34- As Maldições Imperdoáveis

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Eles correram para pegar quatro cadeiras bem diante da escrivaninha do professor, apanharam seus exemplares de As forças das trevas: um guia para sua proteção, e esperaram anormalmente quietos. Não tardaram a ouvir os passos sincopados de Moody que vinha pelo corredor e que, ao entrar na sala, parecia mais estranho e amedrontado que nunca. Seu pé de madeira em garra aparecia ligeiramente por baixo das vestes.

— Podem guardar isso. — rosnou ele, apoiando-se na escrivaninha para se sentar. — Os livros. Não vão precisar deles.

Os alunos tornaram a guardar os livros nas mochilas, Rony tinha um ar excitado. Moody apanhou a folha de chamada, sacudiu sua longa juba de cabelos grisalhos para afastá-los do rosto contorcido e marcado, e começou a chamar os nomes, seu olho normal percorrendo a lista e o olho mágico girando, fixando-se em cada aluno quando ele respondia.

— Certo, então. — concluiu ele, quando a última pessoa confirmara presença. — Tenho uma
carta do Prof. Lupin sobre esta turma. Parece que vocês receberam um bom embasamento para enfrentar criaturas das trevas, estudaram bichos-papões, barretes vermelhos, hinky punks, grindylows, kappas e lobisomens, correto?

Houve um murmúrio geral de concordância.

— Mas estão atrasados, muito atrasados, em maldições. — disse Moody. — Então, estou aqui para pôr vocês em dia com o que os bruxos podem fazer uns aos outros. Tenho um ano para lhes ensinar a lidar com as forças das...

— Quê, o senhor não vai ficar? — deixou escapar Rony.

O olho mágico de Moody girou para se fixar em Rony; o garoto ficou extremamente apreensivo, mas, passado um instante, o professor sorriu. O efeito foi entortar mais que nunca o seu rosto muito marcado, mas de qualquer forma foi um alívio saber que ele era capaz de um gesto amigável como sorrir.

— Você deve ser filho do Arthur Weasley? — disse Moody. — Seu pai me tirou de uma enrascada há alguns dias... é, vou ficar apenas este ano. Um favor especial a Dumbledore... um ano e depois volto ao sossego da minha aposentadoria.

Ele deu uma risada áspera e então juntou as palmas das mãos nodosas.

— Então... vamos direto ao assunto. Maldições. Elas têm variados graus de força e forma. Agora, segundo o Ministério da Magia, eu devo ensinar a vocês as contramaldições e parar por aí. Não devo lhes mostrar que cara têm as maldições ilegais até vocês chegarem ao sexto ano. Até lá, o Ministério acha que vocês não têm idade para lidar com elas. Mas o Prof. Dumbledore tem uma opinião mais favorável dos seus nervos e acha que vocês podem aprendê-las, e eu digo que quanto mais cedo souberem o que vão precisar enfrentar, melhor.

" Como vão se defender de uma coisa que nunca viram? Um bruxo que pretenda lançar uma maldição ilegal sobre vocês não vai avisar o que pretende. Não vai lançá-la de forma suave e educada bem na sua cara. Vocês precisam estar preparados. Precisam estar alertas e vigilantes. A senhorita deve guardar isso, Srta. Brown, enquanto eu estiver falando. "

Lilá levou um susto e corou. Estivera mostrando a Parvati o horóscopo que aprontara por baixo da carteira. Aparentemente o olho mágico de Moody podia ver através da madeira, tão bem quanto pela nuca.

— Então... algum de vocês sabe que maldições são mais severamente punidas pelas leis da magia?

Vários braços se ergueram hesitantes, inclusive os de Rony e Hermione. Moody apontou para Rony, embora seu olho mágico continuasse mirando Lilá.

— Hum. — disse Rony sem muita certeza. — Meu pai me falou de uma... chama Maldição Imperius ou coisa assim?

— Ah, sim. — disse Moody satisfeito. — Seu pai conheceria essa. Certa vez, deu ao Ministério muito trabalho, essa Maldição Imperius.

𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTERWhere stories live. Discover now