A verdade - XI

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Sabia que a noite iria ter que aguentar um Mattheus irritado. Eu e Rafael, fomos à uma lanchonete que ficava na mesma rua do escritório. Era um local bem gostoso, tranquilo, gostei muito dessa lanchonete, aliás, havia gostado de tudo naquela nova cidade.

Durante o "almoço", tentei me esquecer do que me esperava a noite, tentei relaxar e aproveitar meu horário. Eu e Rafa conversamos muito, ele me perguntou bastante sobre minha antiga cidade, sobre meus amigos. Rafa era de fato, uma pessoa legal, um bom amigo, mal o conhecia, mas sentia como se já o conhecesse.

- Então Érick, está gostando do serviço?

- Ah Rafa, estou gostando sim. Claro estou com algumas dificuldades né, até por que nunca trabalhei na área da faculdade, então está sendo uma experiência nova.

- Isso ai você tira de letra depois. Eu sei que como é, mas é apenas no começo, mesmo assim, precisou de qualquer coisa pode me chamar.

- Pode deixar, não vou te dar sossego haha

- É isso que eu quero mesmo – disse ele com aquele sorriso malicioso novamente, estaria me cantando mesmo?

- É...acho que está na hora de irmos não?

- Claro, vamos – respondeu tirando sarro de mim, acho que ele percebeu que sempre fujo.

****

De volta ao escritório, o tempo voou. Nem vi o tempo passar novamente, estava de novo com a cara enfiada no computador, quando olhei era 16:30 horas, e o escritório fecha as 17:00 horas. Alguém bate na porta e coloca a cabeça para dentro da sala.

- Érick, estou indo embora um pouco mais cedo, queria parabeniza-lo por seu dia de teste – entrou na minha sala e veio me cumprimentar -  Está é a chave da sua sala e da minha, para quando precisar pegar algo nela. Bom, até amanhã garoto.

- Obrigado Dr. Richard, até amanhã, bom descanso.

Nem acreditei naquilo, meu patrão vindo me parabenizar e ainda já entregando a chave de sua sala. Com o momento que acabará de acontecer, embora tenha sido simples, já havia ganhando meu dia, aquilo para mim foi um voto de confiança e não queria desapontá-lo.

Voltei para meu serviço, ainda faltava uns 20 minutos, daria tempo para terminar de preencher uma petição inicial. Olhei para o relógio do computador e vi que faltava 5 minutos para encerrar o dia e como já havia terminado meu serviço, desliguei meu computador, peguei minhas coisas e sai da sala. Estava fechando a sala, quando escuto uma voz familiar.

- Achei que precisava te chamar de novo – disse Rafael, parado no corredor atrás de mim.

- Agora não precisou haha.

- Bom, vamos então?

- Vamos.

Ele verificou todas as portas para ver se estavam trancadas, depois saímos.

- Até daqui a pouco na aula então Rafa.

- Ei, espera ai, quer uma carona? Sua casa fica no caminho da minha

- Como sabe onde moro? – Perguntei assustado

- Serio? – Perguntou ele com cara de confuso – Você me disse hoje no almoço, nossa já se esqueceu?

- Puts, verdade desculpe – olhei para a rua, para ver se Matt estava me esperando, afinal não combinamos nada, mas vejo seu carro estacionado do outro lado da rua e ele estava me encarando – não precisa Rafa, vou com o Mattheus, ele é meu vizinho.

- Ah – disse ele, com uma cara de chateado – tudo bem então. Melhor você ir, antes que ele desça do carro e venha aqui te arrastar para o carro. Até daqui a pouco Érick.

E assim ele entrou em seu carro e saiu.  Segui até o carro de Matt, abri a porta e me sentei no banco, ele estava com a cara fechada, mas mesmo assim me deu um beijo, que foi correspondido. Ele foi para ligar a o carro, mas segurei sua mão.

- Agora você vai me falar o que há ou houve entre você e Rafael.

- Não houve nada entre a gente, é só que não gosto de ver você com ele, sinto ciúmes, pronto falei – disse ele sem olhar no meu rosto.

- Matt, para não sou tonto. Eu soube que havia alguma coisa, quando toquei no nome dele segunda-feira na faculdade. Agora você me fale ou saio desse carro e vou embora – falei tentando manter firmeza na voz.

- Tudo bem. Eu e Rafael nos conhecemos no último ano do ensino médio, ele havia mudado de cidade e era o aluno novo da minha sala. Nos tornamos grandes amigos e nos apaixonamos, ou achávamos isso. Namoramos por 7 meses, basicamente até nossa formatura. Nosso namoro não estava dos melhores e para melhorar vi ele aos beijos com outra pessoa. Desde então não nos falamos. Quando comecei a namorar o Guilherme, não sabia de seu passado com Rafael e ele achou que eu quisesse ferir ele com nosso namoro, tipo eu pegar o ex-namorado dele, por quem ele ainda era apaixonado pelo jeito, apenas por "vingança". É isso, não tem mais nada entre a gente e não sinto nenhum tipo de sentimento por ele, o que passou já ficou na história e é verdade o que te disse àquela hora.

- Tudo bem então, devia ter me falado isso antes...pera aí, o que é que me disse que era verdade? – Perguntei sem entender o que ele queria dizer.

- Eu tenho ciúmes de você bobo – e com isso me deu mais um beijo


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Oii

gente desculpa por não postar direto, tá uma correria minha vida to nas últimas semanas de aula, tem TCC, tá tudo muito foda.

espero que estejam gostando e muito obrigado por acompanhar, por votar e pelos comentários.

beijos e abraços ;*

Até a eternidade! (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora