Capítulo Quatorze - Desmascarada.

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Depois de tomar seu café da manhã ao lado de Marinette (e ouvindo belos sermões da garota), resolveu voltar para a mansão. Para sua sorte, a casa parecia vazia. Era sábado, com certeza estavam dormindo, afinal, ainda eram oito da manhã e seu pai gostava de tirar os sábados para "repor as energias".

Subiu as escadas a passos lentos, ainda pensando em Marinette. Pelo visto, quase havia rolado algo entre eles, e a ideia de que o que quer que fosse poderia ter acontecido com ele bêbado lhe deixava um pouco chateado.

Se acontecesse algo, gostaria de estar plenamente consciente para se lembrar.

Estava prestes a entrar no quarto, ainda com tais pensamentos em mente, quando ouviu seu nome ser chamado por uma pessoa que ele já conhecia bem. Seu estomago embrulhou, mas ele se virou.

- Bom dia, maninho. – Kagami disse, em um tom irônico, enquanto se apoiava no batente da porta do, agora, seu quarto. Usava apenas uma camisola vermelha, que contrastava com os curtos cabelos azulados e os olhos castanhos. – Alguém chegou tarde...

- Bom dia, Kagami. – Murmurou, sem dar muita atenção. – Se cheguei ou não tarde, isso não te desrespeita.

- Nossa, quanto stress. – Riu de um modo sarcástico e se aproximou dele. Deixou-o estático ao mexer na gola de sua camiseta, roçando os dedos em sua pele. Mordeu o lábio inferior ao perceber que ela havia achado a pequena e discreta marca que Marinette havia deixado em seu pescoço. – Quando transavamos, você ficava tão relaxado...

- Mas não transamos mais, e nem iremos. – Adrien disse, de um modo indiferente. Viu a garota fingir uma incredulidade e depois rir.

- Será? – Perguntou, de um modo retorico e sorriu. Assustou-o ao puxa-lo pela gola da camiseta, abaixando seu rosto e levando a boca até sua orelha. – É o que veremos, Agreste.

Depositou um beijo em sua bochecha antes de andar de volta para o quarto. Fechou a porta, o deixando estático no corredor.

Mas diferente do que ela pensava, deixou-o apenas com mais raiva.

[...]

Adrien estava dentro do carro, dessa vez, dirigindo até o orfanato. As semanas de seu "castigo" já haviam acabado, e ele até pensou em parar de ir até lá, entretanto, já se sentia parte do local. Não iria conseguir parar de ir até lá.

Assim que chegou, cumprimentou as recepcionistas e foi até o vestiário. Pegou a roupa de Chat Noir, e entrou em uma das cabines para se trocar. Estava quase pronto, quando ouviu a porta do vestiário sendo aberta.

- Não, não estou livre essa noite. – Ouviu uma voz conhecida, muito conhecida por sinal. – Não dá mesmo! Não é implicância! Eu sei, eu sei, seria legal reunir todo mundo, mas...

Abriu um pouco a porta quando a garota ficou em silencio, e pela fresta, enxergou que era Ladybug. Estava de costas, com o celular no ouvido enquanto amarrava o yoyo na cintura.

- Ainda não me convenceu. – Ouviu-a rir, e depois suspirar. – Mas... podemos resolver isso depois, Alya? Já cheguei aqui, e tô um pouco atrasada...

Adrien pareceu parar de ouvir por ali, quando sua mente raciocinou o nome dito pela garota.

Alya.

Deveria ser uma coincidência, mas para ele, era coincidência demais. Mordeu o lábio inferior, estava totalmente disposto a descobrir a identidade daquela joaninha, e iria descobrir naquele dia.

Esperou-a sair do vestiário, antes de sair, e foi até o pátio. Viu a surpresa em seu rosto quando ela o viu, e sorriu de um modo descontraído. Foi até ela, com uma pose de bom moço.

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