XIX

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Mais uma vez eu estou aqui!! Minha vida está uma correria e enorme, meninxs e essa foi a única semana que eu consegui começar a escrever.

Nunca agradeci tanto algo como agradeci pelo inferno, vulgo enem, ter passado.

Tentarei voltar o mais rápido possível!! Curtam o Cap.







Camila Cabello’s Point Of View

Minha vida estava uma agitação, mas dessa vez eu poderia afirmar que era uma agitação boa e bastante prazerosa, os shows estavam cada vez com mais lotados, os meus fãs pareciam se expandir por todo mundo e isso me deixava tão feliz a ponto de transbordar.

Todas as noites eu parava em frente a sacada do meu apartamento apenas para observar o céu, as estrelas e a minha maior representação, a lua. Todas as pessoas no mundo deveriam parar por um minuto apenas para contemplar a beleza natural que o céu nós dá, seja de manhã cedo, no finalzinho da tarde ou à noite. Todos deveriam contempla-lo diariamente.

O som das teclas do piano ecoavam pelo apartamento enquanto meu olhar continuava fixo naquela imensidão tão vasta.

Desde pequena a lua sempre fora o meu refúgio, mas eu nunca imaginei que ela seria tão mais do que isso, a lua era eu, cheia de fases. Algumas das minhas fases foram bastante dolorosas, tanto para mim quanto para os que conviveram comigo. Em toda minha infância e adolescência eu era a lua nova, completamente escura para a terra, não era visível a olho nu. Em Miami eu era a lua minguante, nascia às 00:00PM para ir às festas e me drogar até às 12:00PM, quando eu comecei a conhecer Lauren me tornei a fase da lua nova, nascia às 6:00PM para cuida-la depois que seus pais a espancavam. Na clínica de reabilitação eu fui a lua cheia, completamente oposta ao sol e era exatamente assim que eu me via com o amor da minha vida estando em outro país.

E agora eu sou a lua crescente, nascendo quando o sol já está alto a ponto de me fazer vê-lo e indo quando o sol finalmente está abaixo de nossos pés. A representação do meu sol esteve por tanto tempo longe que eu passei meses sem saber quem eu era.

- Você para no tempo de uma forma que eu me assusto. – A voz de Luna ecoou me tirando dos meus devaneios.

- Eu estava pensando. – Falei distraidamente ainda dedilhando as teclas do piano.

- Na lua? Ou em seu oposto? – Indagou a mulher ao deitar no sofá.

- Em ambas coisas, elas sempre estão em constante evolução para mim. Eu estive pensando em como tudo mudou desde o meu intercâmbio até agora. Minha vida é como uma montanha russa, Luna, sempre em movimento, subindo e descendo. – Fiz uma pausa. – Acho que posso definir minha vida como uma montanha russa de emoções, eu sempre sinto em uma intensidade gigantesca. – Continuei.

- Desde que eu te conheci vi toda sua evolução, Mila. Você caiu e esperou que alguém te levantasse, mas a vida te desafiou a se levantar sozinha e você o fez. Você tomou as rédeas da situação e seguiu em frente. – A mulher levantou e se aproximou de mim. – Veja só onde você está, Cabello. Você é uma artista com milhares de fãs espalhados pelo mundo e isso só aconteceu porque você escolheu levantar! – Afirmou a modelo.

- Você está vivendo o que nunca imaginou que iria acontecer, você está novamente no país no qual conheceu a mulher que você ama, no país no qual ganhou uma afilhada e amigos verdadeiros. – Luna beijou o topo da minha cabeça.

A mulher que eu amo...

Faziam três dias desde que a havia visto pela última vez, minha única tarde livre era hoje e eu resolvi ficar em casa e descansar e ficar com Luna.

Por fim levantei do banco em frente ao piano, já eram quase 7:00PM e eu ainda não havia sequer jantado.

- Eu sou grata por tudo isso, viver o que eu vivi me tornou uma mulher forte, a Camila que existia na gangue de Álvaro não aguentaria um terço do que a Camila que foi para Miami aguentou. Foi uma transição dolorosa, mas me fez ser quem eu sou hoje. – Falei calmamente.

- Você é uma pessoa tão forte e inspiradora, não precisa de nenhuma palavra para você ser poesia. O visual de qualquer pessoa consegue ver a linguagem inovadora que existe em você. – Luna seguiu em direção a cozinha.

Rapidamente segui a mulher e me sentei no balcão dali.

- Vai fazer jantar para mim? – Questionei.

- Se eu não fizer você não vai fazer e vai acabar não jantando. – Respondeu a mulher ao abrir a geladeira.

- Você está coberta de razão. – Concordei.

Luna sempre fazia algum tipo de comida para mim, desde refeição até sobremesa, ela gostava de testar seus dots culinários.

Esperei pacientemente a loira terminar de cozinhar.

Conversamos animadamente sobre os próximos desfiles que a modelo faria.

Quase meia hora depois o meu jantar estava feito, macarrão com queijo. O cheiro e a aparência parecia estar maravilhosa. Luna me serviu e eu rapidamente me direcionei até a mesa.

- Irei sair com Keana daqui a pouco. – A loira se pronunciou.

Meus planos de passar a tarde e a noite com a modelo havia acabado de ser cancelada.

- Em um dos meus únicos dias livre você vai me deixar sozinha, Sánchez. – Resmunguei.

- Amanhã eu volto para você, Mila. – Falou Luna.

- Amanhã?! Você vai me deixar dormir sozinha?! Que ótima amiga eu arrumei. – Exclamei em revolta.

- Não seja assim, Cariño. – A mulher se aproximou.

- Eu só vou comer essa comida porque eu estou com fome e está muito boa, mas se não fosse isso eu iria mandar você levar para sua Keana! – Exclamei com raiva.

Luna gargalhou. Não estava compreendendo o motivo da graça.

- Eu odeio você, Sánchez! – Afirmei em revolta.

- Eu também amo você, Cabello. Agora estou indo para o banho. – Falou Luna divertidamente.

Continuei ali comendo por alguns minutos até terminar e finalmente levantar da mesa e seguir em direção ao meu quarto, Luna havia acabado de sair do banho e estava passeando de lingerie.

- Eu ainda estou com raiva de você! – Afirmei ao me jogar na cama.

- Levante agora mesmo! Você acabou de comer! – Exclamou Luna ao entrar no closet.

Assim eu fiz, às vezes esquecia que deitar depois de ter comido poderia causar indigestão.

- Você vai me deixar sozinha, Lu. – Lamentei.

- Chame a Jauregui para vir aqui te fazer companhia, Mila. – Sugeriu a modelo.

- Eu não vou chamá-la para vir aqui, Sánchez. – Respondi.

Às vezes Luna parecia ser uma Dinah da vida, sempre com ideias sem nenhum nexo algum, apesar de que, mesmo sem nexo acabavam dando certo, como a vez em que nós driblamos o segurança na MC Donald’s para roubar um cone. Não havia cabimento algum roubar um cone, mas naquele momento ele parecia bastante atrativo para nós duas. A loira além de modelo conseguia ser uma excelente atriz, fingiu estar passando mal na frente do segurança enquanto eu pegava o cone e corria loucamente até onde eu havia deixado o carro estacionado.

- Deveria chamar, ela não vai fazer nada que você não queira, tenha certeza disso. – Acrescentou Luna.

- Essa roupa está boa? – Questionou ela.

- No final da noite você vai acabar sem ela, Lu. Então está ótima. – Falei ao meu encostar na cabeceira estofada da cama.

A modelo ficou vermelha e eu acabei rindo.

- Ela ainda te intimida? – Foi minha vez de questionar.

A mulher apenas assentiu.

- Ela tem uma mente fantástica, Mila. Parece que ela nasceu para ser uma psicóloga. – Acrescentou a loira.

- Keana realmente é incrível, ela sempre foi uma ótima conselheira. – Relembrei. – Mas você vai acabar sem roupa de todo jeito. – Salientei rindo.

Luna jogou um travesseiro em mim e seguiu closet a dentro novamente.

Peguei meu celular por um momento apenas para observar as horas, passavam das 8:00PM e eu resolvi tomar um banho e passar o resto da noite assistindo algum filme.

Me direcionei até o banheiro calmamente, ligando a torneira para encher a banheira. Sentei na borda da mesma enquanto cantarolava uma música qualquer, retirei minha blusa agradecendo por não precisar ter o trabalho de tirar o sutiã.

A banheira por fim encheu e eu peguei duas bombas de sais de banho e joguei dentro da mesma, rapidamente me despi das peças que ainda permaneciam em meu corpo, fiz um coque frouxo e entrei na banheira, a água morna me deixou relaxada, os músculos antes tensionados estavam relaxando.

Coloquei uma toalha dobrada na borda da banheira apenas para apoiar confortavelmente minha cabeça.

