Capítulo 75

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Nada mais aconteceu, para alivio de Dakota. Durante a madrugada, enfim, pôde ir embora. Se separou de Jamie na entrada, ele foi resolver um problema rápido de ultima hora e ela aproveitou para se trocar. Deixou a coroa nos pés da cama, mas os cordões do vestido não cederam.

— Eu trouxe a caixa. Rita salvou o buque, e Eloise o véu... Que diabo você está fazendo? – Emma perguntou, exasperada. Ela riu ao ver o esforço da outra. – Aqui. – Disse, largando uma caixa grande, branca e pesada nos pés da cama. Ela arrancou a coroa dos cabelos, deixando do lado da de Dakota, e foi ajudar.

— Pensei que havia perdido o véu. – Dakota disse, satisfeita, vendo Eloise e Rita juntas dobrando o véu dela. – Pra que o buque?

— Oh. – Rita disse, dobrando o véu. Era tão grande que mesmo cada uma ficando de um lado do quarto sobrava pano – Ninguém explicou. – Dakota esperou.

— É como uma tradição. – Eloise explicou – O buque da rainha é salvo, junto com todo o resto do vestido. Você os guarda até que sua primeira filha mulher chegue na idade de se casar, então quando ela encontrar um noivo, você a presenteia.

— Minha filha vai ser obrigada a se casar com meu vestido? – Dakota perguntou, observando.

— Não é obrigatório, é mais simbólico. – O corpo de Dakota oscilava enquanto Emma puxava os cordões do espartilho – As filhas nunca aceitam, querem fazer seu próprio vestido, então o seu vestido fica pra você, guardado, como uma recordação viva. Um legado, se preferir.

— Pronto. – Emma disse, soltando Dakota. O vestido caiu ao chão. – Me ajudem com isso antes que Jamie volte. Luke já torrou a paciência dele hoje pela conta. – Disse, se aproximando com o vestido.

Dakota observou as outras dobrarem seu vestido meticulosamente Emma lhe pediu as sapatilhas e ela deu. Depositaram as sapatilhas no fundo da caixa, que tinha um monte de um papel branco, delicado, dentro. Em seguida colocaram o vestido, que foi coberto pelo véu. Uma vez dentro da caixa o vestido foi coberto, protegido por várias camadas e papel seda, e então despetalaram o buque do casamento, cobrindo o papel com as pétalas. Ficou bonito no final. Eloise tampou a caixa, retirando-a dali, deixando a cama livre... Exceto pela coroa de Dakota e a de Emma. Uma apenas de diamantes, brilhando, imponente, e a outra mais terna, o brilho dos diamantes alternando com safiras.

Haveriam rubis e esmeraldas na cama se Rita e Eloise se juntassem, mas elas não fizeram. Foram embora, todas. Dakota foi pro banheiro. A camisola que havia escolhido era de seda branca, longa, com um detalhe grafite no decote fundo. Ela se vestiu, se penteou e voltou pro quarto... E Jamie estava sentado nos pés da cama, já descalço, sem o terno e o colete, apenas a camisa, com sua coroa na mão. Ele parou por um instante, observando-a de cima abaixo, como quem aprecia algo.

— Pensei que teria de ir buscá-la. – Jamie brincou, se levantando. Ele deixou a coroa dela em cima da mesa próxima da cama, do lado da dele, e se aproximou, oferecendo a mão. Ela apanhou a mão dele, abraçando-o pela cintura – Está linda. – Murmurou, passando o nariz pelo cabelo dela. Ela se arrepiou com a respiração dele em seu rosto, com a voz tão próxima.

Finalmente chegara sua noite de núpcias.

— Estou me sentindo mal. – Jamie comentou, beijando-lhe o rosto demoradamente.

— O que há? – Dakota perguntou, preocupada, e ele sorriu, beijando-lhe a testa. Ele se afastou, apanhando uma champanhe deixada ali, com duas taças. Ele abriu, servindo, e ela não entendeu nada.

— Não fisicamente, Cariño. – Disse, voltando com a taça – Me sinto mal por não poder lhe dar a viagem de lua-de-mel que você merece. – Ela entendeu.

Apenas mais uma de amor Where stories live. Discover now