Eu te amo - XX

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O que Michele estava fazendo com ele? Desde quando eles se tornaram amigos assim? Perdi o foco da leitura e fiquei com a cabeça a mil. Sabe aquela pulga atrás da orelha? Então, na minha parecia ter 50 pulgas.

Ela entra em casa, toda sorridente e tenta disfarçar ao me ver na varanda. Impressão minha ou ela está tentando me esconder algo? Impossível, ela não sabia da minha relação com Matt. Mas, será que ela se apaixonou por ele?

- Onde estava?

- Fui ao shopping com minha amiga, por que? – ela não me falou nada sobre ele, então iria perguntar.

- Foi com sua amiga e voltou com o vizinho? – a olhei desconfiado.

- Sim, cometi algum crime? Vai começar a me interrogar? – ela sabia me irritar, mas não podia falar nada.

- Ah esquece, só perguntei por perguntar – peguei meu livro e comecei a ler, um sinal de que a conversa havia acabado ali.

O resto da noite, correu tranquilamente, jantamos, meus irmãos saíram novamente, pleno sábado à noite, acha mesmo que eles param em casa? Fiquei na sala com meus pais, assistindo televisão um pouco, depois fui para meu quarto ler.

Peguei meu celular, nenhuma mensagem ou ligação. Será que Matt estava muito chateado comigo? Pensei em ligar para ele, mas e meu orgulho, faço o que com ele? Entrei no Whatsapp e vi que ele estava online e não falava comigo, então deixei quieto, deixá-lo pensar um pouco sozinho. Assim acabei adormecendo.

***

- Érick levanta – minha mãe batia na porta do meu quarto.

- O que foi? Não é nem 10 horas ainda mãe – respondi meio irritado. Para mim, domingo antes do meio dia é madrugada ainda.

- Por isso que está na hora de levantar, abra a porta para mim.

Levantei forçado, coloquei um shorts e fui até a porta. Minha mãe estava com seu avental, todo molhado, estava preparando o almoço já pelo cheiro que invadia meu quarto. Mal sabia eu que era lasanha, minha comida predileta.

- Desça ajudar seu pai a arrumar a mesa do quintal, iremos receber visita para o almoço.

- Quem vai vir?

- Um casal de sócios do seu pai, ajude ele e depois suba se arrumar.

Fui para o banheiro, fiz minha higiene pessoal e desci para ajudar meu pai. Comecei a ajuda-lo. Meu irmão estava ajeitando a sala e Michele havia saído para minha mãe. Terminamos nossas tarefas e Henrique foi se arrumar, enquanto isso fiquei ajudando minha mãe na cozinha. Fui para o banho, tomei um banho demorado, estava com preguiça.

Comecei a procurar uma roupa para colocar, se fosse para um restaurante iria colocar um terno, mas não vou por um para almoçar em casa. No fim das contas, coloquei uma bermuda jeans branca, uma camiseta polo vermelha e um sapatênis. Desci e encontrei meu irmão de bermuda e polo também, então acertei na roupa.

Ficamos ali sentados, até que meus pais descem, minha mãe estava com um lindo vestido floral e uma sandália, meu pai estava de calça jeans e uma camisa de botão. Ele ama essas camisas. Bom já era 12:00 e nada de Michele aparecer, minha mãe olhava no relógio toda hora.

- Érick meu filho eu esqueci de comprar o vinho, vai no mercado comprar para mim? Pegue o carro do seu pai.

- Tudo bem – peguei as chaves e o dinheiro para o vinho e conferi meu celular antes de sair, nada de mensagem ou ligação, com certeza Matt estava com raiva de mim, joguei em cima da cama e sai.

***

Fui ao mercado, comprei o vinho e voltei para casa. Devo ter demorado no máximo 20 minutos. Cheguei em casa e estava tudo em silêncio, achei estranho. O mais estranho, foi quando eu fui entrar em casa e a porta estava trancada.

Pensei em dar a volta e entrar pelo portãozinho do lado. Assim que cheguei ao pequeno portão, que dava acesso a um corredor de grama que levava ao quintal me deparei com um corredor cheio de pétalas de rosas.

Fiquei nervoso, pois não sabia o que estava acontecendo. Quando estava chegando no quintal, começou a tocar uma música, quase não acreditei na hora que ouvi, estava tocando Thinking Out Loud, do Ed Sheeran, a mesma música que ouvi com Matt no primeiro dia, mas não, não podia ser. Meu coração começou a acelerar.

Não podia acreditar na cena que estava vendo, Matt parado no meio do quintal, com um bouquet de rosas vermelhas na mão e minha família e sua mãe na cozinha, vendo a cena. Ele estava lindo, com uma calça jeans clara e uma polo preta. Seus olhos brilhavam e então comecei a tremer. Ele se aproximou de mim, colocou sua mão em meu rosto e me beijou.

- Eu te amo Érick – disse ele.

- Eu te amo Mattheus.

Achei que nada pudesse me surpreender naquele momento, mas estava enganado. Matt começou se abaixar e se ajoelhou em minha frente, tirou do bolso uma caixinha aveludada vermelha e abriu, havia duas alianças pratas.

- Érick, você quer namorar comigo?

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Oi *--*

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Até a eternidade! (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora