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Sabe aquela história da qual Poncho parecia ser bem adepto de passar o dia todo trancado no quarto, fazendo todos-sabem-bem-o-que? Bem, nós acabamos fazendo (quase) exatamente aquilo no dia seguinte.

O sábado ainda amanheceu chuvoso e atipicamente frio para aquela época do ano. Levantamos pouco antes do meio dia e, após eu me negar terminantemente a ficar mais tempo na cama - na cama dele -, descemos para o almoço. Almoçamos, conversamos, socializamos... e pouco tempo depois, ele conseguiu me arrastar de volta para o quarto. E, aí, vocês sabem, só voltamos a sair de lá na hora do jantar.

A hora constrangedora do jantar, porque, veja bem, todos sabiam o que nós devíamos estar fazendo no andar de cima. E quem não sabia, na certa ouviria rumores. Ninguém era bobo nem nada. Poncho, ao contrário de mim, agia com uma super naturalidade. Homens! Na certa devia estar feliz da vida por saber que todo mundo achava que ele estava honrando os genes másculos da família, transando loucamente com a mãe de seu primogênito. E eu, bem, eu tinha vontade de me esconder num buraco a cada olhar maliciosamente confabulante que recebia.

Não importa, eu consegui vencer mais aquela etapa, e agora estávamos novamente em seu quarto, eu encolhida sob as cobertas e ele recém saído do banho, exalando masculinidade e beleza enquanto procurava alguma roupa para vestir.

Alfonso: abra os olhos. Nem pense em dormir, ainda está cedo.

Com alguma esforço, ergui os cílios que nem sequer tinha percebido que havia cerrado. Ele estava parado em frente à cama, só com um short curto de seda e o peito à mostra.

Anahí: eu estou cansada, Poncho - murmurei, realmente exausta.

Engatinhando sobre mim, parou quando seu rosto alinhou-se ao meu. Suspirando, senti seu beijo em meus lábios, os olhos fechados.

Alfonso: mesmo?

Voltei a encará-lo.

Anahí: mesmo - sorri.

Alfonso: droga - resmungou e saiu de cima de mim, enfiando-se sob as cobertas, ao meu lado.

Anahí: ai caramba! Você está gelado.

Alfonso: você não quer me esquentar - comentou, naquele tom de cachorro abandonado que me fez rir. Dando-lhe as costas, puxei-o para mais perto. - Hmm.

Anahí: e só. Eu preciso dormir.

Ele resmungou alguma coisa em aceitação, mas suas mãos logo começaram a mover-se sobre os meus quadris. Eu respirei fundo, buscando paciência, e sua risada rouca soou bem próxima ao meu ouvido. Ele mordiscou minha orelha.

Anahí: Poncho.

Alfonso: quê?

Eu revirei os olhos, virando-me de frente para ele.

Anahí: você não vai me deixar dormir?

Alfonso: você não quer dormir.

Anahí: ah, eu não quero?

Alfonso: eu acho que não.

Disse, beijando meus olhos de leve.

Anahí: e o que mais você acha?

Alfonso: que você está muito cheirosa - fungou em meu pescoço, fazendo um arrepio percorrer minha espinha.

Anahí: hum.

Alfonso: e que está ficando excitada.

Anahí: ah, é? - soltei uma risada, meio falha. - E como você sabe disso?

O Pecado Mora Ao LadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora