37 | Waiting for it to Happen

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Taemin estava surpreso demais para reagir.

— Saia da minha casa! – Jimin rugiu, enfurecido.

Taemin lhe deu as costas e bateu a porta com força ao sair.

Jimin respirou fundo para retomar a calma, sua mão doía horrores, foi até a cozinha em busca de gelo.

Jungkook apareceu em seguida, Jeonghan ainda choramingava em seu colo.

— O que foi isso? – perguntou, vendo Jimin retirar o gelo de uma das gavetas do refrigerador.

Nada. – Jimin acabou derrubando as coisas no chão e murmurou um "droga" para si mesmo.

— Deixa que eu faço. – Jeon ofereceu.

— Não. – Jimin relutou.

Jeongguk inclinou a cabeça para ele, Jeonghan passou os braços entorno do pescoço do pai, então Jimin não teve escolha senão sentar-se com o pequeno nos braços e deixar o ex preparar sua compressa com gelo.

— Não chore, amor. – dizia, enquanto afagava as costas da criança. — Está tudo bem, huh? Sinto muito que você tenha visto isso.

— Aqui. – Jeongguk lhe entregou o gelo.

— Obrigado.

O gelo bastou para aliviar um pouco da dor, porém ele ainda não conseguia mover seus dedos. Não era possível que ele tivesse realmente se machucado.

— Deixe-me ver isso. – Jeongguk pediu.

— Não, estou bem. – mentiu.

Jungkook retirou o saquinho de gelo de sua mão sem aviso prévio.

— Isso dói! – reclamou Jimin enquanto Jeongguk movimentava seus dedos cuidadosamente.

— Isso não parece nada bom, talvez seja melhor procurar um médico. – advertiu o moreno.

— Não, eu vou ficar bem. Eu preciso terminar o jantar. – Jungkook girou os olhos, Jimin continuava o mesmo cabeça dura de sempre.

— Hannie? Você quer brincar, amor? – perguntou ao filho. — Montar lego com Jeongguk?

Jeonghan balançou a cabeça, negando.

— Você não tem escolha. – Jeon disse. — Deixe que eu termino isso.

— Você não precisa fazer isso. – Jimin avisou. Não fazia sentido para Jimin que Jungkook ainda se importasse tanto com ele.

— Eu sei. – Jeongguk suspirou. — Mas vou fazer mesmo assim.

Jimin deixou a cozinha para que Jungkook pudesse trabalhar, ainda sem conseguir entender o porque dele ser tão gentil mesmo após todo o ocorrido. Bom, talvez ele não quisesse que o filho morresse de fome, fazia sentido.

O jantar estava ótimo, Jimin havia se esquecido de como Jungkook cozinhava bem. Park insistiu para que ao menos pudesse lavar a louça, já que Jeon havia cozinhado. Mesmo sentindo um pouco de dor, ele lavou toda a louça suja e a secou também.

Jeongguk, a pedido de Jimin, banhou Jeonghan e vestiu seus pijamas.

Jeonghan estava menos arredio, aceitando mais a aproximação de Jeongguk e suas intenções. Isso deixava Jimin mais aliviado. Quando o pequeno deu os primeiros sinal de que cairia no sono, após brincarem bastante, Jeongguk o carregou para a cama. Jimin aproveitou para pegar suas anotações e retomar a busca pela babá perfeita.

Já passava das nove da noite, então só ligaria na manhã seguinte e rezava para que alguma das opções se encaixasse em suas expectativas e exigências.

Ouviu Jungkook descendo as escadas, após por a criança para dormir. Jimin aproveitou para conversarem.

— Eu sinto muito pelo o que Taemin fez. – começou, pondo de lado suas anotações. — Eu não pensei que ele tivesse coragem... Eu achava que o conhecia.

— Tudo bem, é passado. Todos nós nos enganamos com as pessoas alguma vez na vida. – se Jungkook havia dito aquilo propositalente para atingi-lo, Jimin não sabia, mas havia obtido sucesso, intencionalmente ou não. — Vamos colocar uma pedra sobre o que passou. Esquecer tudo.

— Sim. – concordou. — Estou procurando uma babá... – continuou Jimin. — Só achei que precisasse saber.

— Por quê?

— Não posso depender dos hyungs para ficarem com o Hannie. – explicou. — Muito menos agora que Seokjin está esperando um bebê. Ele não tem certeza, mas... Oh, droga! – notou que havia falado mais do que deveria. — Namjoon não sabe, então não conte isso à ninguém.

— Não é como se eu fosse sair por aí falando, Jimin. – Jungkook o corrigiu. — Eu posso ficar com ele.

— Você não vai trabalhar? Jeonghan vai atrapalhar... Ele é criança, mexe nas coisas. – Jimin avisou.

— Não vou fazer nada pelas próximas semanas, não enquanto o escritório estiver em reformas. – explicou. — Eu quero passar mais tempo com ele. Também não gosto da ideia de deixá-lo com qualquer um. Sei que foi necessário, mas não é mais. Eu posso e quero ficar com ele.

Jeongguk havia procurado alguns apartamentos para alugar, já que o que Jeonghyun possuía havia sido vendido assim que ele viajou em sua missão para ajudar crianças carentes na África. O garoto amava sua profissão, e quando a oportunidade surgiu, não pensou duas vezes em largar tudo e seguir seu sonho. Como Jungkook estava em Harvard, era inútil manter um apartamento em Seul, então ele foi posto à venda. Junghyun já estava de volta a Coreia fazia alguns meses, porém decidiu ficar em Busan e aproveitar a companhia dos pais.

Conseguir um apartamento novo não havia sido difícil para Jeon, ele tinha ótimos contatos. Aproveitou também para conseguir uma sala comercial e instalar seu escritório, já que sua vida havia mudado drasticamente em menos de vinte e quatro horas.

Sua ideia de nunca mais pisar em Seul havia ido por água abaixo, mas ele estava feliz e nada mais cabível que ele retomasse sua vida ali, próximo ao filho.

— Certo, você fica com ele. – Jimin assentiu.

(...)

Nas duas semanas que seguiram, Jungkook havia ficado com Jeonghan. O primeiro dia havia sido o mais difícil. Jeonghan havia chorado bastante quando Jimin o deixou. Ele não quis brincar nem comer direito. Jungkook achou que não conseguiria, mas encontrou forças para continuar.

O segundo dia foi menos dramático. Jeonghan já não chorou tanto e havia aceitado brincar. E assim eles foram progredindo, dia após dia.

Jungkook havia percebido que Jeonghan detestava atenção exagerada. Manter certa distância enquanto ele assistia TV ou brincava, era uma tática que havia aprendido. Jeonghan vinha até ele pedir para participar das atividades quando queria, sem pressão ou qualquer coisa do tipo.

Era exatamente assim que Jeon desejava que sua relação se estabelecesse, com a maior naturalidade possível.

Jeonghan o chamava de "Jeonggukie", embora doesse mais que mil facas perfurando seu peito, Jungkook sabia que os avanços viriam gradativamente e que chegaria o esperado momento em que ouviria Jeonghan proferindo a palavra 'papai'.

Não importava quanto tempo levasse, Jungkook estava disposto a esperar por esse momento.

[↬]

quero acabar esse cu logo
faz 28632837 anos que eu tô postando isso

Three Words ↬ JikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora