixonou para valer! - Ela ri comendo um biscoito.

— Como assim? - Pergunto interessada.

— Jisung nunca foi de sentir ciúmes, mas com você vejo a imensa diferença! Ele só pensa em você, ele só fala de você, e como mãe dele, ele me pede ajuda do que fazer, coisa que ele só começou a fazer depois de começar a namorar com você - Ele faz uma leve pausa - Com as outras, ele tinha tudo sob controle, afinal, não tinha medo de errar, sabia o que fazer... Mas com você, ele vive com medo de fazer algo de errado por conta do ciúmes, então...

A moça diz sincera e eu solto uma risada soprada, eu olho para baixo envergonhada.

— Creio que isso é bom... - Pego um biscoito do prato - Jisung tomou uma importância muito grande em minha vida e tenho medo de perde-lo, ainda mais do que sabemos, que pode simplesmente detonar nosso relacionamento facilmente, mas isso acabaria com os nossos corações eu acho... - Digo séria.

— Vocês sabem da briga entre a família de vocês, não é? Não são essas coisas que podem acabar com o relacionamento de vocês? - Eu olho para a mulher espantada - meu marido investiga sua família antes mesmo de você nascer, acha mesmo que eu não sei quem é você? - Ela pergunta - Você é uma menina maravilhosa Bianca, e você diz com facilidade que ama meu filho, e tudo o que vocês passaram demonstra que você não está aqui por conta de sua mãe, mas... Preciso de sua sinceridade neste momento - Ela se levanta para vir mais perto de mim - Você sabia que estava sendo usada por sua mãe? - A mais velha me questiona.

— Não! Céus não - nego com a cabeça - Se tivesse tal certeza desdo inico teria evitado Jisung, não quero ser mais um objeto de manipulação.

Digo certa do que dizia, assim que termino de falar a porta é aberta ferozmente, os olhares presentes na sala se voltam para o garoto com um estilo pós festa me olhando intrigado.

— Você vai embora agora! - Ele grita irritado - Apenas vá o mais rápido possível! - Ele derramava lágrimas mas não deixava de conter um tom autoritária na voz.

— O-o que houve?! - Me assusto mas me levanto.

— Apenas vá e não olhe na minha cara nunca mais - Ele pega em meu pulso.

Sem dar tempo de despedidas, sou puxada para fora do quarto e da enorme casa. Sem entender nada do que havia seguro o menino antes que ele fosse para dentro.

— Apenas me explique o que houve que irei sumir de sua vida se não dar tempo de pensar - Me preocupo séria.

— Você mentiu para mim! Você mentiu para minha mãe! Você é uma grande mentirosa oportunista não é?! - Ele diz ainda chorando.

— Eu não estou entendendo... O que eu fiz?! - Preocupada me aproximo do garoto.

— Não chegue perto de mim sua hipócrita! - Ele grita e eu retorno ao meu local de inico - Eu não consigo acreditar que estava apenas me iludindo este tempo todo - Ele afirma.

— Jisung... O que houve? No que eu menti?! Céus me conte logo está me agonizando - Afirmo.

— Você não sabia?! Você não sabia mesmo da história de nossa família?! Você não sabia que estava sendo manipulada pela sua mãe?! Você não sabia que estava sendo usada como peça?! - Ele grita - Eu sei Bianca! Eu sei que você sabia muito bem disso.

— Ah... Era isso?

DOLLAR DOLLAR ←NCT DREAM (REVISÃO)Where stories live. Discover now