XXV

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Depois de alguns meses eu estou aqui de novo, me perdoem pela demora, o bloqueio criativo está indo embora aos poucos, então ainda há um pouco de dificuldade.

Aproveitem o capítulo, tentarei voltar o mais rápido possível.




Lauren Jauregui's Point Of View

Eu acordei com minha cabeça a ponto de explodir, o quarto ainda estava escuro, foi então que eu me dei conta de que não estava no meu apartamento e ali também não era o meu quarto. As lembranças da noite anterior logo vieram à tona, todavia eu não conseguia distinguir se aquilo havia sido verdade ou apenas um sonho.

Camila não estava na cama, eu deveria ter sonhado, afinal, era demais para ser verdade.

- Bom dia, bela adormecida. – A sombra da silhueta se fez presente me fazendo sorrir automaticamente.

Aquilo era mesmo real?

- Trouxe café da manhã e remédio para sua dor de cabeça. – A latina se aproximou da cama.

- Eu... Isso está mesmo acontecendo? Digo, eu realmente estou aqui? Parece um sonho, tirando a minha dor de cabeça. – Falei em um tom baixo e a cantora acabou sorrindo.

- Sim, Jauregui, é tudo real. E outra coisa... Namorada! – Exclamou Camila.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa a morena colocou a bandeja repleta de comida em cima do criado mudo e se jogou em cima de mim, ela distribuiu beijos por todo meu rosto enquanto eu gargalhava.

Como eu amava aquela mulher!

- Seu coração está tão acelerado! – Exclamou Camila.

- Ele fica assim até quando eu te vejo de longe. – Respondi ao puxá-la para os meus braços.

A latina se aconchegou em mim e depositou um beijo em meu pescoço me fazendo arrepiar.

- Auch! – A pontada em minha cabeça me fez resmungar.

- Está doendo muito? – Questionou a cantora e eu apenas assenti.

Rapidamente Camila saiu dos meus braços e pegou a bandeja que estava ao nosso lado, haviam algumas frutas cortadas em cubos, suco de laranja e água. Minha namorada fez questão de me servir na boca.

- Acho que eu quero ficar de ressaca sempre para receber esse mimo. – Falei rindo.

- Não pense em ficar de ressaca assim de novo, Lo. Você se machucou. – O tom preocupado se fez presente na voz melodiosa.

Continuou a colocar as frutas na minha boca com uma mão e com a outra fazia carinho no meu rosto.

Depois de alguns minutos as frutas que estavam na tigela acabaram e eu peguei o remédio logo ao lado para finalmente tomá-lo.

Coloquei a bandeja no criado mudo e deitei puxando Camila comigo.

O sorriso que havia em meu rosto parecia estar tatuado, não sairia dali, a felicidade que eu estava sentindo não conseguiria ser expressada, estar com Camila em meus braços novamente, agora de forma permanente, era um sonho que havia se tornado realidade. Ela estava ali de novo, só para mim e eu não permitiria mais que nada e nem ninguém a tirasse dali.

- Camz... – Sussurrei.

A latina elevou minimamente a cabeça para me olhar, as orbes marrons me tiravam intensamente, como da primeira vez em que nos vimos.

- Eu te amo. – Minha voz ainda continuava baixa.

Ao ouvir aquilo até mesmo seus olhos sorriram.

- Bom, eu te amo também. – Ela se esticou para juntar nos lábios em um selinho. – Céus! Eu morri de saudade de ouvir isso, morri de saudade de ver como seus olhos brilham ao dizer essas três palavras. Eu te amo, Lauren. – Prosseguiu.

- Esses três anos longe de você me fizeram perceber o quanto eu te amo, eu te quis tanto nesses três malditos anos, Camila. Sua ausência me fez perceber quão tola eu estava sendo comigo mesma tentando acreditar que a saudade logo passaria. Em um piscar de olhos eu perdi as pessoas mais importantes da minha vida e parecia ser um fim tão definitivo. Eu queria que você voltasse, mas não tinha mais esperanças que isso fosse acontecer até avistar você cantando naquele palco. – Fui sincera.

Tê-la tão perto de mim me deixava em êxtase, a pele macia em contato com a minha, a respiração calma batia contra meu rosto juntamente ao hálito mentolado dos dentes recém escovados.

Eu estava com medo daquela sensação acabar de repente, tinha medo de estar sonhando acordada e tudo não passasse da minha imaginação fértil.