Meus pensamentos estavam voltados para a sugestão de Luna, não tinha certeza se deveria chama-la, então para evitar arrependimentos eu estava apenas tentando colocar na cabeça que ainda não era uma boa ideia.

- Mila? – A voz angelical da loira ecoou no banheiro.

Permaneci de olhos fechados até que ela me chamasse outra vez.

- Mila? – Chamou novamente agora perto de mim.

Encarei os olhos azuis que agora estavam em uma tonalidade clara.

- Eu estou indo agora. – Avisou.

- A chave do meu carro está no criado mudo se você quiser usá-lo. – Falei calmamente.

- Você não vai sair hoje mesmo? – Indagou Luna.

- Não, vou assistir algum filme e comer alguns doces e sorvete. – Respondi calmamente.

Luna assentiu rapidamente, beijou minha testa e se despediu.

- Cuidado, qualquer coisa me liga. – Falou a loira.

Assenti e ameacei jogar água na mesma fazendo ela correr desesperada.

Continuei na água por longos minutos até que meus dedos estivessem enrugados.

Adorava a sensação de estar na água, quando era criança adorava estar em piscina, mesmo quando os dias estavam nublados.

Saí da banheira calmamente e me cobri com o roupão azul claro que estava pendurado logo ali.

Segui em direção ao meu quarto e fui a procura de uma vestimenta, resultando em uma camisa longa e uma calcinha.

Peguei meu celular e voltei para a sala de estar, a porta de vidro que  dava para a sacada estava aberta deixando o local ventilado. A cozinha estava com as luzes apagadas, Luna sempre fazia isso antes de sair. Fu até a mesma e abri a geladeira para pegar algumas guloseimas, suspirei tristemente ao perceber que o sorvete havia acabado. Minutos depois eu finalmente me joguei no sofá para assistir algo.

Liguei a TV e rolei os canais procurando algo bom para assistir .

Coloquei um filme de comédia, afinal assistir filmes de terror estando sozinha em casa era uma péssima ideia, era melhor evitar.

Abri a barra de chocolate e saboreei calmamente, adorava chocolate e me tornava uma formiga por adorar doces.

O filme começou e eu me ajeitei no sofá para prestar atenção no mesmo. A casa estava silenciosa, queria uma companhia para assistir comigo e pensei na possibilidade de chamar Lauren. De repente a vontade de vê-la se fez enorme.

“Eu não tenho o número dela.”, pensei ao bater na testa.

Minutos depois a campainha tocou me deixando confusa, afinal, Luna disse que só viria amanhã e ainda não fazia nem uma hora que ela estava fora de casa.

- Luna nunca toca a campainha para entrar. – Pensei alto.

Levantei calmamente e fui até a porta.

Minha cara de surpresa foi inevitável. A morena de olhos verdes estava parada na minha frente com sua bolsa e algumas sacolas na mão.

- Luna disse que eu deveria vir aqui, que você estava me esperando. – Falou Lauren sem jeito.

“Muito obrigada, Sánchez!”, pensei.

- Sim, eu estava pensando em te chamar para assistir um filme comigo, mas não tenho seu número. – Falei ao dar passagem para a americana entrar.

- Luna ajudou essa situação. – A americana riu sem graça.

- Vem, o filme acabou de começar. – A chamei rapidamente.

Seguimos até o enorme sofá, eu logo sentei e bati no assento ao lado indicando o local para a mais alta sentar.

- O que você trouxe? – Questionei interessada.

- Fini, M&M, cheetos, pipoca de microondas e sorvete. – Falou a morena de olhos verdes enquanto ia tirando os alimentos de dentro da sacola.

- Sorvete! Eu estava querendo tanto. Você leu meus pensamentos! – Exclamei animada e Lauren soltou uma risada gostosa.

- Então vamos devorar! – Respondeu Lauren ao retirar a jaqueta preta de couro.

Corri em direção a cozinha para pegar duas taças para sorvete e a concha para pegar o mesmo. Aproveitei para pegar guardanapos e voltei para a sala de estar mais uma vez.

- Aqui está! – Levantei os objetos antes de sentar no sofá.

- Deixa que eu te sirvo. – Falou Lauren.

A mulher pegou as taças e colocou duas bolas de sorvete em cada uma.

- Você esqueceu as colheres, Cabello. – Falou a americana.

Aproveitei para levar o sorvete e colocar no congelador.

Voltei com as colheres em mão e sentei no sofá.

- Por que você pensou na ideia de me chamar? Ariana e Liz passam mais tempo com você. – Salientou a morena de olhos verdes antes de colocar uma colher de sorvete na cavidade bucal.

