Capítulo 30

2.6K 277 22
                                    


Jamie viu ela catar tudo e sair. Ele respirou fundo, pensando no que havia visto e feito hoje... Então a sensação dos lábios dela... Ele virou o rosto pro lado e Amélia estava lá, imortalizada, com a mão próxima ao rosto, os cabelos revirados.

— Me perdoe, meu amor. Eu não consegui. – Disse, olhando o retrato. Não conseguira matar Jordan. Não conseguira manter outra mulher longe de si.

Jamie abriu a gaveta da mesa de cabeceira e pousou o retrato lá cuidadosamente, fechando a gaveta. Dakota logo voltaria. Ele não permitiria que ela dormisse ali com o retrato de Amélia ali; Seria a memória viva do que ele estava fazendo, sendo que Amélia morrera há apenas algumas torres de distancia. Ele se virou... E doeu. Rosnando Jamie olhou o curativo. Não havia sangue, mas se ele se movesse podia sentir os pontos repuxando a pele. Ótimo. Ele nem sabia o que havia ocorrido com o homem que o atacara. Ele revirou os olhos, passando a mão no cabelo. Passou minutos ali, até que ouviu passos apressados. Olhou para a porta. Logo Dakota entrou no quarto, correndo.

— O que...? – Ele não terminou a pergunta.

— Vai dar 3 da manhã. Esse castelo deserto dá medo. – Disse, fechando a porta. Jamie riu gostosamente. Ela se amparou na porta, respirando fundo. Ele ainda ria quando reparou nos trajes dela. O roupão tinha se aberto na corrida desesperada dela. Por baixo ela usava um corpete e um short (a roupa intima daquela época). O rosto estava branco pela corrida. Os cabelos haviam crescido uma matiz mais escura do que costumavam ser

— Veio correndo de lá debaixo até aqui? – Perguntou, puxando conversa para poder observar.

— Só dos pés da escada. Entrei em pânico. – Admitiu. Então ela viu o olhar dele. Seguindo-o... – Ei! – Ralhou, fechando o roupão.

— Eu não fiz nada. – Ele viu ela dando um nó apertado no roupão, arrumando-o de modo que não se via nada – Tire isso.

— Não, eu estou de roupa intima. – Disse, ultrajada. Ela ia subir na cama, mas ele não deixou, levando o pé até onde ela ia subir. – O que?

— Tire. – Ordenou. Ela ergueu a sobrancelha – Por... Por favor? – Tentou e ela riu gostosamente, deixando a cabeça cair pra trás. Ele sorriu.

— Uma hora tu ordenas, outra tu pedes por favor... É contraditório. – Disse, divertida.

— Vamos lá. – Insistiu.

— Não!

— Eu estou sem camisa, qual o problema? – Impôs – Carinho, não há nada em você que eu não tenha visto, se essa é a precaução. – Dakota ergueu a sobrancelha.

— Não é não. – Disse, cruzando os braços.

— Certo. – Disse, se apoiando nos braços. Dakota arregalou os olhos.

— Pare! O que está fazendo? Se deite! – Disse, impedindo-o de levantar.

— Me faça deitar. – Disse, apontando pro roupão dela.

Dakota o encarou por instantes, ultrajada. Era impossível! Por fim ele ergueu a sobrancelha, dando-lhe um ultimato, e ela revirou os olhos, desamarrando o roupão. Ele sorriu. Ela deixou o roupão em uma poltrona do quarto e caminhou até a cama, agora conseguindo subir.

Apenas mais uma de amor Onde as histórias ganham vida. Descobre agora