- Eu tive esperança de que você aparecesse na clínica de reabilitação durante meses, todas as noites eu sonhei com o nosso encontro, Lauren. Haviam dias em que eu suava frio e tremia muito, Luna sempre me medicava com um anticonvulsivante que alterava todos os meus sentidos e eu tinha tantas alucinações com você. – A latina fez uma pausa. – Você ia me salvar de mim mesma ali dentro e de repente sumia, eu gritava por você, Lo, todas as noites. – Continuou.

- Me perdoa por ter tentado te salvar quando já era tarde demais para isso. – Pedi.

Eu estava envergonhada com a confissão da cantora.

- Não foi tarde demais, Lauren. Você continua me salvando todos os dias. – Falou Camila.

- Você continua me salvando também, Camila, desde o dia em que eu te conheci. – Falei calmamente.

A mexicana apoiou o cotovelo direito na cama e selou nossos lábios, a língua aveludada contornou meu lábio superior sem brusquidão em um pedido mudo no qual eu prontamente concedi, ela aprofundou o roçar de lábios para um beijo lento. A mão esquerda da latina acariciou meu rosto com delicadeza e os dedos esguios seguraram minha mandíbula. Puxei Camila para cima de mim rapidamente e ela sorriu contra meus lábios.

- CAMILITAAA! – A voz de Luna cortou o silêncio do ambiente. – Eita! Atrapalhei a quase foda de vocês. – Falou a loira rapidamente ao empurrar a porta do quarto.

Eu acabei rindo daquilo, Luna era uma quase versão de Vero, porém loira.

- O que faz aqui tão cedo, Sánchez? Não estava com Keana? – Questionou Camila ao sair de cima de mim.

- Estava, baby, mas eu preciso ganhar o pão de cada dia trabalhando. – Respondeu a modelo e foi a vez de Camila rir.

- Luna... Eu já te apresentei minha namorada Lauren? – A voz melodiosa soou animada.

- MENTIRA! EU SABIA QUE ISSO NÃO IRIA DEMORAR A ACONTECER! – Luna correu em nossa direção e se jogou em cima de nós duas. – ISSO MERECE UM STORY! – Gritou ela animada.

A loira pegou o celular rapidamente e começou a falar para o mesmo.

- Eu acabei de acordar, Sánchez! Não me grava! – Exclamei, totalmente em vão.

Luna continuou gravando e eu escondi o rosto na curva do pescoço de Camila.

- Deem Oi para a câmera, Camren! – Falou Luna.

Camila sorriu e acenou, Luna voltou a falar com a câmera outra vez.

- O novo antigo casal está de volta!!! – Exclamou antes de finalmente parar de gravar.

- Você adora causar agitação nos fãs não é?! – Camila falou ao sentar na cama e me puxar com ela.

- Você ainda tem dúvidas? Eu adoro deixá-los a par de toda situação. – Respondeu Luna.

A loira entrou em um assunto sobre o desfile que ela faria em NY e nós acabamos ficando dentro do quarto de Camila por longos minutos.

Ao sairmos do quarto meu celular começou a tocar, adiantei meus passos pelo corredor daquele apartamento e eu fui a procura do mesmo na sala de estar da latina, retirei o aparelho da bolsa e o nome de Edward se fazia presente na tela do mesmo. Desliguei rapidamente.

- Tudo bem, Lo? – Questionou Camila.

Apenas assenti antes de jogar o celular em cima do sofá. A porta de vidro que dava na sacada da cantora estava aberta e eu me direcionei até a mesma.

- Tem certeza? – A voz melodiosa soou baixo perto de mim.

- Eu só não quero ter que encontrá-lo outra vez, o que ele fez foi imperdoável. – Falei ao olhar para o céu.

- Você já pensou que acabou de ganhar uma irmã? – Indagou Camila.

Foi então que eu parei para pensar. Emillia. A garotinha que eu tanto amava era sangue do meu sangue, os olhos verdes e o cabelo escuro se assemelhavam aos meus.

Minha irmã. Eu tinha duas irmãs agora.

- Emillia é umas das minhas preciosidades, Camila. Eu amo aquela garota como todas as forças. – Falei com a voz embargada.

Não queria chorar, não mais. Edward não merecia minhas lágrimas.

Os braços finos enlaçaram minha cintura e a latina me puxou para si, eu amava a sensação de estar em casa outra vez. Em meio a todo aquele caos ela estava ali, como estaria se eu a tivesse deixado ficar da última vez.

