27- A Verdade 3

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— Vocês talvez estejam se perguntando como foi que eu soube que estavam aqui. — disse com os olhos brilhantes. — Acabei de passar por sua sala, Lupin. Você esqueceu de tomar sua poção hoje à noite, então resolvi lhe levar um cálice. E foi uma sorte... sorte para mim, quero dizer. Encontrei em cima de sua mesa um certo mapa. Bastou uma olhada para me dizer tudo que eu precisava saber. Vi você correr por essa passagem e desaparecer de vista.

- Severus... - começou Lupin, mas Snape atropelou-o.

- Eu disse ao diretor várias vezes que você estava ajudando o seu velho amigo Black a entrar no castelo, Lupin, e aqui tenho a prova. Nem mesmo eu poderia sonhar que você teria o topete de usar este lugar antigo como esconderijo...

- Severus, você está cometendo um engano. - disse Lupin com urgência na voz. - Você não sabe de tudo, posso explicar, Sirius não está aqui para matar Harry...

- Mais dois para Azkaban esta noite. - disse Snape, os olhos agora brilhando de fanatismo. - Vou ficar curioso para saber como é que Dumbledore vai encarar isso... Ele estava convencido de que você era inofensivo, sabe, Lupin... um lobisomem manso...

- Será que um ressentimento de criança é suficiente para mandar um homem inocente de volta a Azkaban? — exclamou Lupin com brandura. — Severus não seja tolo.

— Ele não pode evitar! Já virou hábito.

— Sirius cale a boca!

— Ah, cale a boca você Remus!

— Olhem só, brigando como um casal de velho! — exclamou Snape.

— Por que não vai embora brincar com seu kit de química, hein? — perguntou Black. — Eu e Remus temos um assunto inacabado para resolver.

Snape do nada mirou a varinha no pescoço de Black.

- É só me dar um motivo. - sussurrou o professor. - É só me dar um motivo, e juro que faço.

Black se imobilizou. Teria sido impossível dizer qual dos dois rostos revelava mais ódio. Harry continuou ali, paralisado, sem saber o que fazer ou em quem acreditar. Helena tirava a varinha do bolso e a apontou para Snape.

Olhou para Rony e Hermione. Seu amigo parecia tão confuso quanto ele e ainda tentava segurar um Perebas rebelde.

Hermione, porém, adiantou-se, hesitante, para Snape e disse, respirando com dificuldade: - Professor... não faria mal ouvirmos o que eles têm a dizer, f... faria?

- Senhorita Granger, a senhorita já vai enfrentar uma suspensão. - bufou Snape. - A senhorita, Portman, Potter e Weasley estão fora dos limites da escola em companhia de um criminoso sentenciado e de um lobisomem. Pelo menos uma vez na sua vida, cale a boca.

Sirius entreolhou para Helena e os três.

- Mas se... se houve um engano...

- FIQUE QUIETA, SUA BURRINHA! - berrou Snape, parecendo de repente muito perturbado. - NÃO FALE DO QUE NÃO ENTENDE! - Saíram algumas fagulhas da ponta de sua varinha, que continuava apontada para o rosto de Black. Hermione se calou.

- Você é que vai fazer papel de tolo outra vez, Severus. - rosnou Black. - Se esse garoto levar o rato dele até o castelo. - e indicou Rony com a cabeça... - Eu vou sem criar caso...

- Até o castelo? - retrucou Snape, com voz insinuante. - Acho que não precisamos ir tão longe. Basta eu chamar os dementadores quando sairmos do salgueiro. Eles vão ficar muito satisfeitos em vê-lo, Black... satisfeitos o suficiente para lhe dar um beijinho, eu me arriscaria a dizer...

A pouca cor que havia no rosto de Black desapareceu.

- Você... você tem que ouvir o que tenho a dizer. - disse ele, rouco. - O rato... olhe aquele rato...

𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTERWhere stories live. Discover now