- Eu não sei porque pensei na ideia de te chamar, Luna sugeriu, mas eu realmente não sei o porquê. – Fiz uma pausa. – Ariana e Liz acabam com minha comida e com a minha cozinha sempre que vêm aqui. – Continuei e Lauren gargalhou.

Observei a americana jogar os cabelos para o lado distraidamente e tirar o excesso de sorvete dos lábios.

Inevitavelmente cogitei a ideia de ter aqueles lábios colados aos meus, meu coração traiçoeiro acelerou e eu desviei o olhar, mas já era tarde demais, ela havia me pego no flagra.

Minha mente me levou para longe, estava na sala de estar dos Jauregui's em Miami quando pedi para que a americana me beijasse.

Sorvete; sala de estar; filme; beijo.

Beijo?

Balancei a cabeça negativamente para mim mesma antes de olhar para a TV.

O filme passava e nós riamos animadamente em algumas cenas, vez ou outra eu pegava os olhos verdes fixos em mim e a americana acabava ficando sem graça.

- Você quer mais sorvete? – Questionei.

- Eu aceitaria, mas quero um pouco de água também. – Pediu Lauren.

Observei o cômodo da sala e cozinha por um instante, estava completamente apagado.

- Vem comigo. – Chamei ao me levantar.

Lauren prontamente levantou e veio logo atrás de mim, liguei as luzes da cozinha rapidamente e fui em direção a geladeira.

- Você poderia pegar o sorvete aí no congelador? Eu vou pegar um copo para você. – Pedi calmamente.

Os copos da minha casa ficavam sempre no armário de cima graças a Luna e sua mania de organização.

Me estiquei minimamente e a tosse da americana fez eu virar imediatamente e olhar para ela.

Lauren estava completamente vermelha, estava com vergonha por seu olhar ter passeado pelo meu corpo e só então eu percebi a roupa que estava usando.

O levantar dos meus pés havia feito a blusa que eu estava usando levantar e por baixo eu estava apenas de calcinha.

- É... Vamos para a sala. – A americana pediu nervosa me fazendo rir.

- Está nervosa, Lauren? – Indaguei ao me aproximar com o copo na mão.

- Sim! eu acabei de ver você de um jeito muito excitante, Camila. – Respondeu a morena de olhos verdes rapidamente.

Era engraçado ver como ela estava nervosa naquela situação, parecia que ela nunca tinha sequer tocado meu corpo.

- Não é nada que você não já tenha visto antes. – Salientei.

- Mas agora é diferente. Antes eu tinha você, Camz. – Falou envergonhada.

Coloquei o copo em cima do balcão ao vê-la desviar o olhar.

- Só cala a boca, Lo. Estamos trabalhando nisso. – Respondi ao tocar o rosto da mulher.

- Estamos? – A voz rouca saiu quase em um sussurro.

- Sim, estamos. – Respondi no mesmo tom.

Os lábios rosados pareceram tão atrativos que eu não pude resistir por muito tempo.

Levei minhas mãos até as madeixas escuras e Lauren automaticamente fechou os olhos me fazendo sorrir minimamente.

Era estranho como depois de tantos anos, nós ainda tínhamos poder uma sobre a outra, poderíamos nos odiar depois de tudo que acontecer, nem conseguir sequer olhar para a cara uma da outra. E eu tentei fazer, Deus! Como eu tentei. Mas quando se trata de amor, não adianta correr contra porque a sensação é de estar indo em sentido anti-horário e tudo te leva de volta ao amor que você teme. Eu corri muito, de Miami para o México, do México para a Cuba e olhemos onde estou agora, ao lado da mulher que eu me entreguei.

- Isso me lembra tanto Miami. – Sussurrei.

- Por que? – A americana questionou ainda de olhos fechados.

- Porque tinha sorvete e depois beijo. – Continuei.

Céus! Eu deveria não deixá-la tão tentada assim, mas o desejo corria em minhas veias e eu não podia resistir.

- Mas o beijo você pede. – Foi a vez dela sussurrar com a voz carregada de desejo.

- Me beija, Lauren. – Pedi em súplica.

As mãos pálidas foram de encontro a minha cintura me fazendo arfar.

Não havia um dia sequer que eu não sentisse falta do toque daquela mulher.

Os olhos agora verde musgo estavam com a pupila dilatada fixos nos meus me fazendo suspirar.

O olhar repleto de luxúria alternou entre meus olhos e minha boca e por puro hábito acabei mordendo o lábio inferior fazendo a americana sorrir sacana e negar com a cabeça.

- Você realmente quer que eu te beije? – Indagou Lauren ao levar a mão esquerda até a minha boca e me fazendo soltar o lábio inferior preso entre os dentes.

- Sim. É difícil estar perto de você sem querer te beijar, mesmo quando eu estava com raiva de você. – Respondi ao encara-la.

- E não está mais? – Questionou a americana outra vez.

- Eu nunca consegui ficar com raiva de você por muito tempo. – Ressaltei.

Com a mão direita Lauren levantou minha camisa para tocar a carne da minha cintura, os dedos gelados me deixaram arrepiada. Com a mão direita ela colocou as mexas do meu cabelo que caíam em meu rosto para trás, os dedos pálidos acariciaram meu rosto, passando pela sobrancelha, bochecha e contornando minha boca até que por fim fossem substituídos por seus lábios.

Os lábios macios entraram em contato com os meus lentamente, até que o roçar de lábios foi substituído pela língua da americana me fazendo suga-la lentamente para então desliza-la entre a minha. O suspiro alto que saiu por entre aqueles lábios tão macios morreram nos meus me fazendo sorrir.

Lauren levou a mão direita entre minhas madeixas segurando firme, foi a minha vez de suspirar alto com o ato.

- Você nunca cansa de brincar comigo desse jeito. – A voz rouca soou contra minha boca me causando um arrepio.

A morena de olhos verdes me puxou ainda mais contra seu corpo e eu pude sentir o volume no meio de suas pernas. Senti vontade de me movimentar ainda colada com o corpo dela, mas se eu fizesse isso nós não iríamos parar tão cedo.

Nós não podíamos ir tão longe ainda, era tudo recente demais.

Beijei o pescoço da mulher demoradamente para então selar nossos lábios uma última vez.

- Obrigada por me parar. – Agradeceu Lauren.

- Obrigada por me respeitar, Lo. Ainda é cedo. – Falei com sinceridade.

A mulher beijou minha testa e me deu alguns selinhos.

- Eu quero fazer tudo certo dessa vez, não irei ultrapassar seu limite. – Respondeu Lauren.

A puxei para um abraço, os braços longos enlaçaram minha cintura e eu escondi meu rosto na curva do seu pescoço.

- Vamos voltar a assistir o filme, mas antes me dê um copo de água, Cabello. Eu estou com sede. – Pediu Lauren e eu acabei rindo.

A água...

Coloquei água no copo e entreguei a americana e ela rapidamente bebeu o líquido transparente.

Voltamos para a sala, Lauren logo sentou no sofá e eu aproveitei para me deitar apoiada nela. Eu adorava o fato daquele sofá ser tão grande a ponto de nos deixar sem dores na coluna.

Nós assistimos o filme todo e enquanto eu buscava um novo filme para assistirmos pude notar a respiração tranquila da mulher bater contra o meu ombro. Ela havia dormido.

Lauren havia dormido no meu sofá.

Sorri baixando e desliguei a TV para logo me aconchegar nos braços quentinhos, a sensação de tê-los me protegendo outra vez era tão confortável que me fez cair no sono sem problemas.

-

Acordei ainda no sofá, não deveria passar das 8:00PM, a falta dos braços ao meu redor me fizeram abrir os olhos.

Levantei para procurar a americana e não a achei em nenhum dos cômodos da casa. Lauren havia ido embora.

Sentei no sofá e o bilhete em cima do piano me deixou curiosa.

A caligrafia bem feita e conhecida por mim marcavam aquele pedaço de papel. Uma foto polaroid estava logo ao lado daquele bilhete.

“Muito obrigada pela noite, eu amei estar com você. Estou indo agora, você é tão linda dormindo que eu não quis te acordar. Tenha um bom dia, Camz. - LJ".

A foto agora entre meus dedos mostrava eu mesma dormindo. Acabei sorrindo com a cena, eu parecia tranquila. Com o bilhete e a foto em mãos eu segui em direção ao meu quarto e no caminho da sala pude ver a jaqueta preta de couro caída no chão.

“Sempre esquecida.”, neguei com a cabeça e peguei a jaqueta.

Segui para o meu quarto e fui direto para minha cama, deitando com a jaqueta da americana. Poucos minutos foram o suficiente para me fazer dormir com um sorriso no rosto.



-------------------------------------------------------- Por hoje é isso, mores. Desculpem a demora para voltar, estou me esforçando.

Desculpem os erros e até a próxima att.

Bju.









The Daughter Of The Reverend - G!P 2ª Temporada  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora