Dias depois...O conselho se reuniu para o julgamento de Matt. Jamie estava irredutível; sua raiva passara, mas o susto ainda o assombrava, e ele queria a morte do rapaz. Victor preferia procurar saber antes de agir. Andrew não via necessidade de matar, e Luke não estava dando à mínima. No momento em que iam começar a discutir...
— Podemos resolver isso logo? – Andrew perguntou, olhando a mesa – Ainda temos que fazer a ronda, e eu quero voltar antes que essa chuva caia, e antes do anoitecer. – Disse, quieto.
— Perdoem o atraso. – Dakota disse, entrando na sala. Usava um vestido azul água, segurando o tecido das pernas.
— Como você desceu as escadarias? – Jamie perguntou, exasperado.
— Bom dia. – Emma falou, se mostrando atrás de Dakota.
— O que está fazendo aqui, Dakota? – Jamie perguntou, se virando.
— Eu sou a testemunha. Eu vivi o fato que vai ser julgado, logo, eu tenho que estar aqui. – Luke puxou uma cadeira pra ela, que se sentou com cuidado. – Obrigada, Luke. – Ele assentiu com a sobrancelha. Dakota suspirou. Não se sentia bem desde a madrugada, não dormira nada.
— Muito bem. Diga o que tem a dizer, Dakota. – Andrew disse, se virando.
— Matt me raptou, sim. – Dakota fez uma careta debochada – Mas não teve coragem de me matar.
— Se não ia ter coragem de matá-la, porque a levou? – Jamie insistiu.
— Porque estava preso! – Ela respirou fundo – Jordan matou toda sua família, os pais, a irmã, todos, e ele estava preso. Só conseguiu sair porque recebeu a ordem de me matar. – Contou. Dakota estava meio tonta. – Tem uma esposa, Caroline, que está em uma cabana no mato, grávida, foi a única que ele conseguiu salvar. Jamie, por favor. – Jamie a observava, impassível – Estou rogando por ele. Se o matar, a esposa dele morrerá de inanição, junto com o bebê, esperando por seu retorno. É crueldade demais, principalmente por quem poupou minha vida e a de Dulcie.
— Não vai dizer nada? – Luke perguntou, achando graça do silencio de Emma. Esta tinha uma aparente preocupação no rosto, uma angustia, e olhava a barriga de Dakota fixamente.
— Eu não estava lá. – Emma respondeu, distante.
— Estou implorando. Não o matem. – Dakota pediu, respirando fundo – Peço que dêem asilo a ele e a esposa. – Jamie ergueu a sobrancelha. Ai já era demais – Eu coloco minha mão no fogo de que ele não criará problema. Ele é jovem, só quer ter o filho dele em paz. Por favor.
— Deliberemos. – Luke disse, parecendo entediado.
— Conhecem meu voto. – Jamie disse, quieto.
— Ele não lhe fez mal algum? – Victor perguntou e Dakota negou – Então não há necessidade de matar o homem.
— De acordo. – Luke disse, tranquilo – Andrew?
— Deixem-no em paz. – Dakota suspirou, agradecendo com o olhar.
Todos se levantaram, rumo as masmorras. Emma tinha o olhar distante, enquanto se levantava. Luke apanhou a mão dela, fazendo-a rodopiar, como em uma dança, então a inclinou para trás. Ela riu.
— Luke, eu sou uma mulher casada. – Riu, encarando-o. Ele ergueu as sobrancelhas de modo debochado.
— Então temos algo em comum. – Brincou, pondo-a de pé novamente. Ele riu, saindo dali, e ela foi atrás.
Dakota não tinha boas lembranças das masmorras. Na ultima vez em que estivera ali, passara pelos piores dias se sua vida. Ao abrirem a porta ela entrou na frente. Matt estava sentado no monte de feno onde ela passara sua ultima noite ali, ainda algemado com as mãos nas costas. Ele ergueu o rosto, assustado, quando todos entraram. Dakota se aproximou , e ele se levantou, tropeçando. Estava ficando fraco.
— Matt, onde está Caroline? – Perguntou, olhando-o. Jamie observava a distancia.
