Entrevista a FeistyChick

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A FeistyChick, é uma excelente rapariga e uma pessoa cinco estrelas, com quem tive a oportunidade de falar um pouco. A entrevista dela foi-me sugerida por uma leitora sua, a imsundae. Passem pelo seu perfil e vejam as suas histórias. Sem mais demoras aqui vos deixo a entrevista. 

1 - Como descobriste a plataforma Wattpad?

As minhas amigas tinham perfis falsos no Facebook, no conhecido "virtual", e eu era amiga delas e apanhava nos news feed o que elas liam ao pôr "gosto" nas fotos com capítulos pequenos de 'fanfiction'. Também comecei a ler lá e fiquei completamente obcecada pela tradução da "After" que estava no Facebook, só que a rapariga que traduzia demorava séculos a atualizar e no fim de todos os capítulos, colocava o perfil da autora de "After" no Wattpad. Decidi começar a ler "After" no Wattpad na versão original e fui me agarrando cada vez mais à plataforma.

2 - Onde arranjas inspiração para as tuas histórias?

Para ser sincera, arranjo inspiração em tudo. A olhar para imagens, a ouvir sons, a viver a minha normalmente, etc. Eu tenho uma mente muito complicada, e quando olho, na minha perspectiva, para algo, costumo julgar muito e criar visões na minha cabeça de coisas que não têm nada haver com o que estou a ver. Depois de captar tantas partes da minha imaginação acabo por fazer um livro.

3 - O que achas que te diferencia das restantes escritoras?

Acredito que todos os escritores são diferentes e todos eles têm particularidades que os distinguem dos outros todos, todos têm as suas. Eu sou uma escritora muito vulgar, mesmo. Escrever é algo que gosto de fazer mas também desejo receber mérito daquilo que mais faço com gosto, mas os meus livros são todos manipuladores — essa é a minha particularidade. Os meus livros descrevem a vida perfeita para mim, mesmo com os problemas comuns. Eu faço assuntos polémicos para algumas pessoas serem tão casuais, evidentes, óbvios que o leitor não dá por isso devido à minha clareza nas palavras que descrevem a minha perfeição que pode ser horrorosa para outra pessoa, de uma forma muito subtil e não questionadora. Quando escrevo um livro tento sempre manipular o leitor a pensar da mesma forma que eu através da vivência do/a protagonista.

4 - Como relacionas a tua vida com a escrita?

Relaciono a escrita profundamente com a minha vida. Os meus livros têm sempre acontecimentos que se passaram comigo mas foram editados, e todos expressam as minhas ideias de alguma maneira. Com alguma personagem, com alguma ocorrência. Tudo vem passar à minha lógica, à minha forma de ver o mundo, etc. Eu adoro filosofia, e tenho muitas ideias que contradizem o senso comum. Mas as minhas ideias são tão claras para mim e tão puras que acabo por, como já tinha referido, manipular os leitores a pensar como eu e nem dão pelo facto de um livro estar a influencia-los de alguma maneira, quer seja uma influência drástica ou subtil.

5 - Gostavas de fazer deste "hobbie" a tua vida?

Gostava imenso mas duvido que alguma vez escrever no Wattpad se torne uma prioridade na minha vida. Trabalhar, estudar, socializar são todas coisas que eu vou precisar para o meu futuro. Escrever aqui é o meu passatempo e o meu "segredinho" que é um paraíso total onde eu controlo tudo: basicamente o que leio e o que escrevo.

6 - De todas as histórias que já tens publicadas qual foi aquela que te deu mais "prazer" escrever e porque?

Provavelmente "The Gun Shot Theory". Isto acontece porque o livro para mim era tudo. Havia uma personagem que era o meu reflexo, e havia uma outra personagem que era completamente o meu oposto. Além disto, ao escrever o livro sempre quis combater com os cliché do Wattpad de "bad boy" e "good girl" mais a típica vadia que se intromete no romance deles porque tem inveja da protagonista e acha o protagonista atrativo. E o fim cliché onde eles se casam e têm uns quinze filhos + IVA. Quando terminei o livro foi um alívio para mim porque adoro terminar livros e aquele foi especial. Não o vejo como um fim, mas como o início de algo que vou fazer ainda melhor depois dessa experiência.

7 - Algum amigo/familiar teu sabe que escreves? Se sim, de que maneira é que eles te apoiam.

Tenho uns amigos que sabem que tenho Wattpad, mas os meus familiares não têm noção de como eu vivo no Wattpad e o meu contacto forte com a literatura básica daqui, muito menos da dimensão de leitores que eu tenho e seguidores. Qualquer que seja o livro que eu tenha, uma história comum ou uma coleção de dicas, eu digo sempre que "exijo" que critiquem os meus livros para eu melhorar, e é assim que os meus amigos me apoiam. É a dizerem-me o que gostaram, quais eram as expectativas, se está a tornar aborrecido, se algo foi irrelevante, se foi cliché, etc. Claro que como são meus amigos, sempre me dirão para continuar a escrever e permanecerão a incentivar ao mesmo.

8 - No futuro, pretendes continuar a publicar histórias no Wattpad?

"Futuro" é um pouco abstrato. Não sei se daqui a dez anos vou passar o meu tempo livre a fazer isto, mas até à faculdade pelo menos é aqui que pretendo ficar para me livrar das minhas perturbações e dar-me momentos de paz.

9 - Descreve-te numa palavra e explica-a.

Insaciável. Eu nunca estou satisfeita com nada na vida. Não sou ambiciosa, simplesmente tenho uma visão muito crítica de tudo na vida. Acho que algo pode sempre ser melhorado e o melhoramento de tudo é constante e eterno, nada está satisfatório para mim, existe sempre algo que pode ser diferente e eu vou dizer crua e diretamente o que está mal e quero corrigir, quer soe rude ou não. Sou muito honesta nas minhas palavras.

10 - Qual foi a razão que te levou a escolher esta música para a entrevista?

Eu sei que vou doar dramática, mas não é um pensamento aterrador contemplar a ideia de estarmos a viver numa ilusão? "Wake Me Up" é uma súplica para alguém nos acordar e eu tenho medo de ser ignorante e isto tudo que estou a viver ser uma ilusão, apesar de todos os seres humanos serem o mesmo. Eu simplesmente não quero ser muito ignorante porque não quero viver a fazer o que eu acho que está correto mas afinal está errado. Não quero ser inculta, quero que se estiver a ser ignorante, que alguém me consiga abrir os olhos e acordar da ilusão. Além disso, numa perspectiva mais musical, eu adoro simplesmente música House e Pop, o 'beat' da música capta-se facilmente.

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