Capitulo Seis

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Sem pensar duas vezes eu me aproximo do garoto, espero a sua reação perante a minha, ele estava respirando forte, estava ansioso e queria aquilo, despejo minha mão em sua nuca e me aproximo lentamente, início um beijo lento, suas mãos andaram lentamente para minha cintura, aceitando e buscando conforto em meu beijo, a sensação era atípica, simplesmente perfeita, sabe quando você pensa que não irá encontrar nada melhor ou no nível? Havia sentimento, sintonia e encaixe, é como se fossemos destinados a isto, nossas bocas tinham o encaixe perfeito, um beijo longo calmo e com sentimento, Simplismente incrível... Mas... Mas faltava algo. Ao pensar nisso eu me afasto, colo nossas testas e o silêncio reina, o menino instala um sorriso de orelha a orelha — Manipulador — penso de imediato, servi certinho como fantoche, fiz o que ele queria sem ao menos pensar.

— Está tudo bem agora? — Pergunto fechando os olhos cortando o contato visual.

— Melhor impossível, creio eu — ele descola as nossas testas e me observa — Consegui o que eu queria não é?

— Uma criança indomável — Denomeio o garoto que apenas ri, como se fosse piada.

Eu suspiro e caminho para a janela do local me sentando no murinho da mesma, Jisung abre a porta lentamente e os meninos os recebem com petelecos e tapas de leve

— Está tudo bem? — Chenle se aproxima de mim preocupado.

— Está sim — Suspiro lentamente.

— Obrigado Candy, e me desculpe por qualquer coisa que esse manezão fez — O garoto ri — Sung não é acostumado a lever muitos foras sabe? Ele não sabe lidar com ciúmes de maneira alguma então... Eu lhe desejo sorte — Ele pisca para mim.

— Obrigada Chenle, você é incrível — Sopro ar pelo nariz e foco para a vista da janela fechada.

Ouço o som do pisar de Hummy em minha direção, seu perfume incrivelmente forte entrava em minhas narinas como o cheiro de preocupação.

— Candy? — Sua voz calma chama a minha atenção — Me perdoe? — Ela suplica fazendo uma leve reverência — O meu relacionamento era realmente tóxico, mas eu não percebia, eu não sei por que lhe tratei assim e...

— Você se lembra quando tínhamos treze anos? — Corto a garota que parecia que faria um discurso bíblico — O garoto no qual eu gostava, começou a gostar de você?

— Se eu me lembro? O garoto praticamente me perseguia, você literalmente tacou tarrachas em sua cadeira! — Ela começa a rir da lembrança.

— Eu nunca me importei muito com essa ideia de abandonar pessoas no qual eu criava uma paixão unilateral por uma amiga — Ergo um leve sorriso — Isso ao menos faz sentido.

— Obrigada, eu tenho muito que aprender com você — Ela volta a rir.

— Como descobriu? — Perguntei olhando para a garota, sou batidinhas no espaço vazio ao mu lado pedindo para que ela se sente ali.

— Descobri? — Ela não entende mas se senta.

— Que eu gosto de Jisung, quando ele me chamou para conversar mais cedo, me disse que você havia contado a ele que eu gostava dele, digo, como? Eu ao menos te contei isso! — Minha expressão incrédula fazia a garota rir, e eu a acompanhava.

— Então fora para isso que ele lhe chamou! — Ela diz.

— Serei sincera, ele me derrubou quando disse que era por causa disso que terminaram, brigamos, ele se enfureceu, contou mais algumas coisas sem sentidos e cá estamos — O meu tom sério retira o riso da garota.

— Ele é lerdo até nisso? Me perdoe, eu não queria que ele pegasse essa impressão, eu pensei que tinha deixado claro que você não havia dito nada para mim — Ela observa a janela preocupada.

— Não se preocupe, sei que não foi sua intenção, nem quando se trata de namorar o Jisung, nem quando disse que eu gosto dele, está tudo bem — A expressão suave da menina me acalma, quero acreditar nela quando ela disse que era um erro, eu sabia o motivo.

O sinal toca, o intervalo acabou, os garotos correm praticamente apostando uma corrida, eu e Hummy caminhamos para a sala e eu me sento em seu lado.

