Entrevista a Martafz

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A Marta, também conhecida como Martafz é uma amável pessoa. A entrevista dela foi-me sugerida por uma leitora dela, a Gold_Mack que é igualmente simpática. Passem pelo seu perfil e vejam as suas histórias. Sem mais demoras aqui vos deixo a entrevista.

1 - Como descobriste a plataforma Wattpad?

Descobri-a através da ruthfreckles. Ela partilhava links da fiction dela no Facebook imensas vezes e eu carreguei num por acaso. Na altura pensei apenas que era um site de fãs de One Direction (boyband que eu não reconheceria na rua, nem se os visse todos juntos) ou coisa do género. Demorei meses para decidir utilizar o Wattpad, eu nessa altura estava num hiatus muito prolongado em relação à escrita.

2 - Onde arranjas inspiração para as tuas histórias?

Na vida, acho. Normalmente tento encontrar sempre maneira de criar universos alternativos, coisas que não acontecem no dia a dia ou que não costumo ver em ficção por isso é difícil inspirar-me no que vejo e faço. Eu planifico muito muito muito e idealizo tudo no início, praticamente. Talvez sobrem conversas que as pessoas nem notam mas que depois se transformam em diálogos entre personagens minhas.

3 - Foi anunciado recentemente os vencedores de The Wattys. A "Uprising" ganhou na categoria de As Mais Populares, como te sentiste quando o anunciaram?

Senti que o Wattpad se tinha enganado e que não tinha lido bem o mail e era apenas os parabéns por ter participado e pronto. Nunca na vida pensei que ia ganhar um prémio aqui. Eu sinceramente nem pensava chegar às 100 leituras ou seguidores, quanto mais um prémio precisamente por popularidade! Fiquei muito grata, ainda assim.

4 - O que achas que te diferencia das restantes escritoras?

Eu acho que todos os escritores são diferentes, mesmo que acabam a escrever o mesmo. A pessoa que cria é diferente e trata as coisas com uma sensibilidade diferente. Eu gosto de tentar ser original. Não gosto de cópias ou ficção que possa levar a comparações. Também gosto de perder tempo a dar vida às personagens. Elas têm muitas camadas, muitas qualidades e o dobro em defeitos. Tento que soem a pessoas reais ou não faz sentido estar a narrar a vida delas. É uma vida, afinal.

5 - Como relacionas a tua vida com a escrita?

A minha vida e a escrita são água e azeite. Literalmente não se misturam de forma alguma e acho que nunca vai acontecer. Tento tirar algum tempo para a escrita, mas já não é tão fácil como era antes...

6 - Gostavas de fazer deste "hobbie" a tua vida?

Não. Ou melhor, não sejamos hipócritas... Se eu soubesse que conseguia fazer dinheiro suficiente apenas com a escrita então eu nem pensava duas vezes. Eu nem me importava de escrever romances iguais a outros mil e cuja fórmula é sempre a mesma e não há desafio (Anna Todd e E. L. James, se a inveja matasse...!). Se não for para tratar a escrita como trabalho a sério então não. Perco muito tempo a escrever se quiser criar algo que eu goste e não tenho essa disponibilidade quando quero, infelizmente.

7 - De todas as histórias que já tens publicadas qual foi aquela que te deu mais "prazer" escrever e porque?

Bem, eu neste momento só tenho a "Uprising" e alguns contos, mas recentemente despubliquei uma história chamada "Paranoia" (que voltará em Janeiro, acho) e essa sim foi o desafio e aquilo que mais gostei de escrever desde sempre. Eu sempre escrevi romances simples antes da "Paranoia" e quando os terminei cheguei à conclusão que queria mais e então criei um plot um bocado alucinado, um puzzle com letras para montar, em que nada do que parece é, com mil e um plot twists e cenas que até a mim me surpreenderam pelo rumo que levaram sozinhas. Ainda hoje é a minha história favorita, apesar de a "Uprising" ter sido a que mais reconhecimento teve até agora. Isso nem me importa.

8 - Algum amigo/familiar teu sabe que escreves? Se sim, de que maneira é que eles te apoiam.

Não, nem pensar. Há uma amiga que está/esteve metida nestas coisas da escrita desde que éramos adolescentes, mas nunca é tema de conversa nem faz parte de nada da minha vida pessoal. A éme escritora tem muito pouco espaço para se encaixar na personalidade da Marta, na verdade. 

9 - No futuro, pretendes continuar a publicar histórias no Wattpad?

Para além de reescrever a "Paranoia" e partilhá-la aqui... provavelmente não. Eu inscrevi-me no Wattpad exclusivamente para tentar terminar a "Uprising". Esse era o meu goal e estou quase lá. Depois não sei bem. Já escrevi quatro "livros" e nunca soube o que fazer depois de cada fim. Eu dizia sempre "adeus, é desta que nunca mais ouvem falar de mim". Talvez seja desta.

10 - Descreve-te numa palavra e explica-a.

Perfeccionista. Acho que é a característica que mais se nota no que escrevo e provavelmente em tudo o que faço e que os meus leitores não conhecem. Eu tento fazer sempre mais e melhor, tenha o triplo do trabalho ou não. Não vou por atalhos e quero tudo certinho e como idealizei. Isto não é uma qualidade, de todo, mas é muito eu.

11 - Qual foi a razão que te levou a escolher esta música para a entrevista?

Escolher a "Uprising" foi a opção óbvia. É precisamente devido à "Uprising" (história) que eu estou no Wattpad e neste momento a dar esta entrevista. Muse é uma das minhas bandas favoritas, é um facto, mas sem esta música a história que me fez inscrever no Wattpad provavelmente não existiria como existe. É a música.


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