— Não sei explicar, alteza. Só sei chegar lá. – Ele respirou fundo, ansioso – A senhora conseguiu perdão para ela? – Dakota sorriu – Podem me algemar mais, me amarrar, eu os levo até ela, não vou tentar fugir, eu prometo. – Os olhos do rapaz se encheram d'água. Iria morrer, mas pelo menos Caroline seria acolhida.
— Shhh. Nós vamos lá, buscá-la, mas tu não vais algemado. Está livre, Matt. – Disse, com um sorriso. Matt olhou dela pra Jamie, ofegando pela surpresa, meio assustado. Deus, era quase um adolescente!
— O... O que queres dizer com livre?
— Quero dizer que vamos acolhê-los, a tu e a tua esposa, em segurança. Imagino que não tenham nada. – Disse, pensativa. Jamie observava a esposa – Bom, de imediato os traremos para o castelo. Quantos meses Caroline tem?
— Quatro, majestade. – Respondeu, tremulo.
— Então meus vestidos antigos lhe servirão. Ficarão um pouco folgados, provavelmente, meu bebê é grande, mas podemos ajustar. A ti, providenciaremos vestes. Ficarão no castelo e trabalharás aqui até que possa construir tua própria casa. É um presente, como forma de nossa gratidão. – Disse, sorrindo.
Matt não teve reação por um instante, então se ajoelhou perante a ela, chorando. No sobressalto Dakota abraçou a barriga e Jamie avançou um passo, mas não era nada. Ele tentou beijar-lhe os pés novamente, em forma de agradecimento, mas ela não deixou.
— Não faça isso. Eu é que lhe sou grata. – Ele a encarou, os olhos azuis mareados – Agora se levante. Precisa se alimentar, e precisa ir buscar tua Caroline.
— Obrigado, alteza. Muito obrigado. – Ele, ainda ajoelhado, beijou as mãos dela.
— Soltem-no. – Jamie ordenou, e um guarda foi até Matt, livrando-o das algemas – Meus soldados o acompanharão até onde tua esposa está. Se tentar fugir, ou coisa do tipo, eles tem ordens para matá-lo na hora. Me fiz claro?
— Completamente, vossa majestade. – Disse, se levantando.
— E tu. – Dakota o olhou – Venha. Não devias ter saído do quarto. – Disse, oferecendo a mão a ela. – Eu já estou saindo. Não vou me demorar. – Dakota assentiu – Venha, vou lhe levar para o quarto. – Ele a apanhou no colo e ela não reclamou.
Não se sentia bem. Não o diria, senão ele não iria. Era só um mal estar. Ele a deixou deitada, e foi. Ela se acomodou, fechando os olhos, e tentou descansar por meia hora. O desconforto não passava.
— Viemos fazer companhia. – Emma disse, entrando no quarto – Está tudo bem?
— Na verdade, não. – Dakota admitiu. Emma aguçou o olhar – Só um mal estar, logo vai... Ai! – Gemeu, se encolhendo, a mão alcançando a barriga.
— Perdi alguma coisa? – Eloise perguntou, confusa.— Eu acho que estou sangrando. – Dakota disse, se sentando. – Chamem a minha mãe! – Disse, assustada, então Emma havia sumido. Instantes depois apareceu com Melanie. – Mamãe! – Exclamou, assustada. A mãe dela se aproximou, apanhando sua mão – Mamãe, está doendo! – Choramingou – Eu estou sangrando. – A mãe de Dakota tocou o ventre dela, abaixo do umbigo, tateando com os dedos, como se medisse algo. Então franziu o cenho.
— Não é sangue, bebê. – Melanie disse, confusa – Sua bolsa estourou. – Avisou.
Isso seria normal se ela não estivesse perto de entrar no sétimo mês. Seu bebê nasceria prematuro. Shh... Nada bom.
Fortes emoções fada!
Acho que o(s) bebê(s) está/estão chegando!
Aguardem pelo próximo capítulo, fortes emoções!
Espero que gostem, não esqueçam de votar e comentar pra mim saber que estão gostando! Bjs 😘
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Apenas mais uma de amor
FanfictionA guerra já durava 5 anos. Parecia que a paz jamais ia retornar, e as lembrança dela já eram tão distantes que nem pareciam mais ser reais. Quando tudo começou, Dakota ainda era menina. Não entendera direito. O rei Jordan envenenara a esposa do rei...