— Senhorita Byeol! O que está fazendo aqui? — O professor se assusta com minha presença.

Eu me levanto e engulo seco mas logo abro um sorriso engraçado pondo a minha sala a rir de minha ação.

— Estava passando mal nas primeiras aulas, fui a enfermaria com dores, espero que não haja problemas com isso! Não irei atrapalhar a aula me perdoe — Me revericio e vejo o professore resmungar brincando.

— Achei que havia morrido! Você nunca falta a aula! Está tudo bem mesmo? — Ele pergunta e eu concordo com a cabeça — Traga o seu trabalho aqui e pegue as primeiras aulas com seus colegas.

Dou um leve sorriso e levo meu trabalho para o professor, passo por Jisung na volta para o meu lugar, o garoto sorri e se arruma. Os sinais batem, as aulas foram normais, eu começo a guardar meu lugar e quando levanto o olhar Park estava abaixado em minha frente.

— Não estava em minha frente? Como? — Endago apontando para sua carteira e depois para ele.

— Precisamos conversar — O garoto sorri e estende a mão para que eu a pegasse.

Eu o encaro ainda confusa, logo ele abre e fecha sua palma pedindo algo, eu jogo a cabeça para o lado não entendendo, o menino revira os olhos descendo a sua mão na minha, ele as entrelaça lentamente em um ato carinhoso e me leva até um lugar perto dos banheiros.

— Eu estava pensando, podemos apenas esquecer o dia de hoje? — Jisung coça a nuca e encara o chão um quanto tanto perdido.

— Sabe que será mais difícil do que pensa, não sabe? — Pergunto soltando a sua mão por conta do pedido.

— Esquecer tudo! Menos a parte que deixamos claro que gostamos um do outro e... E o beijo — Ele se envergonha.

— Certo — Dou uma leve risada — Veremos o que vai acontecer.

— Eu não quero que tudo mude para pior... — Ele sorri segurando minha mão novamente.

— Se está junto comigo, tudo vai dar errado — Brinco sabendo que era verdade.

— Estamos juntos? — Ele se impressiona.

— Eu quis dizer perto de mim! Se você tem alguma espécie de relação comigo...

— Estamos em algum relacionamento? — Ele se anima.

— Qualquer tipo de sentimento, sejamos amigos, temos alguma paixão... Nada, nada da certo comigo Jisung — Digo séria — Tenho certeza que amanhã haverá algo que vai estragar tudo, se está tudo bem, é questão de tempo para que tudo dê errado — Suspiro preocupada.

— Estou pronto para enfrentar tudo — Ele sorri — Quase sete meses jurando uma paixão platônica, nada me impede de estar contigo agora, ciúmes, relacionamentos passados, sete ex-namorados malvados — Ele brinca — Nada.

— Eu preciso ir — Me afasto do garoto — Tchau Park — Jogo uma leve reverência e caminho para meu armário acabando de arrumar tudo.

Faço uma caminhada rápida ao ponto de ônibus esperando e entrando no mesmo, chego em casa e grito pelos meus pais, nada de respostas, vasculho os cômodos do andar inferior preocupada, mas nenhum dos dois estavam lá, procuro alguma mensagem no balcão já que geralmente eles deixam alguma coisa lá avisando que tinham saído. O som de risadas do andar de cima me chama a atenção, assim que me encontro no último andar vejo a porta do quarto de meu irmão mais velho entreaberta, o coração congela, ando lentamente até o local até ver a sombra de três pessoas, a voz grossa de meu irmão mais velho me enfraquece, mãos trêmulas, lágrimas nos olhos e respiração dificultada, o medo me engole de uma maneira estrondosa e eu me afogo em desespero, um ataque de pânico apenas por ouvir sua voz, este é o efeito que esse garoto tem sobre mim, começo a correr o mais rápido que meus pés conseguiam, corro em direção à empresa dos garotos talvez existisse paz por ali, podia tudo dar errado e o rumo que isso começou a tomar só mostrava mais isso, agora sim está história começa de verdade.

DOLLAR DOLLAR ←NCT DREAM (REVISÃO)Where stories live. Discover now