Camila sempre me protegeu desde o momento em que nos conhecemos, ela enfrentou meus pais quando eles tentaram me bater, enfrentou Alexa e eu sabia que ela enfrentaria o mundo por mim. Aquela mulher protegia com unhas e dentes a quem amava e aquilo não havia mudado.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa a campainha tocou, a gritaria nos fez virar imediatamente para olhar em direção a porta, todas as garotas e Troy estavam ali.

Veronica já entrou no apartamento chorando e correu em minha direção, sabendo o que a morena faria Camila se afastou minimamente de mim e o corpo bronzeado da minha amiga colidiu contra o meu.

- Você conseguiu, minha deusa! Eu sabia que conseguiria! – Exclamou e eu gargalhei.

- Sim! Eu consegui, minha rainha! – Exclamei ainda sorrindo.

Pude ver Camila e Lucy revirarem os olhos ao ver nossa interação.

A mulher desceu do meu colo e ao me encarar logo soube que algo estava errado.

Antes que ela pudesse perguntar eu me antecipei.

- Eu vou contar tudo. – Sussurrei para Veronica.

Com o olhar preocupado ela apenas assentiu.

- Você é o meu orgulho, Lauren! – Ariana veio em minha direção.

Quando eu conheci Ariana estava extremante machucada e ela foi a primeira pessoa a bater de frente com os meus pais por mim, ela sempre esteve lá para mim, mesmo quando rompeu o noivado com meu irmão, ela continuava lá para mim. A baixinha saiu de Nova York às pressas para ir até Miami só para ameaçar meus pais por terem me espancado.

Ariana era meu anjo da guarda.

Depois de todos nos parabenizarem diversas vezes e até mesmo fazerem um brinde para comemorar a volta do “casal do ano”, segundo Dinah, eu pedi para que todos sentassem.

As mulheres e Troy se espalharam pela sala de Camila, estavam apreensivos com o que eu ia falar.

- Edward me procurou ontem no final da exposição e admitiu ser meu pai. – Falei calmamente.

As expressos surpresas estamparam os rostos dos meus amigos, Keana e Dinah sempre brincavam sobre o diretor da Juilliard ser o meu pai, entretanto não acreditavam que aquilo poderia ser uma possibilidade.

- O QUÊ?! – O grupo de pessoas ali exclamaram quase em uníssono.

- É inacreditável para mim também. – Falei com pesar.

Ally, Ariana, Vero e Troy foram os primeiros a começarem a chorar, eles sabiam em como eu havia sofrido desde o começo com os meus pais.

- Ele apareceu na minha casa  quando eu tinha seis anos, ele viu Clara me bater e não fez absolutamente nada. – Fiz uma pausa. Minha voz já estava trêmula. – Ele disse que não podia fazer nada por mim pois havia acabado de concluir o curso de arte! – Continuei.

- Como ele teve a coragem de falar sobre isso no dia da exposição?! Eu vou quebrar aquele cara em dois! – Dinah se levantou rapidamente.

- Eu vou junto! – Veronica repetiu a ação da loira.

Luna rapidamente trancou a porta do apartamento e colocou a chave em seu bolso.

- Vocês precisam se acalmar, Lauren precisa de vocês aqui! – Exclamou Camila.

Eu estava sentada na poltrona que havia ali, eu sentia me corpo tremer e o choro deixar preso em minha garganta, eu não imaginava que saber que outro homem era o meu pai iria me doer tanto. As lágrimas silenciosas desceram por minhas bochechas em uma tentativa de esvaziar todo aquele turbilhão.

Rapidamente meus amigos vieram até mim e se juntaram em um abraço coletivo, naqueles braços eu estava segura. Agradecia todos os dias por ter aquelas pessoas em minha vida, eles eram minha família. Definitivamente.

- Eu amo vocês. – Falei entre lágrimas.

Todos já estavam chorando junto a mim.

Ter pessoas que se importam ao nosso redor era de extrema importância, afinal, teríamos a quem recorrer quando coisas ruins acontecessem e naquele momento eles estavam ali para mim. Continuei abraçada aos meus amigos por incontáveis minutos, todos permaneciam em silêncio e a única coisa que conseguíamos ouvir eram os pássaros cantando perto a varanda.

Calmamente Camila se direcionou ao seu piano, a latina sentou-se em frente ao mesmo e começou a dedilhar, o som ecoava por todo ambiente. A melodia conhecida por todos ali se fez presente e Ariana acompanhou a mesma cantando.

