13- Intruso

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-Nossa você esta tão... Gato. – O menino lindo, magro com sua pele parda e seu cabelo meio jogadinho. Suas covinhas aparecendo conforme ele sorria, seus olhos negros como a noite que fariam qualquer garota pirar com seu olhar... Não só as garotas se me permitem dizer.

-André ? Nossa cara quanto tempo. – Nesse momento eu já estava de pé com os braços ao redor do pescoço de André. Fazia muito tempo que eu não o vi, muito mesmo.

-Cara oque você esta fazendo aqui ? – Ele nos separou suavemente e riu a poucos sentimentos de mim, pude sentir seu hálito doce e quente.

-Eu vim morar aqui faz pouco tempo, você mora aqui ?

-Sim, uns 8 quarteirões depois daqui. Mas cara que bom te ver, não nos vemos desde a sétima série. – Sim nós não nos víamos a muito tempo. Ele se mudou e não disse pra onde iria, nós perdemos contado e nunca mais nos vimos ou nos falamos. O tempo havia feito bem a ele.

-Eu moro um pouco mais próximo. Nossa o tempo fez bem a você. – Pronto, fiz do meu pensamento uma realidade, corei na hora e ele apenas riu de mim.

-Não mudou nada né ? Tímido como sempre. – Ele soutou uma risada e me empurrou de leve. – Aliás, retiro oque disse, você mudou muito. – Agora seu sorriso havia sumido e dado lugar a um olhar safado. Ele me olhava de cima a baixo, analisando cada parte do meu corpo. Seus olhos encontraram os meus e ele veio até meu ouvido e sussurrou: - Realmente, acho que o tempo foi mais generoso com você do que comigo. – Isso realmente estava acontecendo ? meu amigo estava flertando comigo em plena sala de aula ? Senti meu corpo inteiro tremer e arrepios em todas as parto do meu corpo... Todas !

-Bom eu tenho que ir, meus amigos estão me chamando, depois a gente conversa ok ? – Ele disse se afastando.

- Ok, nos vemos depois.

Quando me virei para falar com Miguel novamente ele não estava mais lá, havia sumido, evaporado. Não sei o porque dele ter feito isso, porém não dei a mínima. Apenas me sentei na cadeira novamente e ouvi algumas músicas para passar o tempo.

#Miguel

Ele é um idiota. Não eu sou um idiota, um completo imbecil.

Nós estávamos conversando sobre ontem e chega um moleque e do nada rouba a atenção dele, e ainda fica murmurando coisas no ouvido dele. Mas que merda. E eu aqui achando que ele era diferente, bom está ai a minha resposta.

-Posso saber quem você vai matar ? – Caio estava encostado na pilastra do pátio. Era incrível como sem esforço nenhum aquele filho da puta conseguia ser lindo.

-Ninguém, só preciso socar a cara de alguém.

-Gabriel está na quadra tarando a bunda do Henrique. – Ele deu a sugestão e ela parecia muito boa, e o melhor de tudo, eu não precisava de um motivo.

-Onde você vai ?

-Seguir seu conselho. – Ele havia me dado mesmo uma ótima ideia.

-Volte aqui, você ficou louco ? Não, acho que só idiota mesmo ! – Ele me agarrou pelo pulso, estava sério.

-Qual é o seu problema ?

-O meu problema é que você tem um problema. Oque indica que se você tem um problema eu também tenho e temos que resolver isso, então vamos na cantina pra eu comer algo e você me conta quando chegarmos lá. – Ele veio me arrastando com a mão ainda no meu pulso, é incrível como Caio consegue ser a pessoa que me acalmava quando eu estava prestes a explodir.

Depois de comprar três sanduíches, dois pra ele e um pra mim, procuramos uma mesa um pouco mais afastada da bagunça e gritaria em que o pátio se encontrava e começamos a nossa conversa.

Forget ForeverWhere stories live. Discover now