Entrevista a Drunkada

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A Ana Cristina, também conhecida como Drunkada é uma das escritoras mais queridas e simpáticas com quem eu já falei aqui no Wattpad. Eu sempre quis conversar com ela, sempre tive o interesse e a curiosidade de o fazer e graças a este livro tive a oportunidade para tal. E digo que valeu a pena. Passem pelo seu perfil e vejam as suas histórias. Sem mais demoras aqui vos deixo a entrevista.

1 - Como descobriste a plataforma Wattpad?

Eu já escrevia antes de me inscrever aqui, por isso, andava sempre à procura de aplicações para conseguir, de uma forma mais fácil, escrever enquanto estivesse fora de casa. Até que um dia dei de "caras" com o Wattpad e, para minha total surpresa, este não era apenas o "bloco de notas" que eu procurava, mas era um local onde as pessoas podiam publicar os seus próprios trabalhos. Fiquei uns tempos como leitora e só passado alguns meses é que consegui arranjar coragem de publicar algo aqui.

2 - Onde arranjas inspiração para as tuas histórias?

Consigo ganhar inspiração em pequenas coisas (músicas, paisagens, imagens, etc) mas acho que o que mais me deixa inspirada para escrever são as pessoas. Eu adoro observá-las, ver como estas reagem a determinados assuntos e como lidam com algumas situações. Gosto de observar os seus movimentos, gestos, traços... Acredito que se torne um pouco assustador para as pessoas em questão e que me achem demasiado estranha, mas eu estou bem com isso (e vou ter histórias engraçadas para contar no futuro).

3 - Como reagiste quando te apercebeste de todo o sucesso que estavas a ter no Wattpad? Nomeadamente com a tua história "Athena"?

Foi tudo tão repentino que nem tive tempo para raciocinar sobre o que estava a acontecer. A "Athena" (a fanfiction) foi uma piada, algo para me divertir e para divertir os outros, para eu conseguir descontrair com tudo o que se passava à minha volta. Mas, de um momento para o outro, consegui com que esta atingisse tanta coisa: votos, leituras, comentários... Ainda é um pouco irreal para ser sincera, quando eu penso que os números enormes representam muitas cabecinhas humanas juntas eu fico mesmo espantada, lisonjeada e contente por saber que estas gostaram/gostam da minha escrita. Sinto-me mesmo muito contente por as minhas leitoras me seguirem desde aí e por muitas terem apoiado esta decisão de mudar a fiction para um original e tudo o resto.

4 - O que achas que te diferencia das restantes escritoras?

Na minha opinião todas as autoras são diferentes (não falando, claro, daquelas que se limitam a copiar as ideias dos outros). Todas escrevem de uma maneira que é só delas e que lhes pertence e as carateriza de alguma forma. Eu escrevo de uma maneira simples mas que, mesmo assim, é minha pois está enriquecida pelo meu toque na escrita. E, por isso, acho que as pessoas gostaram da minha maneira de escrever e da forma como eu uso as palavras.

5 - Como relacionas a tua vida com a escrita?

Bem, na verdade eu vivo em extremos. Ou eu consigo lidar bem com tudo ou então é um desastre completo. Já tentei impor prazos e datas para publicar mas isso nunca resulta comigo porque com a escola e a vida pessoal, a escrita tem de ficar em segundo plano (mas como eu gosto de escrever eu costumo confundir muito as prioridades, o que, por vezes, se torna um problema). Então, sempre que eu arranjo um pequeno tempo para escrever eu esforço-me ao máximo para publicar.

6 - Gostavas de fazer deste "hobbie" a tua vida?

Claro que eu tenho um pequeno sonho em publicar um livro (que acho que é normal em toda a gente que deposita dedicação e tempo no que escreve), no entanto, sei que em Portugal são poucos os autores que conseguem viver apenas com a escrita, então, penso que é sempre bom eu ter um plano principal mais seguro e continuar a escrever apenas por hobbie.

7 - De todas as histórias que já tens publicadas qual foi aquela que te deu mais "prazer" escrever e porque?

Eu gostei de escrever todas mas sem dúvida que a "Hesita" foi aquela que mais prazer me deu escrever. É a mais séria e aquela que foi um total desafio para mim tanto com os temas complexos e delicados, como com toda a "atmosfera" decadente que a envolvia. Acho que, conforme a história evoluía, eu evoluí também enquanto pessoa e autora, o que a torna muito especial para mim (para não falar que já recebi alguns testemunhos de pessoas a dizer que as ajudei o que faz valer a pena todo o esforço que dediquei naquela obra).

8 - Algum amigo/familiar teu sabe que escreves? Se sim, de que maneira é que eles te apoiam.

Nenhum familiar sabe que eu escrevo, mas alguns amigos meus sabem que eu o faço. Tanto os da "vida real" como os virtuais apoiam-me verdadeiramente aqui. Ouvem as minhas queixas, as minhas inseguranças e eu sei que quando eu precisar de ajuda para qualquer coisa, eles vão estar lá para mim. Eles são, sem sombra para dúvidas, fundamentais para eu conseguir manter-me aqui a escrever.

9 - No futuro, pretendes continuar a publicar histórias no Wattpad?

Bem, não tenho intenção de publicar mais alguma coisa no Wattpad. Talvez a minha opinião mude daqui a algum tempo e eu decida fazer mais obras mas, neste momento, eu não pretendo escrever coisas novas. Esta plataforma teve um papel demasiado importante na minha vida, conheci pessoas maravilhosas, fiz uma das coisas que mais gosto de fazer, as pessoas apoiaram-me... Foi maravilhoso, mas toda a gente sabe que nada dura para sempre e que por vezes temos apenas de "ir".

10 - Uma questão que eu tenho há muito tempo, e que acho que várias pessoas também a tem, qual é o teu nome verdadeiro?

O meu nome verdadeiro é Cristina mas ninguém, além da minha família, me chama por esse nome. Também tenho umas alcunhas embaraçosas mas quase toda a gente me chama por Scorpio!

11 - Descreve-te numa palavra e explica-a.

Isso é tão complicado mas acho que vou escolher impulsiva. Eu sou impulsiva em tudo: nos atos, palavras e pensamentos. Todas as minhas histórias nasceram por plena impulsividade, só porque eu queria naquele momento e pronto, se eu queria: foi. Já me arrependi de ter apagado, publicado, feito e dito coisas por aqui mas, apesar de eu ser demasiado inconstante nas minhas atitudes, as pessoas continuaram aqui para mim e não me abandonaram mesmo assim.

12 - Qual foi a razão que te levou a escolher esta música para a entrevista?

Eu escolhi a "These Four Words" dos The Maine porque essa música é, atualmente, aquela que mais me toca no coração. Eu adoro simplesmente as sensações que esta me fornece e tudo o que consigo retirar da letra; nem é preciso ter vivências ou relacionar a música a alguém para sentir que esta me está a marcar de uma forma permanente, e isso torna-a demasiado especial para mim.

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