Jungkook havia pego o endereço com Yoongi, agora estava ele, estacionado em frente a casa que correspondia com as anotações do professor.
Uma linda casinha de tijolinhos vermelhos, já havia estado aqui uma e outra vez, mas nem se lembrava mais de como chegar.
Suas mãos suavam frio, fechou os olhos por um minuto, encostando a cabeça no volante. Seria a primeira vez que eles se veriam em meses, seis meses para ser exato.
Seis meses.
Jimin estava de seis meses.
Ele deveria estar lindo, a barriguinha destacada, redondinha, acomodando e protegendo seu primogênito.
Respirou fundo pela última vez e desceu do veículo. O ar gélido e cortante bateu em seu rosto, seus olhos arderam, a vontade de chorar se intensificou. Caminhou pela fina calmada de neve acumulada na calçada até a porta da casa. Sem pensar duas vezes, bateu algumas vezes nela.
Havia a luz ligada na sala, ele pode notar o brilho escapando por baixo da porta. Jimin não poderia fugir dele, querendo ou não, a conversa não seria adiada.
— Jimin? Abre a porta, sou eu...
Jimin parou assim que ouviu aquela voz, era ele.
— Jiminnie? – repetiu o mais novo.
Não havia para onde fugir, havia? Ele podia não abrir a porta, mas Jeongguk já sabia a verdade, não havia o que esconder. Amaldiçoou Yoongi por ter contado e foi atender a porta.
Hora de encarar as consequências.
Jungkook já estava com ambas as mãos apoiadas no batente, sustentando o peso do corpo; olhava o carpete em frente a porta, onde lia-se 'bem vindo' numa letra cursiva bonitinha.
Ouviu alguns passos, a chave destrancar a porta e a maçaneta ser girada. Afastou dois passos e esperou.
Jimin abriu a porta lentamente, os olhinhos miúdos estampando medo. Mantinha seu corpo atrás da porta, como um cordeirinho assustado ao ver um lobo rondar o rebanho.
— Jeonggukie...
— Por que não me disse? – perguntou, a voz baixa, não querendo assustá-lo ainda mais.
Jimin levou a manga do casaco ao nariz e fungou.
Largou a porta ali aberta e foi para a cozinha. Jeongguk entrou e antes de segui-lo, fechou-a.
Ele estava mesmo lindo, assim como Jeon havia imaginado, a barriguinha redondinha moldando o moletom.
Tão lindo, tão precioso!
Ele deveria ter trago sua câmera para registrar aquele momento.
Park se sentou no banquinho, de costas para o moreno, incapaz de olhá-lo. Sentia-se tão mal e culpado.
— Jimin. – chamou ele, a voz saiu um pouco urgente, Jungkook não pretendia aquilo. O pequeno encolheu os olhos.
— N-não grita comigo, p-por favor. – as mãozinhas tamparam-lhe os ouvidos.
Ver aquela cena foi demais para Jeongguk, tão frágil e indefeso. Encurtou o espaço que ainda os separava e tomou o menor nos braços.
Jimin soluçou, passando os braços em torno de seu pescoço, enterrando o rosto ali. Após aquilo, só choro e eventualmente algumas fungadas pode ser ouvido na casa.
O mais alto não soube dizer quem chorou mais, talvez ele, mas de forma silenciosa. Quando o menor se acalmou, Jeongguk beijou sua bochecha, sentindo o gosto de sal, devido as lágrimas. Afastou-se para poder olhar em seu rosto. Se não fosse uma situação tão séria, Jeon diria que o menino estava adorável, bochechas coradas, nariz vermelho... Jimin era bonito de qualquer jeito diante dos olhos apaixonados dele.
YOU ARE READING
Three Words ↬ Jikook
Fanfiction[adaptação] O que acontece quando Jeon Jeongguk está prestes a viajar para a América, ingressando em uma das maiores e mais renomadas Universidades do mundo e seu parceiro Park Jimin engravida. Será que Jimin irá lhe contar a verdade ou esconderá a...