Apertei mais em meus braços e a risada melódica escapou por entre seus lábios.

- Obrigada. - Sussurrei em seu ouvido.

- Pelo o quê? - Questionou a latina.

- Por me trazer de volta a vida outra vez. - Respondi com tranquilidade.

- Bom dia, "quase casal" - Luna entrou no quarto.

- Quando você chegou? - Indagou a cantora.

- A pouco tempo, eu entrei aqui e vocês estavam tão lindinhas dormindo que eu até preparei um café da manhã especial. - Falou simplesmente.

Antes que nós pudéssemos responder algo a modelo saiu do quarto.

- Bom, eu vou tomar banho, me acompanha? - Camila levantou.

- Não precisa perguntar duas vezes. - Respondi e ela gargalhou.

Definitivamente o som da risada de Camila era o meu som favorito.

Acompanhei a cantora para o banheiro e a mesma me entregou uma escova de dentes lacrada para que eu fizesse minha higiene bucal, Camila me acompanhou naquilo e em seguida foi até o box do banheiro.

De costas para mim ela deixou que o roupão que estava caísse no chão exibindo seu corpo desnudo.

O vapor da água quente logo embaçou o vidro.

- Você deixou minha coxas roxas, Jauregui, Uh, o seio e a barriga também. - Falou Camila e eu acabei rindo.

Olhei-me no enorme espelho e as marcas vermelhas em meu abdome era notável, as coxas também estavam roxas devido a provocação da latina.

Entrei no box para me juntar à ela.

Os olhos da latina estavam fechados enquanto a água caía sobre seu corpo.

- Camz...Humm... - A chamei com timidez.

A mexicana fez um som nasal indicando que eu continuasse.

- Eu poderia te abraçar? Sem maldade, digo, apenas um abraço. - Falei enquanto fitava o chão.

A risada baixinha ecoou ali e ela concordou com a cabeça.

Me aproximei de Camila calmamente e envolvi meus braços em sua cintura deixando que a água morna caísse sobre meu corpo também, os braços magros envolveram meu pescoço e ela me apertou contra si.

Desejei que todas as coisas que eu sentia fossem expostas através daquele abraço. Nossa diferença de altura era mínima e isso permitia que eu apoiasse minha cabeça em seu ombro, nossos corpos estavam tão próximos que me fez sentir como se fôssemos apenas um, pude sentir que, assim como o meu, o coração da latina batia rapidamente.

- Eu estou em casa. - Sussurrou ela. - Tudo parece estar como eu deixei. - Continuou.

- Volte a fazer morada outra vez. - Minha voz estava falha.

- Deixe as portas abertas, eu voltarei logo. - Concluiu com a voz trêmula.

- Eu sinto sua falta, Camila. Não houve um dia sequer que eu não sentisse sua falta, eu sinto falta até do seu mau humor matinal, mas o que mais me faz falta? - Indaguei.

- O quê? - Ela ergueu a cabeça.

- Disso, eu sinto falta do seu abraço, era nele o local que eu encontrava paz enquanto tudo estava um caos. - Respondi ao encará-la. - Você continua sendo meu tudo, Camila. É tudo sobre você. - Continuei.

The Daughter Of The Reverend - G!P 2ª Temporada  Where stories live. Discover now