PROLOGO

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Helena passava boa parte de seus dias no orfanato brincando com suas bonecas sozinha em seu dormitório, estava sempre sozinha. Ninguém nunca quis ser amigo de Helena, desde quando ela tinha apenas um ano e fora deixada naquele lugar. Ela gostava muito de pentear seus cabelos na frente do espelho do banheiro enquanto sussurrava músicas para si mesma.

So for once in my life...
Let me get what I want.
Lord knows, it would be the first time...

— Cale a boca, esquisita! — gritou uma garota saindo da cabine do banheiro.

Helena se desesperou quando outras quatro meninas entraram no banheiro, uma delas carregava uma tesoura. O que Helena mais amava em si mesma era seu longo cabelo ruivo. Seu cabelo era verdadeiramente invejável.

As cinco meninas arrancaram a escova de cabelos de Helena e a puxaram pelo cabelo até dentro de uma cabine, onde cortaram seus cabelos até que parassem nos ombros. Ela chorou encolhida em seu quarto até que uma freira batesse em sua porta.

— Melhore essa cara, menina. — pediu ela. — Tem um senhor querendo te conhecer.

Helena se sentou na frente do espelho e pegou sua escova de cabelos, enquanto se olhava pentear o cabelo ela sussurrava:

And you never knew...
How much I really liked you...
Cause I never even told you
Oh, but I meant to
Are you still there?...

Som de palmas vindo da porta a assustaram tanto que ela se encolheu no vão entre a cama e o espelho com a mão no peito. Helena o encarou bem, era um senhor mais velho e muito barbudo, e tão alto que chegava a ser assustador.

— Helena! — ele disse. — Posso entrar?

Ela assentiu com a cabeça. Helena havia completado onze anos, mas ainda era muito medrosa. O homem enorme se sentou na cama dela e sorriu para ela, um sorriso carinhoso, que a menina nunca tinha visto antes. Ela sorriu de volta, um sorriso amoroso, então se levantou e se sentou ao lado dele.

— Te conheci quando era só um bebêzinho. — ele disse.

Ela perdera o sorriso.

— Você é algum tipo de médico? — perguntou.

— Não. — ele respondeu. — Tenho algo para você.

Ele tirou um papel do bolso do casaco e entregou para ela. A menina leu a carta inteira em silêncio.

— Alco Bumdledore? — ela questionou. — Escola de bruxaria? Eu não posso ser uma bruxa... Eu sou a Helena. Só a Helena.

— Sou eu, Alvo Dumbledore. — ele respondeu. — Nunca fez coisas estranhas acontecerem, senhorita Portman?

Helena pareceu pensar.

— Não. — ela mentiu.

— Tem certeza?

— Não... Uma vez... Eu tenho certeza que fiz um cano de água estourar na Caroline Parker! — ela admitiu. — Ela cortou meus cabelos aquela vez!

Helena arregalou os olhos.

— E ela o fez de novo? — perguntou Dumbledore.

— Fez.

Alvo passou as mãos no cabelo de Helena, que já cresciam rápido outra vez.

— Acho que não será um problema. — ele disse. — Hogwarts não admite violência, senhorita Portman.

Helena viu uma nova oportunidade, um novo lar para ela. Helena naquele dia foi com aquele senhor até o Beco Diagonal, onde foi instruída a seguir outro senhor, dessa vez mais jovem, porém, mais gordo e mais barbudo, e um menino com uma cicatriz na testa para comprarem seus materiais.

𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTERWhere stories live. Discover now