Capítulo 83

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O problema foi que Jamie, turrão, resolveu acompanhar Matt até a floresta. Por falta do que fazer, todos foram junto, logo ninguém achou ele pra dar a noticia. No castelo haviam três parteiras e dois médicos. Dakota estava assustada. As contrações iam e vinham. Ela sempre soube que haveria a dor, havia se preparado psicologicamente pra ela, era natural, mas não agora! Era muito cedo! Todos se preparavam para o parto, as rainhas saíram pra não encher o ambiente, todas angustiadas. Mas a pior era Emma. Essa estava indócil. Andava de um lado pro outro, passava a mão nos cabelos, parecia angustiada.

 
— Você está me deixando mais aflita do que eu já estou. – Eloise avisou, vendo Anahi.

— Está errado... Está errado... Onde está Victor?! – Emma disse, angustiada.

— Já mandamos buscar Jamie. Estamos aguardando. No que Victor pode ajudar? – Rita perguntou e Emma a encarou, franzindo o cenho.

— Isso é assunto entre você e ele. – Emma dispensou, voltando a andar em círculos.

Levou horas. Dakota não fazia idéia de onde diabos Jamie estava. Era cômico que o reino todo soubesse que o príncipe ia nascer, menos o rei. Estava nervosa, com medo, com dor. Depois de tudo, Deus não podia permitir que nada acontecesse com seu bebê. A livraram de seu vestido, tornando a estar de camisola. Haviam toalhas brancas, limpas, e água morna, sempre sendo trocada, esperando pelo bebê. Então, quando as contrações pareciam não ceder, Melanie, que estava com as parteiras, veio pro lado de Dakota.

— Bebê, me dê sua mão. – Melanie disse, se sentando ao lado de Dakota. Dakota deu a mão a mãe. Já soava, tremula. – Agora eu preciso que você seja forte.

— Isso dói. – Ofegou, o cenho franzido.

— Vai acabar. – Prometeu – Preste atenção. Agora concentre toda a sua força, tudo o que você puder, e faça força pra baixo. – Dakota gemeu. Temera esse momento. – Ajude o seu bebê a nascer. – Dakota assentiu e respirou fundo.

Ela gritou no momento em que fez força. A dor era simplesmente horrível, parecia não haver espaço dentro dela, ela não conseguia respirar, e ainda assim ela tinha que continuar. Fechou os olhos, lembrou de Jamie despertando o bebê hoje pela manhã, assim que acordou. Lembrou-se dele chamando-o de "grandão". Então respirou fundo outra vez, apertando a mão da mãe, e voltou a fazer força pra baixo, mais que antes, sufocando o grito, até ter que parar, aos ofegos – Não conseguia fazer força ao mesmo tempo. Pelo visto seria isso, não parecia ter como piorar.

Enquanto isso, longe dali.

— Você pode me explicar o que é isso? – Caroline perguntou, em um murmúrio, sendo trazida de cavalo com Matt. Ele sorria.

— Há tempo. – Disse, tranquilo, caminhando a frente do cavalo dela, levando-o pela cela. Ela segurava a barriga, sentada de lado. Reparou que ele parecia bem, tinha vestes novas e não parecia ter medo, então ficou quieta, apesar da histeria interior.

— E graças ao azedume de Jamie eu ganhei uma inesquecível viagem até um buraco no meio do mato. Não vejo como agradecer. – Luke disse, debochado. Jamie continuava de bico.

— Horas da minha vida que eu nunca mais vou ter de volta. – Andrew comentou, quando eles atravessaram a copa das arvores, se aproximando da fronteira. Victor franziu o cenho.

— Vai ter bolo aqui hoje? – Luke perguntou, ainda debochado, vendo o alvoroço em que o reino parecia estar.

— Emma. – Victor disse, olhando o chão. Andrew o encarou.

— Porque a está acusando? – Andrew defendeu, incrédulo. Não era possível que Emma houvesse armado aquilo tudo. As pessoas corriam pelas ruas, alvoroçadas, em direção ao castelo.

Apenas mais uma de amor Where stories live. Discover now