Capítulo 26

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Depois de alguns segundos olhando para o velhinho me dou conta de que fiz merda.

- Me desculpe Senhor eu achei que era algum advogado mandando pelo meu er... ex-namorado, entre, por favor. - Falo super sem graça.

- Tudo bem, confusões acontecem. - Ele fala com um sorriso no rosto e entra.

- Por favor se sente, o Senhor aceita um café ou um chá? - Pergunto educada.

- Aceito um chá, por favor. - Ele diz e peço licença.

Vou para a cozinha e rapidamente faço um chá de camomila para ele e pra mim, arrumo uma bandeja com as xícaras e alguns biscoitinhos e volto para a sala.

Coloco a bandeja na mesinha da sala e nos servimos então ele começa a falar.

- Esses biscoitos são ótimos. - O Sr. Letterman fala comendo seu terceiro biscoito, eu já estou no meu quinto ou sexto.

- Obrigada Senhor, eu mesma que fiz. - Aprendi a fazer esses biscoitinhos com Maria lá no Brasil e fiz uma receite tem dois dias.

- Vou começar a explicar tudo do início para que a Senhorita entenda o que aconteceu. - Ele fala e assinto pegando outro biscoito.

- Quando os seus pais morreram você era uma criança e quem ficou responsável pela sua herança foi o seu avô, mas ele sabia que estava doente e antes de morrer fez toda a documentação para proteger todos os seus bens, a empresa do seu pai ficou sendo administrada por um conselho e até hoje ela é administrada por um conselho. - Fico surpresa ao saber disso.

- Eu sempre achei que a empresa do meu pai tinha sido fechada e todos foram demitidos, eu realmente nunca pensei em herança. - Falo bebericando meu chá.

- O seu avô fez toda a documentação e a Senhorita poderia ter assumido o cargo de Presidente da empresa aos 21 anos, todo mês foi depositado uma quantia de dinheiro na conta da Sra. Elizabeth para ela pagar seus estudos e te manter com conforto. - Como?

- Como? O Senhor está me dizendo que aquela mulher recebia dinheiro para cuidar de mim e das minhas coisas? - Pergunto sem acreditar.

- Sim, aqui está a quantia, esse valor era ajustado todo ano e foi depositado na conta da Sra. Elizabeth até que a Senhorita completasse 21 anos. - Ele fala e pego o papel ficando chocada.

- Aquela desgraçada sempre jogou na minha cara que eu morava lá de favor! Eu estudei em escola pública e andava quase uma hora todos os dias para chegar a escola! Usava as roupas usadas das minhas primas e dormia em um quarto do tamanho de um banheiro, sem falar que sempre que precisa de uma coisa mínima como um caderno era humilhada, isso é inacreditável. - Falo indignada.

- A Senhorita está me dizendo que foi maltratada? - Ele pergunta parecendo preocupado.

- Sim Senhor! Sempre fui tratada pior que lixo por aquela mulher. - Falo me lembrando daquela desgraçada.

- Mas ela mandava comprovantes do pagamento da escola e dos cursos, eu não posso acreditar que era tudo falsificado, eu sinto muito, eu só confiei nos papéis e... - O Sr. Letterman fala e vejo que ele está encabulado.

- Aquela mulher é uma cobra Senhor, ela odiava minha mãe e deixou isso bem claro quando meu avô foi embora, eu tentei contatar o vovô por um tempo, mas como ele nunca me atendia imaginei que ele tinha falecido eu mesmo sendo uma criança sabia que ele não estava bem. - Digo me lembrando das inúmeras vezes que tentei contatar o vovô.

- Eu realmente te peço desculpas Senhorita, isso foi culpa minha eu deveria ter ido ao Brasil para me certificar de que ela estava fazendo tudo de forma correta, mas como eu recebia os comprovantes e ela dizia que você estava bem e feliz eu só acreditei eu sinto muito, mas vou pessoalmente processar essa mulher! Vou fazer ela pagar pelos 11 anos que usou o seu dinheiro, ainda hoje vou contatar um dos advogados da Senhorita e vamos montar um processo, ela vai devolver tudo com juros e ainda vou processar ela por falsificar documentos. - Ele diz e como assim meus advogados?

Theodore Meu Irritante ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora