Capítulo trinta e seis

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Eu me levanto da cama prepotente, ele se assusta ao me ver.

— O que está fazendo aqui? - Ele pergunta.

— O que você! Está fazendo aqui Mattias? Não está morto? - Digo atenta em sua afeição confusa.

— Mo-morto? - Ele fica confuso - Quem te falou isso? - Ele grita.

— Recebi mensagens! Como fotos suas e da nossa tia com cordas nos seus pescoços e totalmente ensanguentados - Engulo seco mas não deixo de mostrar autoridade.

— O que você fez com elas?! - Ele se aproxima na intenção de me intimidar.

— As levei para a polícia - O homem olha para os lados enfurecido.

— Você nunca me viu aqui sua vadia! - Ele sai correndo do quarto batendo angustiado os pés.

— Matt! - Chamo pelo maior indo atrás do mesmo - Papai e mamãe... eles estão bem? - Pergunto e o garoto vira para trás bravo.

— Felizmente MEU pai é MINHA mãe está bem - Ele faz questão de dar ênfase nas palavras que indicavam que ambos eram dele.

Ele sai correndo da casa e some novamente, céus... Nunca terei meus pais de volta, porque insisto? Um refluxo bate, uma vontade de me jogar no meio da rua e ver a vida diante meus olhos era grande, se minha mente tanto deseja, por que não uma vez conceder o que ela tanto pede? Ouço o som de um motor em alta velocidade, uma luz de farol alto e eu me jogo no meio da rua, as rodas corriam pelo asfalto e quando mais perto, mais acelerado o carro ficava, com um simples ato fecho meus olhos me preparando para o impacto, porém o frear do carro é a única coisa que acontece.

— Deus! Nunca se afaste de mim novamente, por favor - Jisung se joga ao meu lado - Por que eu deixei você sozinha? - O maior soluça indicando um choro - O que você estava fazendo? - Ele acaricia meu cabelo.

O toque suave do menino que me envolvia em seus braços faz me arrepender do meu ato anterior, eu começo a chorar no braços do maior.

— Eu não sei... - Cochicho respondendo a pergunta.

O menino suspira pesado, ele levanta e me ajuda a me por de pé, meus joelhos sangravam por causa do impacto que tive no chão, o menino olha para aquilo e suspira, o asfalto sem graça no qual estávamos pisando tinham resíduos de meu sangue, logo ele vira seu olhar para a casa.

— Sente saudades daqui, não? - O menino analisa os detalhes do local - Vamos encontrar seus pais.

O menino pega minha mão e me guia para dentro do carro. Ele falou como se fosse algo tão simples de se fazer, eu apoio meu braço na porta me afastando o máximo possível do garoto.
Eu observo o curto por do sol pela janela do carro, o sol se desfazia com um céus alaranjado e azulado, me perdi em meus pensamentos vendo a vista agradável, Jisung encosta rapidamente sua mão na minha, eu afasto a mesma por impulso, o menino vira para mim confuso é começa a me observar aflito.

— O que? - Digo sem tirar meus olhos da vista.

— Eu que lhe pergunto! - Ele afirma - O que você quer de mim? - Eu concedo minha atenção ao maior finalmente olhando para ele - Digo, o que eu preciso fazer para que você não me recuse de tal maneira?! - Ele suspira pesado após a pergunta.

— Park Jisung... Você sem sombras de dúvidas é  incrível de mais... - Me perco no olhar brilhantes do garoto - incrível de mais para que eu detone ou estrague - Olho para baixo me distraindo com minhas mãos.

— Você é Perfeita de mais - Ele puxa meu queixo em sua direção - É perfeita de mais para sumir da minha vida e da face da terra! Por céus nunca mais tente fazer estas besteiras novamente, ouviu?! - Ele levanta um leve sorriso brincalhão, eu concordo com a cabeça frustrada - Que assim seja! E por favor me atenda quando eu te ligo, ok?! Sabe o quão desesperado eu fico quando você não me atende, ou demora horas e até dias para me responder?! - Ele brinca novamente.

Ele sela nossos lábios em um rapido selinho, eu suspiro e me aproximo do garoto que entrelaça nossas mãos e logo tira uma foto das mesmas.

— Não sei se já notou? Mas olha a diferenças de nossas mãos! - Ele me faz rir - Digo, a sua é bem pequena em relação a minha - Ele me faz rir mais e me encara por alguns minutos - Saiba que eu te amo muito... - Eu paro de rir e olho para o lado - Vamos... Estou no aguardo! Você nunca disse essas palavras para mim.

— Jisung... Eu também - Digo sem deixar de olhar para o lado.

— Eu quero ouvir direito! Eu quero sincerar palavras, não um "Eu também" - Ele se chateia.

— Getalmente, quando as pessoas ouvem isso de mim, elas simplesmente somem - Olho para baixo - Não quero te ver partir - Afirmo chateada.

O menino fica quieto, seguimos o restante do trajeto sem trocar uma palavra, ao chegar em casa, desço do carro e dou largos passos até a porta, assim que próxima ouço o som vindo do carro, Jisung sai do carro e corre até mim, logo o menino me dá um forte abraço.

— Eu prometo que não irei em bora por ouvir essas palavras - Ele diz sério.

— Aceite isso como apenas uma prevenção de algo ruim - Olho para ele suspirando fundo.

— Você sabe que vai ter que me dizer isso alguma hora, não sabe? - Ele pergunta.

— Sim... Eu sei - Supiro com o garoto que insistia no papo.

Eu dou um selar em sua bochecha e me viro para entrar, porém o garoto segura meu braço fazendo bico, eu dou um selinho no menino que logo vira um beijo, ele interrompe o momento rapidamente.

— Por favor! Me diga... - Ele insiste no assunto.

Eu solto a mão do garoto e me afasto dele, entro em casa antes de fechar a porta por completo dou um leve aceno para o maior, subo para meu quarto e me deito na cama, logo a campainha é tocada, com a casa vazia eu me esforço para ir até a porta abrir a mesma

— O que faz aqui ainda?! Me pergunto me encostando na porta semi fechada.

— Eu te amo tipo muito! não é pouco viu?! - Ele fala pausadamente e brincando - Eu te amo... Sabe o quão difícil foi dizer isso a primeira vez para você? - Ele pergunta pondo a mão na cintura - Nenhum pouco! - Ele me faz rir - Não ri! Eu estou falando sério! Sabe o motivo de ter sido tão simples? - Eu discordo com a cabeça - Por que uma verdade boa é mil vezes mais fácil de se contar do que uma mentira ruim - Ele fala sério - Se é tão difícil você dizer isso pra mim, isto me preocupa, pode ter um significado péssimo... O fato de que você não me ama - Ele suspira.

— Eu te amo Park Jisung - As palavras fluem facilmente em minha boca - Eu não preciso admitir em forma de fala para sentir... Eu nunca disse isso para você, porém meus pensamentos vivem me dizendo isso - Eu dou um sorriso de lado - Eu te amo muito Park Jisung, e você não sabe o quão dolorosos e irritante que isso pode se tornar - Digo séria.

— Bianca! - Ouço alguém berrar meu nome, quando vejo era Matt - Preciso que venha comigo - Ele estava se aproximando, eu puxo Jisung para dentro da casa e fecho a porta e me escoro na mesma em choque - Vai deixar mamãe e papai baterem as botas vadiazinha?! - Ele diz sério.

DOLLAR DOLLAR ←NCT DREAM (REVISÃO)Where stories live. Discover now