57- Começa A Segunda Guerra

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RETORNA AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO

Em breve declaração na sexta-feira à noite, o ministro da Magia Cornélio Fudge confirmou que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado retornou ao pais e já começou a agir.

"É com grande pesar que confirmo que o bruxo que se autodenomina Lorde, bom, vocês sabem a quem me refiro, está vivo e mais uma vez entre nós", disse Fudge, parecendo cansado e nervoso ao se dirigir aos repórteres. "E quase com igual pesar que informamos a ocorrência de uma rebelião em massa dos Dementadores de Azkaban, que demonstraram sua insatisfação em continuar a servir ao Ministério. Acreditamos que os Dementadores estão presentemente recebendo ordens do Lorde... das quantas.

"Pedimos à população mágica que se mantenha vigilante. O Ministério está presentemente publicando guias de defesa doméstica e pessoal que serão distribuidos gratuitamente em todas as residências bruxas no próximo mês.
A declaração do ministro foi recebida com consternação e sobressalto pela comunidade bruxa, que ainda na quarta-feira recebia garantias do Ministério de que não havia
"fundamento algum nos persistentes boatos de que Você-Sabe-Quem estivesse mais uma vez agindo entre nós".

Os detalhes dos acontecimentos que provocaram essa reviravolta ministerial ainda são nebulosos, embora se acredite que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e um seleto grupo de seguidores (conhecidos como Comensais da Morte) conseguiram entrar no próprio Ministério da Magia na noite de quinta-feira...

Alvo Dumbledore, reconduzido ao cargo de diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e igualmente ao de membro da Confederação Internacional de Bruxos e de presidente da Suprema Corte dos Bruxos, ainda não fez declarações à imprensa. Durante o último ano ele insistiu que Você-Sabe-Quem não estava morto, como todos desejavam e acreditavam, mas andava novamente recrutando seguidores para outra tentativa de tomar o poder. Entrementes, "O-Menino-Que-Sobreviveu".

Helena largou o profeta diário sob a mesa da cozinha do Largo Grimmauld. A casa estava mais fria, vazia e solitária. Toda a Ordem estava em silêncio até Dumbledore entrar seguido por Alastor e Shecklebolt.

— Srta. Portman, Sr. Potter. — chamou Moody. Os dois ergueram as cabeças e se levantaram das cadeiras em silêncio e os acompanharam.

Os cinco se sentaram na elegante sala se estar. Harry olhou para o lado. Helena ainda vestia as roupas de dois dias antes, o cabelo estava mais escuro e opaco e sujo. Aparentemente não tomara banho, o que era esperado, pois a garota nos últimos dois dias ficara deitada e não se levantara nem para comer.

— Sirius fez seu testamento um tempo antes. Por herança, o Largo Grimmauld será passado para sua única filha, Helena Black. A fortuna dos Black's será dividida entre os dois. — disse Quim, lendo em um papel. — De acordo com as vontades de Sirius, tudo que pertenceu à ele e sua respectiva família deverá ser da Srta. Helena.

Os dois assentiram e a sala permaneceu em um silêncio profundo até Helena se levantar e caminhar sozinha para seu próprio quarto.

Helena estava deitada na cama olhando para o teto, uma lágrima escorria pela bochecha pálida, então Sirius saiu de sua mente quando houveram batidinhas na porta e Hermione adentrou o quarto.

— Oi, Mione. — ela disse, a voz rouca mostrara a ausência da fala nos últimos dias.

— Por favor, Lena... Se levante. — Hermione pediu se sentando ao lado dela. — Vamos... Tome um banho, coma, converse conosco!

Helena se forçou a se sentar na cama. Hermione sorriu e afagou os cabelos dela e a abraçou fortemente.

— Eu vou encher a banheira. — Hermione avisou, se levantando e sumindo de vista ao atravessar a porta do banheiro.

Helena tirou as meias, as calças, as blusas de frio e por fim as roupas íntimas. Hermione ajudou a amiga a entrar na água. A água quente entrou em contato com seu corpo como facas afiadas, seu corpo estava tão dolorido que ela não tinha percebido até focar nela e não em Sirius, que continuava a sumir de seus pensamentos. Hermione passou a esponja em suas costas enquanto assistia Helena começar a tremer e abraçar ao próprio corpo. As lágrimas escorriam dos olhos de Helena como uma cachoeira sem fim, ela não conseguia as conter. Seu coração apertado finalmente cedeu. Helena desabou nos braços de Hermione, que a acolheu como uma irmã.

Ela se secou e vestiu um pijama quente. As duas desceram para a sala de jantar. Molly a entregou uma cumbuca generosa de sopa e ficou em silêncio encarando a menina por bons minutos sem saber o que dizer.

Harry as vezes olhava de relance para ela. Os cabelos drasticamente limpos, uma aparência muito mais saudável, o cheiro agradável voltava a exalar dela e mesmo assim continuava claramente abalada.

Quando retornou à Hogwarts para recolher seus pertences, Helena sentiu tantos olhares na direção que sentiu vontade desesperada de sentar e chorar.

— Sentimos muito, Helena. — disse Angelina, seguida por Katie e Lilá. — Por seu pai.

— Obrigada, Lina. — Helena se forçou a sorrir. — Ele era inocente.

— O que?... Mas... Ele não matou todas aquelas pessoas? — perguntou Lilá.

— Não, Lilá, não matou. — Helena disse impaciente.

— Mas...

— Ele não matou ninguém. — Helena rosnou, fechando sua mala e deixando o quarto.

Helena e Harry se encontraram com Rony e Hermione na comunal e foram juntos para pegarem o trem. Foi um caminho quieto, exceto por Hermione ficando eufórica e socando o ombro de Rony quando Helena e Harry deram as mãos.

Helena dormia deitada no ombro de Harry enquanto ele, Rony e Hermione conversavam. O gato de Helena saltou do colo dela e se juntou a Bichento, um lambia a cabeça do outro e brincavam no chão do vagão.

— Te vejo em breve, Hazz. — disse Helena, beijando sua bochecha e partindo com Lupin.

— Tchau, Helena.

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⏰ Last updated: May 01 ⏰

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𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTERWhere stories live. Discover now