Capítulo 41.

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Lana narrando.
1 semana depois.

— eu não acredito que você fez isso junior - dei risada.
— me agradeça depois.
— você é muito filho da puta - abafei a risada - você não fala nada Lívia?
— a idéia foi dela - apontou pra Lívia.
— eu ainda mato você garota - joguei a almofada nela.
— vai se arrumar.
— vocês só podem ta de brincadeira com a minha cara - tampei o rosto.
— se você não levantar dai agora eu jogo água em você - ameaçou.
— vocês me pagam - me sentei - faz tanto tempo que não comemoro meu aniversário.
— vai ser só um jantar pra não passar em branco - Lívia disse - já era pra você está arrumada.
— que horas vai ser isso? - arquei a sobrancelha.
— oito horas - júnior falou - a propósito vão se arrumar, vocês demoram demais - fez careta.
— ainda é cedo - voltei a me deitar no sofá.

Lívia foi tomar banho e dá banho nas minhas sobrinha, minha mãe sumiu o dia todo, mas fez um café da manhã daqueles, me encheu de mimos e antes do almoço saiu, sei não em, como eu disse nunca comemorei meu aniversario, eu nunca tive pique pra isso, até por que meu pai morreu um dia depois do meu aniversário, como Lívia e junior já tinham feito reserva em um restaurante eu tive que aceitar né? Até por que eu não posso fazer essa desfeita, estava deitada no sofá e a campanhia daqui de casa tocou, tomei coragem pra me levantar, parecia que iam quebrar, levantei puta da vida, fui até o portão.

— mas que cara... - assim que abri o portão dei de cara com um menorzinho, que carregava nas mãos um buquê de flor e uma cesta - o que você quer? - arquei a sobrancelha.
— o patrão mandou eu trazer pra senhora - esticou as mãos, dei um sorriso e quando percebi que tava fazendo papel de otaria, fechei a cara.
— errou de número.
— errei não tia, esse aqui é o endereço - falou cheio de marra - chefe mandou eu entregar pra senhora po.
— fala pro seu chefe economizar o dinheiro dele comigo, até por que ele vai gastar bastante com fralda - dei um sorriso forçado.
— po tia aceita ai, se a senhora não aceitar ele vai cobrar de mim depois - coçou a cabeça, respirei fundo, pensei, pensei e acabei aceitando.

Ele me entregou as coisas, levei pra dentro de casa e deixei em cima da mesinha de centro, me sentei de frente pra mesma e fiquei encarando-as por um bom tempo.

— quem morreu? - Lívia perguntou.
— idiota - dei risada - caíque que mandou isso - apontei pras coisas.
— deixa eu vê - foi até o buquê, olhou, olhou, abriu a cesta — tem um cartão aqui - fez careta.
— cadê? - me levantei.
— relaxa em - se afastou de mim - pra mulher da minha vida, Lana te amo - fez cara de tédio.
— joga fora - disse séria.
— ta louca Lana? Por que? - colocou a mão na cintura.
— eu não quero nada disso, joga fora - deixei ela na sala e subi pro meu quarto, me joguei na cama e comecei a chorar.

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