Let's dance in style,
Vamos dançar com elegância

Let's dance for a while
Vamos dançar por um instante

Heaven can wait
O paraíso pode esperar

We're only watching the skies
Estamos apenas observando os céus

Hoping for the best
Desejando o melhor

But expecting the worst
Mas esperando o pior

Are you going to drop the bomb or not?
Você vai deixar a bomba cair ou não?


A voz suave da baixinha ecoou em contraste com o piano e Camila a acompanhou, o som daquelas vozes combinavam demais.

Forever Young era uma das músicas que nós mais cantávamos juntos, em várias versões, nós sempre estávamos cantando-a, era algo nosso e naquele momento não seria diferente.

Eu sempre ouvi dizer que quem canta os males espanta e aquilo era verdade, quando nós cantávamos todo caos parecia ir embora e como nos velhos tempos cantamos juntos o refrão daquela linda música.

Gostaríamos de ser eternamente jovens, viver eternamente...

Aquela música retratava como muitos se sentiam, nem se eu viver mais de cem anos será o suficiente para que eu vivesse tudo que tinha para viver.

- Obrigada por estarem aqui, vocês são minha família. – Falei ao fim da canção.

- Nós estivemos juntos em Miami, viemos todos para Nova York, mais pessoas entraram em nosso grupo, mas nunca nos separamos, nunca deixamos de nos apoiar. Aqui nós vivemos momentos inesquecíveis que fortaleceram nossa amizade. Eu amo vocês! – Falou Keana.

Era engraçado sentir que eu os conhecia toda minha vida.

- Todos os dias vocês me ensinam que nunca foi preciso ser do mesmo sangue para ser família, há coisas que vocês fazem que nem mesmo pessoas que se dizem ser família fariam pelo outro. Isso é inspirador! – Falou Luna.

Eu sempre tive problemas em casa quando morava em Miami, minha família sempre foi uma fachada de uma “família perfeita”, tradicional, religiosa, todavia por trás das cortinas o caos se fazia presente, eu vivi uma relação tóxica com eles durante anos, pressão psicológica, agressões físicas e psicológicas. Então ao conhecer aquelas pessoas tudo mudou, pela primeira vez eu não me vi sozinha, eles estavam comigo para tudo e eu agradecia todos os dias por tê-los. Realmente amava cada um daquele grupo.

Cada um havia me ensinado algo, Normani e Dinah me ensinaram o amor próprio, Allyson e Troy, paciência, Veronica me ensinou sinceridade, Keana, companheirismo, Ariana e Liz me ensinaram a superar o medo, Lucy havia me ensinado a ser resistência e Camila me ensinou o amor verdadeiro.


- O que você vai fazer agora, Laur? – Questionou Lucy.

- Eu gostaria de ver minha irmã. – Sorri inevitavelmente ao falar aquilo.

Não podia imaginar que aquela garota tão inocente era a minha irmã, saber disso era a única coisa que me deixava feliz sobre esse assunto lastimável.

- Vamos todos buscar Emillia! – Afirmou Veronica.

Em questão de segundos todos já estavam indo em direção a porta do apartamento, Luna retirou as chaves do bolso e logo abriu a porta.

- Quem chegar primeiro quebra a cara dele! – Exclamou Dinah e ao ouvir aquilo Veronica logo se adiantou.

Veronica sabia lutar Muay thai graças ao seu pai que era lutador profissional e não mediria esforços para bater no diretor da Juilliard.

- Não dá ideia, Hanson! Você sabe como ela é! – Exclamou Lucy.

Nos dividimos nos elevadores e aquela caixa de aço logo fechou as portas, cerca de 50 segundos foram o suficiente para nos deixar na garagem no prédio de Camila e no carro da latina Luna e Keana nos acompanharam.

- Você tem certeza que quer ir até lá, Lo? – Indagou Camila.

- Eu não vou deixar de vê-la por causa dele, Camz. Emillia precisa da minha atenção. – Respondi calmamente.

Desde que eu conheci Emillia me vi muito apegada a pequena e ela a mim, muitas vezes a menor acabava dormindo em meu colo ou simplesmente ficava brincando com os fios do meu cabelo.


Mesmo tendo certa dificuldade para se comunicar com as pessoas Emillia sempre interagia comigo.

- Acelera aí, Cabello, porque se Veronica chegar antes de nós ela vai fazer confusão. – Falou Keana.

