Até a eternidade! (Romance Gay)

Decisão - XIX (Especial)

Capitulo narrado por Mattheus...

Sexta vi Érick chegando em casa com Rafael. Ele havia entrado em sua casa, logo depois saiu com uma mochila nas costas e entrou novamente no carro do Rafael. Fiquei me perguntando onde ele iria com aquele cara. No fim das contas, mal dormi.

Levantei cedo no sábado, fiz minha higiene pessoal e desci para a cozinha. Minha mãe estava lá, terminando de passar o café e se espantou em me ver acordado cedo em pleno sábado.

- Bom dia meu filho, caiu da cama? – disse minha mãe enquanto vinha me deixar um beijo na testa.

- Bom dia mãe, mal dormi essa noite – respondi ainda um pouco pregado de sono.

- Tem a ver com Guilherme e o vizinho? Qual o nome dele mesmo meu anjo? – disse minha mãe me abraçando

- Érick mãe. – assim que falei o nome dele minha mãe abriu um sorriso – O que foi mãe?

- Você está perdidamente apaixonado por ele meu filho – me respondeu com um largo sorriso

- Do que a senhora está falando dona Fernanda? – perguntei confuso

- Só de falar o nome dele, seus olhos brilharam de um jeito que não via a muito tempo. – corei na hora – E eu como mãe só quero sua felicidade e sua felicidade está ao lado dele. Resolva as coisas com Guilherme meu filho e siga seu coração.

- Obrigado mãe – fui até ela e dei um beijo em seu rosto – eu te amo.

- Eu amo você meu filho.- e me abraçou mais uma vez - Preciso ir ao mercado agora, tome seu café depois arrume a cozinha por favor.

- Pode deixar dona Fernanda – e fiquei em posição de soldado quando recebe uma ordem.

Terminei meu café, arrumei a cozinha como minha mãe havia pedido e fui para a calçada, queria ficar um pouco ali sentado, pensar no que estava acontecendo. De longe avisto Érick chegando, com a mochila nas costas, ele dormiu fora de casa. Fiquei com ciúmes só de pensar que ele dormiu no Rafael.

- Bom dia...Matt será que a gente pode conversar um pouco? – me perguntou um pouco nervoso e eu já sabia que vinha alguma coisa

- Senta ai – respondi, um pouco desanimado, já esperando o pior.

E que pior, foi tipo uma bomba para mim o que ele me disse. Como ele pode ter transado com aquele cara. Como ele pôde fazer isso, essa vingança comigo. Não estava acreditando no que ele estava me contanto.

Mas eu ainda sim confiava nele. Eu amava aquele cara. Eu sabia que ele estava mal com aquilo e estava sendo sincero comigo. Ele podia muito bem esconder isso e fingir que nada havia acontecido e isso me encantava nele, ele era sincero.

- Matt, por favor não foi isso, acredite em mim. Eu me arrependo do que fiz – disse ele, enquanto lágrimas brotavam em seu rosto – Foi uma coisas de duas pessoas bêbadas, não houve sentimento nenhum. Eu...- e ficou quieto.

- Você o que Érick? – disse olhando em seus olhos

- Eu te amo porra – e assim se levantou – desculpe e espero que me perdoe.

Gritei por seu nome, mas já era tarde. Queria falar a ele que também o amava e que lhe perdoava, mas ele não me deu tempo para isso. Então fiquei pensando e tomei uma decisão era hora de resolver minha vida e me entregar de corpo e alma a esse amor.

***

- Já vai - ouço ele gritar enquanto espero na porta de sua casa.

- Será que podemos conversar um pouco? – disse a ele assim que abriu a porta.

Rafael não conseguiu esconder a surpresa de me ver na porta de sua casa. Ele estava apenas de sunga e conseguia ouvir duas vozes femininas ao fundo, se divertindo na piscina. Sorri por dentro ao me lembrar que Érick disse que não estavam sozinhos e que as meninas ainda estavam lá.

- Claro entre, vou vestir uma bermuda, senta ai – foi até a piscina e pegou sua bermuda, vestiu-a e voltou a sala onde estava esperando por ele – imagino que sua conversa tenha um nome, Érick.

- Sim, é sobre ele que quero falar e sobre o que houve ontem – disse um pouco sério

- Olha não foi culpa dele, eu assumo total responsabilidade, eu o beijei – ouvir aquilo me machucava – Sei que temos nossos problemas, mas não houve nenhuma intenção de te machucar de ambas as partes. Aquele menino é louco por você, dá para perceber pelo jeito que fala teu nome e você sabe que eu sou louco por Guilherme.

- Tudo bem, eu acredito nele e por isso estou aqui – Rafael ficou um pouco confuso - Fui na casa do Guilherme, conversei com ele e disse que amo o Érick e que irei pedir ele em namoro, coloquei de uma vez por todas um ponto final nessa história. Se ama ele ainda, como diz amar, aproveite agora e conquiste ele novamente.

- Desejo de coração felicidades a você e a Érick, já o considero como um irmão – disse Rafael olhando em meus olhos.

- Ele te considera também, queria aproveitar e te pedir desculpas, não sabia o que sentia por Guilherme nem de seu passado com ele, quando começamos a namorar, não quis te machucar. Por Érick, e por meu amor a ele, estou disposto a esquecer tudo o que houve, pois não quero privá-lo de sua amizade. Claro que, não confiarei em você, não como antes, mas confio nele.

Era nítida a expressão de espanto no rosto de Rafael, mas ele assentiu e esticou a mão para mim que cumprimentei. Ele me acompanhou até a porta e quando estava saindo pedi para ele não contar nada para Érick, pois iria preparar uma surpresa para ele.

***

Estava andando no shopping da cidade, comprando algumas coisas para a surpresa que estava planejando até que vi alguém familiar. Uma moça alta, com cabelos castanhos longo e um óculos de sol, acompanhada com mais uma moça. Reconheci Michele, que ainda não sabia seu nome, uma vez que não tenhamos sido devidamente apresentados, mas já havia visto ela, e a semelhança deles era notável. Fui até ela, um pouco tímido e me apresentei. Afinal ela seria minha arma secreta.

- Oi, licença, você é a irmã de Érick não é? – disse um pouco sem jeito.

- Sim sou e você seria? – me respondeu um pouco surpresa.

- Sou Mattheus, seu vizinho, prazer.

- Huum então você é o Mattheus, prazer Michele e essa é a Angel minha amiga. – disse Michele com um sorrisinho malicioso

- Prazer – corei de vergonha – Então será que posso conversar com você um minutinho Michele, preciso de uma opinião e conselhos da minha cunhada.

- Com todo o prazer cunhadinho.