Capítulo 61

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Dakota suspirou aliviada quando percebeu que Andrew havia interceptado Jamie. Ele estava em segurança. Pelo menos ele. Ao chegar na fronteira, os guardas pararam para ver Dakota. Não havia ninguém no reino de Pablo que não soubesse quem ela era. Ela não disse nada, apenas passou pela fronteira, ciente de que em minutos Jordan saberia que ela estava lá. Mas antes ela precisava fazer algo.

— Já vai! – Melanie exclamou, tirando o avental, pondo-o na bancada. Era uma senhora, magra, dos cabelos louro claro e os olhos azuis. Ao abrir a porta, o choque. – Senhor Jesus. Dakota! – Exclamou, puxando a filha em um abraço. Dakota já chorava abertamente.

— Mamãe. – Disse, rouca, abraçando a mãe com força.

Ela percebeu que tudo que precisara todo esse tempo fora disso: Sua mãe. Que lhe abraçasse, lhe passasse conforto, alguém que não a machucaria, nem a faria mal. Todo o peso de tudo que havia acontecido desde sua partida pareceu cair sobre suas costas e Dakota se apertou mais a mãe, chorando desconsoladamente. Melanie fechou a porta, já também ás lagrimas, sem soltar o abraço de Dakota, como se temesse que aquilo fosse um sonho.

— Meu anjo, olhe só para você. – Melanie disse, pegando o rosto de Dakota entre as mãos, olhando-a – É uma mulher agora, minha bonequinha. – Disse, o rosto cansado coberto pelas lagrimas. Dakota soluçou em seu choro, sorrindo.

— Senti tanto sua falta, mãe, precisei tanto de ti – Disse, e abraçou a mãe novamente.

Demorou bastante tempo para as duas se acalmarem. Por fim Melanie passou um café e tortinhas de chocolate para as duas.

— Sente-se, vamos conversar. – Disse, ainda saudosa. Não desgrudava os olhos de Dakota.

Dakota olhou o banco alto, e olhou para baixo. Estava dolorida dos pés até a cabeça. Sentar já estava impossível depois da manhã inteira com Jamie, e ela ainda teve que cavalgar.

— Dakota? – Melanie chamou, confusa.

— Estou bem em pé, mamãe. – Disse, sorrindo de canto.

— Não seja tola, esta é sua casa. Sente-se. – Disse, ainda sorrindo. Dakota olhou o banco alto de madeira novamente.

— Tudo bem. – Disse, respirando fundo.

Dakota tentou sentar, mas o banco era alto. Sem alternativa bateu a mão na xícara de café, derramando-a. Melanie se virou imediatamente para apanhar um pano e Dakota subiu no banco, com uma careta de dor.

— Ai. – Gemeu, mordendo a boca.

— Está tudo bem, meu anjo. – Disse, alvoroçada pela presença da filha, enquanto limpava tudo – Sempre atrapalhada. – Disse, sorrindo consigo própria. Dakota ainda tinha uma careta no rosto. Então Melanie parou – O que está fazendo aqui, Dakota?

— Eu precisei... – Santo Deus, aquilo estava impossível! Ela quase podia ver Jamie rindo da cara dela agora – Preciso resolver algo aqui, mamãe. Mas antes precisei vir vê-la. – Disse, tomando do café para ver se conseguia se distrair da dor. Não podia ser um sofá? Uma almofada? Porque o banco, além de ser alto, tinha que ser de madeira?

— Do que... – Interrompida.

— Mamãe! – Exclamou, descendo do banco, abafando um gemido. Melanie franziu o cenho – Vamos para a sala.

— Porque? – Perguntou, confusa.

— Senti saudade de casa. – Mentira, é porque tinha um sofá, e ele era baixo.


Melanie assentiu, e apanhou uma bandeja para pôr as coisas. Dakota passou na frente, indo para a sala. O sofá com certeza seria melhor.

— Maldito seja, Jamie. – Rosnou, consigo própria, e sentou devagar no sofá. Era desagradável, mas bem melhor que o banco.

Apenas mais uma de amor Where stories live. Discover now