8- O Segundo Ano

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Ele observava a menina de cabelos vermelhos correr até ele com os braços esticados e um sorriso no rosto. Helena estava maior, os cabelos batiam na cintura e estavam mais vermelhos que antes, seu rosto carimbado de sardas e os olhos brilhando. Em seu ombro um gato preto aproveitava o vento com a língua pra fora.

— Harry! — ela se jogou nos braços dele.

Harry sorriu e a abraçou pela cintura.

— Lena, que bom ver você! — exclamou Potter.

— É bom ver você também, Hazz.

Apesar de querer seguir seu caminho com o Potter, Helena precisou ir embora com professora Minerva, que era quem estava responsável por ela naquele dia. Minerva havia a buscado no orfanato, comprado seus materiais de deixado a menina na estação. Minerva nutria certo afeto pela menina, a qual era extremamente semelhante à mãe, que fora sua aluna favorita no passado. Era cruel para a professora uma criança tão doce ter passado por coisas tão tristes em toda a vida, este caso se dobrava para Harry e Helena.

Helena encontrou-se com Hermione no vagão e partiram para Hogwarts, desta vez sem Harry e Rony.

— Não os vejo desde o Beco Diagonal. — respondeu Hermione, olhando pela janela.

— Eu também não... Pode ser que estejam em outra cabine.

Helena apoiou a cabeça no punho e encostou a testa no vidro frio. Ela acabou cochilando, Hermione aproveitou aquele tempo para cochilar deitada ao ombro da amiga também. Helena sonhava com eles, os seus pais, eles sorriam para ela debruçados em uma grade de madeira, faziam cócegas nela e beijavam seu rosto. Seu pai, o rosto cheio de amor, a pegou em um braço e no outro abraçou sua mãe. Ela se via brincando com os cabelos da mãe enquanto ria feliz. Os olhos cinzas do pai transbordavam carinho e afeto, e a mãe sorria feliz. Era um quarto rosa-claro, com o teto pintado de preto e com pontos dourados semelhantes a estrelas no céu noturno. Ao lado do berço de madeira pintada de branco havia uma pintura bonita de nuvens e pássaros delicados. De repente um barulho alto a assustou e a cara de seus pais viraram buzinas de trem.

Helena acordou no susto com a buzina do trem avisando de que tinham chegado no castelo. Ela e Hermione juntaram suas mãos e entraram no meio da multidão para encontrarem Harry e Rony. Mas sequer sentiram seus cheiros.

Helena e Hermione caminharam juntas por todo o caminho até Hogwarts, os braços dados enquanto conversavam sobre as férias. Helena contava as novidades do orfanato: Seus colegas estavam sendo adotados, menos ela. Por isso, Hermione tentava convencer ela de passar um tempo em sua casa. Helena também estava preocupada ao excesso: O Orfanato seria demolido, e ela não tinha família ou lugar para ir.

Helena, mesmo sem encontrar Harry ou Rony, foi para seu dormitório sozinha, preocupada para onde iria no próximo ano.

— O correio deve chegar a qualquer momento, acho que vovó vai me mandar umas coisas que esqueci. — disse Neville no café da manhã.

Harry mal tinha começado a comer o mingau quando, a confirmar o comentário, ouviu-se um rumorejo de asas, no alto, e uma centena de corujas entrou, descrevendo círculos pelo salão e deixando cair cartas e pacotes entre os alunos que tagarelavam. Um grande embrulho disforme bateu na cabeça de Neville e, um segundo depois, alguma coisa grande e cinzenta caiu na jarra de Hermione, salpicando todo mundo com leite e penas. Salém, o gato de Helena, saiu das vestes da menina e pulou na mesa, abanando o rabo com a língua para fora.

𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTERDove le storie prendono vita. Scoprilo ora