Capítulo 30

730 50 14
                                    



A boate estava lotada. Acho que a palavra lotada não fazia justiça ao que estava acontecendo ali. Isso só me fazia lembrar porque não era muito fã de lugares como aquele. Eu até gostava de dançar, mas convenhamos, quando respeitavam meu espaço pessoal. E já que isso não era possível naquele lugar, parti para o meu plano inicial que era encher a cara. Pelo menos a bebida era boa e me deixava mais feliz.

Estávamos sentados em uma espécie de camarote da boate que ficava no segundo andar e nos dava ampla visão da pista de dança. Não eramos muitos, nossos amigos de sempre, alguns do trabalho de Christopher e outros da sua turma do golfe. A questão que me preocupava era que eu sabia que nosso grupo não estava completo e eu não queria dar o braço a torcer para perguntar se a pessoa que estava faltando viria. Pior, se viria sozinho ou acompanhado.

- O que tanto você bate esse pézinho impaciente no chão, Anahí? – Olhei para Christian que tinha Maite no colo e sorri por cima do meu copo de Martíni.

- Apenas sentindo a vibe dessa música incrível! – eu juro que tentei soar sincera, mas eu era melhor sendo irônica do que sincera, eu admito.

- Acho melhor deixar de ser amarga um pouquinho e tentar aproveitar a noite, sua rabugenta!

Dulce disse e logo em seguida fez questão de puxar meu cabelo com força, me fazendo gritar e tentar acertar, em vão, um tapa nela, que riu da minha falta de coordenação.

- Qual o seu problema, Annie? Esta sentindo falta de alguma coisa? – Christopher falou

- Ou de alguém? – E claro, Maite tinha que complementar. Eu revirei os olhos.

- Adoraria ficar aqui e responder a todos esses insultos, insinuações e perguntas, mas vou aproveitar e dar um pulinho no bar pra ver se vomito no balcão, vai ser mais agradável do que ficar aqui!

Todos eles riram e eu, resmungando, fui atrás de mais uma bebida, porque só assim pra aturar essa música estridente, esse lugar lotado e meus amigos adoravelmenteirritantes.

...

Estou estava de mau humor? Não nego. Mas, o que devo adicionar, é que depois de alguns drinks meu corpo já estava começando a se mexer com a música que tocava e as pessoas já estavam ficando mais bonitinhas. Depois de uns bons 20 minutos eu tinha conseguido um banquinho no bar e eu já sabia o nome do bartender e ele estava me dando preferência no atendimento, o que era ótimo.

Olhei para meus amigos na pista de dança e assim que eles me viram começaram a pular e acenar como loucos. Eu revirei os olhos, mas não consegui deixar de rir. Esse era o poder da bebida. Eu já estava até começando a me divertir, admito.

Eu estava distraída quando percebi que alguém falava comigo.

- Por que você não está dançando? Seu amigos parecem animados

- Hoje não é dia de dançar para mim. – eu ainda olhava para a pista de dança quando respondi a voz

- E hoje é dia de que para você?

Foi então que virei o meu rosto para ver quem puxava assunto comigo. Me deparei com um moreno não muito alto, cabelo cobre e olhos cor de mel. Maravilhoso? Nem tanto. Pegável? Completamente. E convenhamos, eu não estava fazendo nada...

- Hoje é dia de beber e esquecer os problemas! – eu abri um sorriso e ele gostou do que viu, pois vi isso em seus olhos.

- Já vi que iremos nos dar bem, já começamos concordando – ele se aproximou um pouco mais e então passou o dedo levemente pelo meu braço desnudo. Eu olhei o ato e então voltei minha atenção pra ele.

Até logo...Where stories live. Discover now