Capítulo Dois - Joaninha misteriosa

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Adrien se olhou, pela quarta vez, no espelho que havia no pequeno vestiário e bufou mais uma vez.

Havia se sentido ridículo com aquela roupa.

Não que a roupa fosse feia ou ruim, ela não era, e era até mesmo deveras confortável. O material era bom, e se surpreendeu pela costura parecer ter sido feita à mão, mas para ele, não combinava nada com seu estilo. Ele estava se sentindo um cosplayer.

Só pensava no que aconteceria caso alguém o visse assim, ou acabassem descobrindo que ele era esse personagem no orfanato. Com certeza seus amigos não perdoariam e seriam capazes de mandar a foto até mesmo para o Papa.

Pelo menos, se ficasse muito ruim, Chloe poderia largar de seu pé. Ela odiava o ridículo (mesmo sendo a rainha disso).

- Garota, não tem perigo de vazar foto minha assim, não é? - Ele perguntou, chamando a atenção de Ladybug, que parecia concentrada olhando algo em seu armário.

- Não, ninguém sabe e nem pode saber que você é o Chat Noir. - Ela murmurou, sem dar muita atenção. - A Marinette não te mandou as informações?

- Não. - Ele disse, e ela se segurou para não fazer uma careta. Havia mandado, e ele não havia lido. Mentiroso!

- Então eu vou ter que te explicar tudo. - Disse mais para si do que para ele. Trancou seu armário, e se encostou na parede, brincando com o yoyo. Respirou fundo antes de começar a falar. - Ladybug e Chat Noir são dois heróis parisienses. Fora das roupas, são dois adolescentes normais. Eles lutam contra um vilão, chamado Hawk Moth, que usa seus poderes para se aproveitar dos momentos infelizes dos outros e transformá-los em seus discípulos até que Ladybug e Chat Noir vençam essa pessoa.

- Então, eles lutam indiretamente? - Adrien perguntou, curioso.

- De um modo, sim. - Ladybug respondeu. - Hawk Moth nunca aparece. E...Chat Noir é apaixonado pela Ladybug.

- Eu vou ter que fingir ser apaixonado por você? - Ele disse, e começou a rir. - Super vou fazer isso, pode deixar.

- Pare de ser um babaca, é só um personagem. - Ela murmurou. - Ou você acha que se fosse de verdade, você seria um super herói, com essa postura idiota sua?

- Nossa, parece que a joaninha está irritada. - Ele disse, e foi até ela. Pegou o yoyo de sua mão. - Vai me bater com isso? Um yoyo? Essa é sua arma poderosa?

- Me devolve! - Ela disse, mas ele levantou o yoyo no alto, aproveitando que era consideravelmente bem mais alto que ela. - Eu to falando sério!

- Somente depois que você me disser, aos mínimos detalhes, o que eu devo fazer. - Ele disse, com um sorriso debochado. - Não tenho a mínima ideia sobre como ser esse tal de Chat Noir, ou como é a personalidade dele.

- Não ser um babaca já é um bom começo. - Ela bufou e cruzou os braços. - Chat Noir é um amor de pessoa, sempre carinhoso, carismático e ama fazer piadas bobas. Ele é tudo o que não pode ser quando está em sua forma civil.

- A forma civil deles também existe? - Ele perguntou, e ela assentiu. - Quem são?

- Você não pode saber. Isso acabaria com a graça. - Ela disse, e puxou o yoyo dele em seu momento de distração.

- Alguma criança pode me contar... - Ele disse, de um modo provocante.

- Ela não falariam, sabem guardar segredo. - Ela disse, enquanto amarrava o yoyo na cintura. - Agora vou te falar sobre o vilão da semana, tudo bem?

- Fala logo. - Ele disse, cruzando os braços.

- Nessa semana, e...digo, a Marinette e as crianças optaram por uma vilã.. - Ela ia continuar a contar, porém ele a atrapalhou.

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