Camila adorava estar em alta velocidade e aquilo foi apenas um motivo para ela fazê-lo.

A latina me olhou de relance e eu apenas assenti.

Rapidamente ela mudou a marcha do carro e acelerou, o carro de Troy logo ficou para trás, mas o de Veronica ainda estava um pouco a frente.


Camila olhou para o retrovisor na intenção de ver se algum carro atrás também estava tentando ultrapassar, sabendo o que a latina queria fazer Veronica acelerou mais.

Aquelas duas não podiam ser desafiadas porque não gostavam nem um pouco de perder.

A cantora riu e eu neguei com a cabeça.

A avenida estava bastante movimentada, mas aquilo não parecia incomoda-las porque Camila logo voltou a acelerar e em uma distração de Veronica ela a ultrapassou.

Rapidamente chegamos ao quarteirão da casa dos Morgado's, a latina desceu vidro de seu carro clicou no bota o do interfone falando seu nome, o enorme protão logo se abriu e ela entrou com o automóvel.

O carro de Veronica estava logo atrás sendo estacionado.

Saímos do veículo encontrando as mulheres.

- Você perdeu, Iglesias! – Afirmou Camila e Vero bufou.

- Foi um momento de distração, mas vai ter volta. – Rebateu a mulher.

O carro de Troy foi o último a chegar e Dinah foi a primeira a descer do mesmo.

- Vamos, Veronica! – Exclamou a loira.

- Eita! – Falou Luna ao ouvir aquilo.

As mulheres seguiram na frente e nós acompanhamos seus passos rápidos, ao ver a agitação em sua casa Edward logo abriu a porta e deu de cara com Veronica.

- Eu só não vou quebrar sua cara agora por causa de Emillia. – Iglesias Falou ao ver a imagem da pequena ao lado do pai.

A pequena estava um pouco assustada ao ver a quantidade de gente que havia ali, mas logo foi se acalmando.

- Lolo! – A pequena saiu de dentro da casa e veio em minha direção.

Me abaixei o suficiente para ficar da altura dela, os bracinhos rodearam meu pescoço e levantei com ela em meus braços.

- Você quer sair comigo para tomar um sorvete? – Perguntei a pequena.

- Sim, Lolo, eu quero. – Respondeu Emillia.

Edward olhava atentamente nossa interação, mas era fuzilado pelos olhares dos meus amigos.

- Eu posso ir, papa? – Indagou Emillia.

Edward apenas assentiu antes de se pronunciar.

- Lauren, eu posso falar com você um minuto? – Perguntou o homem de olhos verdes e eu apenas neguei.

- Não se preocupe, eu a deixo na aula de piano. – Falei antes de me virar e voltar seguir em direção ao carro.

Camila olhava atentamente para nós duas.

- Você vai ser uma mãe excelente, Lauren. – Falou ela por fim.

Eu sabia que aquilo era sincero, meu amor por criança não negava.

Nós entramos no carro e a latina logo arrancou com o mesmo agora em uma velocidade bem menor, todavia não demorou muito para chegarmos a sorveteria mais próxima, todos entramos no estabelecimento e a pequena estava animada, afinal, amava tomar sorvete e o seu favorito era de chocolate com menta.

Deixei que a menor escolhesse tudo que queria para colocar em seu sorvete e assim como ela, Camila também estava muito animada com aquilo, a cantora amava sorvete de banana.

- Você quer cereja, Lo? – Indagou a latina e eu neguei.

- Vai dividir seu sorvete comigo? – Perguntei e ela assentiu rapidamente.

Meu coração estava calmo juntamente a minha alma, não era necessário mais nada para me deixar feliz, meus amigos estavam ali comigo tomando sorvete depois de chorarem e cantarem junto a mim.

Sorri sozinha ao observá-los distraídos em conversas aleatórias e entendi que não era preciso muito para ser feliz, nunca foi, estar em com as pessoas que eu amava era o suficiente para transbordar.

Finalmente minha família estava reunida, agora em Nova York.


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Dessa vez eu nem tentei revisar porque queria postar para vocês o mais rápido possível, então perdão se tiver erros imperdoáveis, quando eu tiver paciência para corrigi-los farei.

Não é o melhor capítulo, mas eu estou tentando voltar, desculpem, mores.

Por hoje é isso, até a próxima att. Bjs








 
















The Daughter Of The Reverend - G!P 2ª Temporada  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora