Capítulo 17

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Jamie foi direto ao quarto dela, mas ela não estava lá. Que diabo! Não podia haver tempo pra se arrepender, ou voltar atrás. Ele andava a passos largos, quase ofegando pela corrida. Foi quando parou na cozinha.

— Onde está Dakota? – Perguntou, direto.

— Eu já a dei dispensa, senhor. Precisa de algo? – Elena perguntou, confusa.

Jamie não respondeu, pensando. Ela recebera dispensa e não estava no quarto... Ele sabia onde ela estava.

— Preciso do molho de chaves. – Pediu.

Elena ergueu as sobrancelhas, e buscou algo preso na cintura de seu vestido. Era um chaveiro com uma cópia de todas as chaves do castelo. Haviam mais de cem chaves, mais de duzentas, Jamie não sabia dizer. Ele saiu sem dar explicação. Só parou quando chegou a frente da sala de banho dos funcionários. Havia barulho de água lá dentro. Jamie tentou abrir a porta, estava trancada. Levou minutos até ele conseguir encontrar a chave certa dali. Ele já havia chamado por todos os demônios que conhecia até lá. Abriu a porta com cuidado, fechando-a atrás de si. Pensou por um instante, mas reconheceu o perfume dela. Era ela que estava ali. Jamie caminhou, ainda hesitante, pela sala, até um dos boxes. Era apenas um quadrado de madeira, que ocultava o corpo da pessoa, no caso Dakota. Ela estava de costas. Ele só via até o ombro dela.

Tinha os cabelos emaranhados em espuma. Jamie sorriu ao vê-la sacudir a cabeça, após puxar a cordinha que fazia cair água. Dakota se virou e se sobressaltou ao vê-lo ali.

— Meu Deus. – Disse, pondo a mão no peito, respirando fundo pelo susto.

Os dois se encararam novamente, azul contra azul, sem nada dizer. Até que Jamie largou o molho de chaves (que caiu com um barulho estrondoso no chão), indo até ela. Ele abriu a porta do box, apanhando-a nos braços e beijando-a agressivamente. Dakota o aceitou, ofegante e feliz. Ele voltara pra ela. Na afobação dos dois terminaram por puxar a cordinha. Um jato de água caiu na nuca de Jamie, fazendo Dakota rir. Ele sorriu e a beijou novamente. Daquele ponto até ele ter perdido as roupas, que ficaram pelos cantos, foi muito rápido. Os dois não se soltavam por nada, a respiração era difícil, a vontade guardada era muita. Sem contar que o espaço era mínimo. Quando Jamie, por fim, possuiu Dakota, os dois pararam por um instante, apenas desfrutando a sensação. Porém, quando ele se moveu...

— Ai. – Gemeu, franzindo o cenho – Não, pára! – Disse, espalmando as mãos no peito dele. Jamie a olhou, confuso.

— O que há? – Perguntou, a voz quebrada. Como ela era louca de mandá-lo parar agora?

— Eu não sei, eu... – O corpo dela parecia estar se adaptando, se adequando.

— Estou machucando você? – Perguntou, a voz preocupada.

— Me dê um instante. – Pediu, confusa com o que sentia. Aquilo costumava ser bom, qual era o problema?

E Jamie esperou. Procurando mais uma lista de demônios pra praguejar mentalmente, mas esperou. Alguns minutos depois ela se moveu, se remexendo. Se continuasse assim ele teria uma sincope.

— Eu acho que... – Ele a encarou. Ela estava corada, isso dispensava o resto da frase.


Ele tentou novamente, e dessa vez ela não se queixou. Logo os dois se consumiam ardorosamente, com todo o ímpeto que a saudade exigia. De vez em quando um dos dois se batiam na cordinha, ganhando um jato de água pela cara ou pelas costas, o que garantia os risos. Quando terminou Dakota abafou um grito no ombro dele, que se deixou vir chamando pelo nome dela, as mãos apertando-a saudosamente. O silencio reinou ali. Nenhum dos dois sabia o que fazer, ou o que dizer. Então Dakota, ainda no colo dele, puxou a cordinha, fazendo a água cair sob os dois de novo. Os dois riram.

Apenas mais uma de amor Where stories live. Discover now