13- A Câmara Secreta

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Helena não vira Hermione o dia todo, até Harry dar-lhe a notícia: Hermione fora petrificada. Helena ficara sozinha e muito deprimida, passava seus dias ou com Harry e Rony ou sentada ao lado de Hermione na enfermaria, até Harry a arrastar pelos cabelos para fora da ala médica.

— Helena! Lena! A Ginny foi levada para a Câmara Secreta! — exclamou Harry.

— A irmã do Rony? — perguntou Helena, o seguindo.

— Sim! Precisamos descobrir onde a Câmara fica e salvar ela! — dizia Harry depressa.

Foi provavelmente o pior dia da vida de Harry. Ele, Lena, Rony, Fred e George se sentaram juntos a um canto da sala comunal da Grifinória, incapazes de dizer qualquer coisa. Percy não estava presente. Fora despachar uma coruja para o Sr. e a Sra. Weasley, depois trancou-se no dormitório.

Nenhuma tarde jamais se arrastou tanto quanto essa, nem tampouco a Torre da Grifinória esteve tão cheia e, no entanto, tão silenciosa. Próximo ao pôr do sol, Fred e George foram se deitar, porque não conseguiam continuar sentados.

— Ela sabia alguma coisa, Harry. — disse Rony, falando pela primeira vez desde que entraram no armário da sala de professores. — É por isso que foi sequestrada. Não era uma bobagem sobre o Percy, nada disso. Descobriu alguma coisa sobre a Câmara Secreta. Deve ter sido por isso que foi... — Rony esfregou os olhos com força. — Quero dizer, ela era puro sangue. Não pode haver nenhum outro motivo.

Harry podia ver o sol se pondo, vermelho-sangue, na linha do horizonte, a cor tão semelhante aos cabelos vibrantes de Helena, ele não conseguia parar de olhar para ela. Helena estava de lado, sentada na poltrona, ele olhava seu perfil, o nariz tão empinado para cima, o queixo fino e pequeno, a testa também era muito grande, e seus cabelos... Ah, os cabelos, eram muito grandes e muito lisos, além de contrastarem com o pôr do sol. Se ao menos houvesse alguma coisa que pudessem fazer por Ginny. Qualquer coisa.

— Harry. — disse Rony. — Você acha que pode haver alguma chance de ela não estar... sabe...
Harry não soube o que dizer. Não conseguia ver como Ginny ainda pudesse estar viva.

— Sabe de uma coisa? — falou Rony. — Acho que devíamos ir ver Lockhart. Contar a ele o que sabemos. Ele vai tentar entrar na Câmara. Podemos contar onde achamos que é, e avisar que tem um basilisco lá dentro.

Helena concordou, Harry também. Os alunos da Grifinória na sala estavam tão infelizes e sentiam tanta pena dos Weasley, que ninguém tentou impedi-los quando se levantaram, atravessaram a sala e saíram pelo buraco do retrato.

Anoitecia quando desceram à sala de Lockhart. Parecia haver muita atividade lá dentro. Os garotos ouviram coisas sendo arrastadas, baques surdos e passos apressados. Harry bateu e fez-se um repentino silêncio na sala. Então abriu-se uma frestinha na porta e eles viram o olho de Lockhart espreitando.

— Ah... Sr. Potter... Sr. Weasley... Srta. Portman.
— disse, abrindo um pouco mais a porta. — Estou muito ocupado no momento, se puderem ser rápidos...

— Professor, temos umas informações para o senhor. — disse Harry. — Achamos que podem ajudá-lo.

— Hum... bem... não é tão... - A metade do rosto de Lockhart que podiam ver parecia muito constrangida. — Quero dizer... bem... muito bem...

Ele abriu a porta e os garotos entraram. Sua sala tinha sido quase completamente desmontada. Havia dois malões abertos no chão. Vestes verde-jade, lilás, azul-meia-noite, tinham sido apressadamente dobradas e guardadas em um deles; livros tinham sido enfiados de qualquer jeito no outro. As fotografias que cobriam as paredes agora estavam comprimidas em caixas sobre a escrivaninha.

𝑆𝑊𝐸𝐸𝑇 𝐿𝐼𝐿𝑌 • HARRY POTTERWhere stories live. Discover now