Capítulo 91

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— Não, por favor, só me diz uma coisa. – Rita falava, aos sussurros – Não entra na minha cabeça. O menino, Matt, ele é apaixonado pela esposa, ficou feliz em pensar que íamos dar abrigo a ela antes de matá-lo! – Eloise parou de andar se virando pra Rita – Como você... Como conseguiu?

— Ele é apaixonado pela esposa. E eu sou apaixonada por Luke. Daria a vida por ele sem pensar duas vezes. Mas chega um momento na vida, Rita, onde você consegue separar amor de sexo, tornando um independente do outro. – Explicou – E, respondendo a tua pergunta, a mulher dele está grávida. Uma bola. Ele não tinha sexo há meses. É quase um garoto, os hormônios explodindo. Eu sou rainha, isso já serve como afrodisíaco. No começo ele ficou confuso, mas foi ridiculamente fácil. – Ela revirou os olhos – Mas não faço mais isso, se quer saber.

— Não? – Perguntou, sondando.

— Não. Foi um erro. E eu quero contar pra Luke. – Ela viu os olhos de Rita se arregalarem perante o perigo – Não com quem foi, mas o que fiz. Quero contar a ele.

— Porque não conta? Tem medo de magoá-lo? – Tentou.

— Este é o problema, Luke não se magoa. – Ela virou o rosto pra Rita – Ele se vinga.

Em outro corredor... Um esbarrão.

— Perdão... Ora, veja só. – Um sorriso se abriu no rosto de Luke. Emma revirou os olhos.

— Com licença. – Emma disse, voltando a andar.

— Correu pros braços do maridinho ontem, Emma? – Perguntou, divertido, acompanhando-a.

— Corri. E você não faz idéia de como foi bom, Luke. Chego a me arrepiar só de lembrar. – Provocou, caminhando.

— Pensou em mim enquanto ele te tocava? – Emma parou de andar, respirando fundo. Se o matasse, iam dar pela falta do corpo em pouco tempo, e no final Andrew saberia que foi ela.

— Você me insultou. – Emma disse, por entre os dentes.

— Perdão. Não foi a intenção, eu juro. – Ele falava sério. Ela sondou os olhos dele e viu a sinceridade ali, o que provavelmente evitou um homicídio.

— Não, eu não pensei em você. Não que você vá entender, mas quando você está nos braços de Andrew, suas funções normais são quase que desativadas. Você não pensa, você só sente. – Provocou – E as vezes ouve. – Acrescentou, se lembrando do timbre rouco da voz dele em seu ouvido, na noite passada.

— Atrevida. – Luke lançou. Ela deu de ombros.

— Escute, Luke. Se não parar de me atormentar, faço queixa a Andrew, e teremos uma guerra aqui dentro mesmo. Eu sou uma mulher casada, e quero ser tratada e respeitada como tal. – Ameaçou.

— Diria a ele? Tudo? – Ressaltou.

— Deus me ajude, mas eu digo. – Disse, séria – Não vou ser tratada como uma desfrutável, ou como uma qualquer, Luke. Eu sou e sempre fui fiel ao meu marido. – Completou.

— Tudo bem, tudo bem, não precisa se irritar. Não podemos ser amigos pelo menos? – Perguntou, e Emma ergueu a sobrancelha – Éramos amigos antes de começarmos com isso.

— Que eu me lembre, o único amigo homem que eu sempre tive foi Victor. – Alfinetou, voltando a andar, e Luke sorriu.

— É uma história interessante. O que você faz nessas 'viagens de caça', Emma? – Perguntou, fazendo graça.

— Algo que você com certeza não quer que eu faça com você. – Ela abriu um sorriso enorme... E perigoso, mesmo a distancia. –Luke riu gostosamente.

Apenas mais uma de amor Where stories live. Discover now