E agora? - XII

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Naquele dia cheguei em casa e para minha cheguei em casa depois do estágio e para minha sorte, a casa estava vazia e trancada, ou seja, fiquei do lado de fora. Não tinha mandado fazer uma cópia para mim ainda e como minha mãe está sempre em casa, não dei muita importância.

Só tinha uma coisa a ser feita e eu iria adorar fazê-la. Atravessei a rua e fui em direção a casa de Matt, toquei a campainha e ele apareceu na porta, apenas de calça jeans, sem camiseta, exibindo seu corpo definido, parecia um deus grego, com aquele corpo esculpido, seus cabelos loiros bagunçados. Fiquei ali, admirando ele até ele me tirar de meu devaneio.

- Já sentiu minha falta? – disse ele assim que me viu e abriu aquele sorriso acolhedor e lindo

- Para de ser convencido – respondi timidamente, pois ele havia percebido que estava olhando para seu corpo – será que poderia ficar aqui um pouco, até alguém chegar?

- Claro, mas só se você me dar um beijo bem gostoso – disse ele com um sorriso e um olhar pidão, daqueles de cachorro quando caiu do caminhão de mudança.

- Só um? Que pena – disse passando por ele

- Aaah vai se arrepender desse comentário – respondeu ele me agarrando assim que entrei em sua casa e fechando a porta com o pé e disse em meu ouvido – e assim você pode admirar meu corpo mais um tempo.

Corei na hora que ouvi isso e abaixei a cabeça envergonhado. Ele pegou minha mão e me puxou para acompanha-lo, subindo as escadas. Chegamos no segundo andar, onde dava para escutar uma musica vindo de um dos quarto, imaginei que era o dele e estava certo.

Seu quarto era muito bem organizado, havia uma cama de casal, um raque com uma TV na frente, do lado havia uma mesinha com um computador e ao lado uma estante cheia de livros, do outro lado o guarda roupa.

- Acho que já sei da onde será minha próxima leitura.

- HAhaha, isso é meu tesouro apenas empresto. Quanto tempo temos? – perguntou-me, me abraçando por trás e beijando meu pescoço.

- Não tenho a mínima, quando minha mãe chegar ela me liga.

Me virei para ele, ficando frente a frente com os rostos colados um no outro e nos beijamos, um beijo intenso, apaixonado e cheio de desejo. Fomos andando até sua cama, sem se desgrudar e deitamos nela ainda nos beijando. Ficamos ali, deitados em sua cama, namorando, eu deitado em seu peito conversando, nos beijando.

- O que me diz de hoje faltarmos da faculdade e irmos jantar?

- Não sei amor é minha primei...- parei de falar assim que caiu minha ficha sobre do que eu havia chamado ele e vi sua cara de surpresa.

- Do que me chamou? – perguntou ele com a cara de surpresa, mas com um sorriso se abrindo

- Desculpa, escapou – respondi corando de vergonha e me levantando de seu peito

- Não precisa se desculpar bobo, eu sou o seu amor e você é o meu amor – disse ele me beijando e me abraçando de novo.

- Tudo bem, vamos faltar hoje amor! – e o beijei pela cara fofa que ele fez.

Meu celular começa a tocar, procuro ele, mas não dá tempo para atender. Vi no visor que era minha mãe, olho pela janela e vejo que ela está abrindo a porta de casa. Dou mais um beijo em Matt e vou em direção a porta de seu quarto quando ele me chama.

- Amor, nossa reserva é as 19:30 – disse ele sorrindo

- Reserva, como assim?

- Sabia que não ia resistir ao meu charme, meu amor! – me respondeu rindo da minha cara

- Tá bom, mas baixe a bola ai que está muito convencido – mandei um beijo e desci as escadas.

Chego em casa, minha mãe já está na cozinha, começando a preparar a janta, meu pai e minha irmã ainda não voltaram e Henrique está sem quarto falando no celular. Vou até a cozinha cumprimentar minha mãe e responder seu interrogatório sobre o primeiro dia no escritório.

- O escritório é muito grande mãe, trabalhamos em 7 pessoas, todas muito bem educadas e simpáticas.

- Que bom meu filho, fico feliz por você. Meu filho será que posso te fazer uma pergunta?

- Claro mãe, o que foi? – digo meio que já sabendo o que viria.

-Você e o vizinho, Mattheus isso? Estão tendo alguma coisa ou apenas amizade?  - me pergunta com um sorrisinho no rosto.

- Não tem como esconder nada de você mesmo né dona Pâmela? – respondi brincando com ela – e sim, estamos nos conhecendo.

- Ficando? Assim que chama isso hoje né? Mas meu filho, está de parabéns, ele é lindo – e piscou para mim.

Graças a Deus, sempre tive uma relação aberta com meus pais, relação de amigos praticamente. Podia falar qualquer coisa para eles, uma conversa aberta. Quando me assumi para eles, minha mãe foi a que mais aceitou e me apoiou. Meu pai no começo não reagiu muito bem, mas com o tempo aceitou.

Subi as escadas, passei por meu irmão que estava na porta de seu quarto, o cumprimentei como sempre e adentrei ao meu quarto. Tirei meu terno, minha camisa e fiquei andando apenas de cueca boxer branca dentro dele. Procurei em meu guarda roupa, uma roupa bonita para jantar com Matt, queria estar lindo para ele.

Acabei escolhendo uma calça jeans resinada, aquelas que parecem de couro, uma camiseta polo pink, que ficava perfeita no corpo, por ser justa. Roupa escolhida fui para o banheiro tomar um bom banho quente.

Durante o banho foi inevitável pensar nele. Pensei no pedacinho da tarde que ficamos deitados em sua cama, daquele beijo cheio de desejo, meu corpo colado no dele, ambos sentindo a excitação um do outro. Pensei em como seria nossa primeira vez, eu estava desejando aquele corpo. Me vi excitado novamente, comecei a me tocar, imaginando ele, quando dei por mim, estava me masturbando, enquanto a água caia em minha pele, eu estava com movimentos lentos, olhos fechados e a cabeça do outro lado da rua, em uma pessoa que era o deus grego mais perfeito.

***

- Ual, que lindo! – disse ele assim que me viu na porta de sua casa.

- Me arrumei para você e você também está lindo!

E estava mesmo, com seus cabelos loiros "arrumado meio bagunçado", uma camiseta de gola v preta, colada no corpo e uma calça jeans branca. Ele era perfeito e eu sortudo.

- Vem cá me dá um beijo que estou morrendo de saudades da sua boca - nos beijamos na sala da casa dele, sua mãe estava em seu quarto.

Saímos de sua casa, entramos no carro e fomos para o restaurante que ficava no centro. O restaurante era um lugar lindo, daqueles restaurantes para casais mesmo, a maioria das mesas eram apenas para duas pessoas, havia outras maiores, mas para quem gostava de sair em casais, havia também um bar para esperar as mesas.

Sentamos em uma que ficava perto da janela, pedimos um vinho e pedimos nosso jantar. Ficamos conversando, até que em um momento ele pega em minha mão e de repente, escuto do lado de fora do restaurante:

- Seu "filho duma puta"!

Olhamos assustados para a janela e lá estava ele. Guilherme, o ex.

Até a eternidade! (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora