30- Um Terceiro Ano muito Conturbado

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- Uma história chocante... chocante... milagre que ninguém tenha morrido... nunca ouvi nada igual... pelo trovão, foi uma sorte você estar lá, Snape...

- Muito obrigado, ministro.

- Ordem de Merlim, Segunda Classe, eu diria. Primeira Classe, se eu puder convencê-los.

- Muito obrigado mesmo, ministro.

Helena pareceu ter acordado quando xingou Snape.

- Que corte feio você tem aí... obra do Black, suponho?

- Na realidade, foram Portman, Potter, Weasley e Granger, ministro...

- Não!

- Black havia enfeitiçado os garotos, vi imediatamente. Um feitiço Confundus, a julgar pelo comportamento deles. Pareciam acreditar que havia possibilidade de o homem ser inocente. Não foram responsáveis por seus atos. Por outro lado, a interferência deles talvez tivesse permitido a Black fugir... Os garotos obviamente pensaram que iam capturá-lo sozinhos. Já escaparam com muita estripulia até agora... Receio que isso os tenha feito se acharem superiores... e, naturalmente, Potter sempre
recebeu uma extraordinária indulgência do diretor.

— Confusos é uma porra. — murmurou Helena em sua cama. Eles pareciam não te-la ouvido.

- Ah, bom, Snape... Harry Potter, sabe... todos somos um pouco cegos quando se trata dele.

- Contudo... será que é bom para ele receber tanto tratamento especial? Por mim, procuro tratá-lo como qualquer outro aluno. E qualquer outro aluno seria suspenso, no mínimo, por colocar seus amigos em situação tão perigosa. Considere, ministro: contrariando todas as regras da escola... depois de todas as precauções que tomamos para sua proteção... fora dos limites da escola, à noite, em companhia de um lobisomem e de um assassino... e tenho razões para acreditar que ele andou visitando Hogsmeade ilegalmente, também.

- Bem, bem... veremos, Snape, veremos... O garoto sem dúvida foi tolo...

Helena se levantou da cama, olhando para Snape com cara de quem o mataria.

- O que mais me surpreende é o comportamento dos dementadores... você realmente não tem ideia do que os fez se retirar, Snape?

- Não, ministro... quando recuperei os sentidos eles estavam voltando aos seus postos na entrada...

- Extraordinário. E, no entanto, Black, Harry e as garotas...

- Todos inconscientes quando cheguei. Amarrei e amordacei Black, naturalmente, conjurei macas e os trouxe diretamente para o castelo.

Houve uma pausa. O cérebro de Harry parecia estar trabalhando um pouco mais rápido e, quando isso aconteceu, surgiu uma sensação desagradável na boca do seu estômago. O garoto abriu os olhos. Tudo estava levemente embaçado. Alguém tirara seus óculos. Ele estava deitado na escura ala hospitalar. Em um extremo da enfermaria, avistou Madame Pomfrey de costas para ele, curvada sobre um leito. Harry apertou os olhos. Os cabelos ruivos de Rony estavam visíveis por baixo do braço de Madame Pomfrey.
Harry virou a cabeça no travesseiro. Na cama à sua direita estava Hermione. O luar banhava a cama. Os olhos dela também estavam abertos. Parecia petrificada e, quando viu que Harry estava acordado, levou o dedo aos lábios e apontou para a porta da enfermaria. Estava entreaberta, e entravam por ela as vozes de Comélio Fudge e Snape, vindas do corredor.

Mas Harry acabou por ver Helena, vestida com a mesma roupa de antes avançar berrando.

CADÊ ELE? — ela berrou.

Ouviram um som bem alto mas não conseguiram ver o que era.

— Srta. Helena! Saia de cima do Prof. Snape! — gritou Madame Pomfrey.

𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTERWhere stories live. Discover now