12. dramatic

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— Ah, meu Deus — sussurrou Noah. — Mal tive chances de esquecer por completo aquela noite desgostosa na casa na praia, e vocês me vêm com uma coisa dessas. Nossa. É impressionante como não perdem tempo.

— Acho que nunca me senti tão feliz vendo um anão de jardim — comentei, notando que Finn havia afrouxado meus pulsos e aproveitando a oportunidade para sair de onde estava. — Obrigada por isso.

— Ao menos te fiz calar a droga da boca por uns segundos — argumentou o cacheado.

— Nauseante.

— Não considere uma grande conquista. Aquele cara e você são tão opostos, como se fossem, não sei, Lane Kim e Dean Forester — tornei.

— Não me diga com qual eu me pareço mais. Eu não quero saber. Falo muito sério.

— Nojento. Sinceramente, me sinto diabético. Quem sabe enjoado. É repulsivo. Repugnantemente desagradável. Lá se vai mais uma semana de sono. Obrigado por serem tão discretos. Podem discar o 192 agora? — resmungou Noah.

— Você é dramático demais — reclamei.

— E vocês acabam comigo. Ah, isso é tão nojento — mesmo que nunca fosse agradável tê-lo por perto, naquele momento, embora ele se mantivesse citando uma centena de coisas que odiava em mim e Finn, eu estava aliviada em poder vê-lo caminhando entre nós dois.

Não estava mais disposta a sair de lá, porque não era apenas eu quem seria posta em risco. Era Noah, e logo vi que nossos outros amigos estavam mais próximos do que imaginávamos. Estava surpresa por temos os encontrado tão rapidamente, mas não por vê-los discutindo.

— Millie! — a ruiva veio até mim. — Millie, por Deus. Você não estava em lugar algum, e eu, eu estava sozinha entre esses... ai, não importa. Onde você se meteu? O que aconteceu?

— Nós ficamos presos — ela franziu as sobrancelhas, e eu tentava entender o significado de tal ação abrupta sua. — Foi culpa daquela mulher. A vidente. Aquela louca. Ah, nossa. Isso tudo é loucura.

— Você também a encontrou! — exclamou em pavor. — Por Deus. Louca, louca! É, sim, loucura. Uma ideia horrenda. Veja isso, talvez seja até mesmo pior que as piadas do Gaten!

— Não precisava me ofender desse jeito — murmurou, os olhos rolando como quem já não suportava mais nenhum de seus amigos. — Elas nem são tão ruins.

— Lamento em lhe informar, romancista, mas elas são péssimas — Caleb concordou com a amiga.

— Não é nada que não saibamos. O importante é irmos embora daqui o mais rápido possível — entrelacei meu braço ao dela, tornando meu olhar a todos os meninos, que já me eram um pouco mais visíveis que antes.

— Por acaso estão esperando que alguma coisa brote do chão e nos espante pra fora? — perguntou-os Sadie.

— Concordo, não podemos perder tempo — falou um deles, o qual não pude distinguir.

— Esse breu já está insuportável — Finn comentou.

E estranhamente todos se mantiveram em silêncio. Mesmo que quase não fosse capaz de vê-los, eu sabia que eles estavam mais distraídos que o de comum. Talvez todos também pensassem no que lhe haviam dito antes de nos encontrarmos ali.

— Alô-ou? Andem!

— Ahn... — Finn murmurou, despertando. — Você é tão mandona.

E com a última frase do cacheado ecoando em minha cabeça, com a qual eu concordava plenamente, nós nos direcionamos aonde imaginávamos que ficava a saída. Todos ainda mantínhamos um silêncio perturbador.

— Ele fez aquilo de novo — e olhei para o lado de onde sua voz vinha.

— É, eu sei — ri, sentindo seus cachos encostarem de súbito em meu rosto, sabendo que ele também tentava olhar em meus olhos. — Eu devo uma a ele.

— Duas, na verdade — corrigiu. — Noah fez a mesma coisa na casa da praia.

— Mas eu não queria que ele interrompesse daquela vez.

— Eu não entendo você.

— E nunca vai entender.

Calados outra vez, continuamos a caminhar pela área imersa em pretidão, e tudo estaria no mais calmo se não fosse um grito em terror dado por Sadie, fazendo com que todos nós saltássemos juntamente a ela.

— Alguma coisa encostou em mim! — a ruiva brandiu, e pela pouca luz que vinha de um local que aparentava ser a saída, eu pude ver seus cabelos baixarem, e saber que ela encarava os pés. — Matem isso, matem isso! — ela saltou outra vez.

— Para início de conversa, o quê? — questionou-a Gaten.

— Não tem nada aqui, Sadie. Nadinha — disse Finn, sacudindo os ombros e seguindo até o lado da menina imóvel, agarrando sua mão e arrastando-a pelo caminho. E nenhum de nós ficou para trás, não ter companhia era uma ideia que sequer cogitávamos.

— É claro que tem. Eu não estou louca — rolei os olhos à minha volta, insegura como ela. — Passou por mim, eu senti.

— Tanto faz, isso não importa. Passou e foi embora. Deixe de ser dramática, é uma casa mal-assombrada — e Sadie assumiu uma carranca. Depois de algum tempo, foi a vez de Noah de gritar em terror, afirmando ter sentido algo frio ligeiramente tocar sua perna.

— Finn, está aqui. Ainda está aqui! — encarou seus pés, como ela. E quando nos demos conta, ele era puxado pela tal coisa. — Ah! Me ajudem!

E a ruiva foi a primeira a correr em direção ao menino, quase tão desesperada quanto ele — Eu avisei, seus idiotas. Eu avisei!

E Finn, Caleb e Gaten começaram a ajudá-la, também aflitos — Só não pensei que pudesse puxá-lo assim.

— Quieta, Sadie, e me livrem disso logo, caramba!

Depois de algum tempo, senti pena do que quer que o puxasse, pois Gaten resolveu tomar uma medida drástica, provavelmente cansado de puxá-lo, e de algum forma conseguiu acertar a tal coisa. O menino, fingindo que nada lhe havia acontecido, ajeitou seu colete axadrezado e continuou a seguir em direção a saída. Ele sequer nos agradeceu.

— Ingrato — reclamou Sadie. — Bem que merecia ser esfolado por aquilo. Se eu soubesse que seria tão grosso, teria o deixado lá mesmo.

— Hum... — murmurei, meus olhos fixos na luz que se aproximava de nós.

ventured to say ˓ fillieحيث تعيش القصص. اكتشف الآن