The Daughter Of The Reverend - G!P 2ª Temporada

I

A segunda temporada está começando, haverá algumas coisas que só serão entendidas com o tempo.

Apreciem o capítulo.

Narrador Point Of View

O dia havia amanhecido chuvoso, frio, com uma grande ventania, as nuvens cinzentas e carregadas se faziam presente, como desde de o começo da semana, era uma quarta-feira sombria.

Os pingos grossos da chuva batiam contra a janela de vidro do quarto de Lauren trazendo à tona um barulho consideravelmente alto, e por um longo momento Lauren desejou ser uma daquelas gotas de chuva, desejou bater contra a janela ou contra o asfalto, desejou rolar pela enorme avenida, todavia o que ela mais desejou foi um dia ensolarado para que ela, como um pingo de chuva, evaporasse com a luz do sol. A americana almejava por um dia ensolarado, mas as coisas pareciam nunca estar ao lado dela. Nunca!

Sentia-se perdida e sozinha, estava totalmente sem rumo, não sabia como agir, o que pensar, Lauren não sabia como seria dali para frente.

Por um longo momento de sua vida, a morena de olhos verdes não conseguir distinguir o que era amor, nem afeto e nenhum sentimento bom, tudo o que Lauren sentia era ódio, dor, raiva, medo, insegurança e naquele momento todos esses sentimentos haviam retornado à ela e estavam a flor da pele. Lauren odiou a vida, sentiu a dor da perda, sentiu raiva das pessoas que se foram, sentiu raiva por eles a terem abandonado, ela sentiu medo de estar sozinha, sentiu insegurança por não ter mais ninguém para protegê-la do mundo.

O que seria dela?

O que seria dela sem sua Taytay? Sem sua querida irmã? O que sem Christopher? O que seria dela de Lauren sem o pai amoroso que Michael havia se tornado? O que seria dela até mesmo sem Clara?

A morena desejou com todas as forças que aquilo fosse apenas um pesadelo e que quando ela acordasse estivesse um dia ensolarado e sua família estivesse sentada à mesa para fazer a primeira refeição do dia, juntos, como sempre acontecera desde que Camila esteve naquele lar. Mas não havia ninguém, absolutamente ninguém! Apenas ela e a solidão.

Onde estava a pessoa que dizia estar sempre ao lado dela? Onde estava Camila?

Lauren sentia raiva de Camila, sentia raiva por ela não ter mandado uma carta sequer, uma mísera carta, ela sentiu raiva porque todas as suas amigas receberam cartas da latina menos ela.

Já faziam quase seis meses desde o momento em que Camila havia voltado para o México, seis meses desde que Camila havia abandonado Lauren.

Não havia amor ali! Lauren não amava Camila, ninguém em sã consciência deve amar quem lhe abandona e Camila a abandonou.

Lauren só sentia um vazio tão grande quanto o mundo, aquilo estava doendo tanto, seus ossos pareciam estar literalmente dilacerado, seu coração parecia ter sido tirado do peito e jogado no asfalto onde todos os carros passavam por cima e o fazia sangrar. Lauren estava se sentindo morta e para se sentir assim ela não precisava parar de respirar, no momento em que sua vida perdeu o sentido ela estava morta, estava morta e ninguém parecia perceber aquilo. Que engraçado, ninguém percebia porque naquele momento não havia ninguém a não ser ela mesma.

Faziam exatamente três dias desde que sua família havia sido enterrada, desde então os dias permaneciam tristes e escuros, as nuvens resolveram acompanhar o choro sôfrego e doloroso de Lauren.

No domingo pela manhã os Jauregui's haviam decidido ir à igreja, agradecer a Deus por tudo, Lauren não era mais adepta a ir à igreja, mas anunciou que faria seu agradecimento de casa, aonde quer que o grandioso Deus estivesse ele a ouviria agradecer por todas as mudanças em sua família e assim ela fez - talvez Deus não tivesse ouvido sua oração. Naquele mesmo domingo Michael chegou alegre à igreja e agradeceu por ter filhos tão bons, agradeceu por ter uma renda boa para manter seus filhos bons em condições boas e o mais importante, ele agradeceu por Deus tê-lo presenteado com Lauren. O dia estava perfeito, Taylor pediu a Deus que sua irmã fosse feliz - O cara lá de cima realmente não ouviu.