Apaixonado - VI

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Ficamos nos beijando, durante um bom tempo. Um beijo quente, louco, carinhoso e apaixonado. Não queria desgrudar nossos lábios e perceber que não passou de uma imaginação minha.

Para minha sorte não era, Matt começou a sorrir, grudamos nossas testas uma na outra e ficamos nos olhando, olhares fixos no outro, com sorrisos estampados no rosto. Ele sentia o mesmo que eu.

- Queria fazer isso no momento que te vi hoje cedo - confessou ele, ainda me olhando, como se enxergasse minha alma.]

- Confesso que eu também - respondi um pouco envergonhado. Nesse momento uma luz de casa é acessa, a da sala - Preciso ir, acredito que seja minha mãe aflita por não ter chegado ainda - e fiz uma cara de triste em pensar que teria que sair dali.

- Tudo bem - disse ele sorrindo - isso o que aconteceu não acaba hoje, fique bem avisado tá moço - e sorriu, um enorme sorriso, aquele pelo qual passei a pensar o dia todo.

- Quem disse que eu quero que acabe? - pisquei e dei mais um beijo nele e desejei boa noite.

Assim que entrei pela porta, tive a certeza, minha mãe estava acordada na sala, sentada no sofá me esperando.

- Onde esteve meu anjo, estava preocupada - disse ela me dando um beijo na testa.

- Desculpe mãe, mas fiquei com um pessoal na frente da faculdade conversando e nos conhecendo.

- Acredito que tenha conhecido um passarinho verde também né meu filho - disse ela sorrindo.

- Por que a você diz isso? - perguntei já corando, sentido uma quentura no rosto.

- Só você olhar para esse sorriso estampado no seu rosto, sorriso de quem está apaixonado - eu nem tinha percebido que estava sorrindo - Agora que chegou, vou dormir tranquila, boa noite meu amor - disse subindo a escada em direção ao seu quarto.

- Boa noite mãe, eu também já vou, só vou comer algo - e fui em direção a cozinha.

Abri a geladeira, tinha suco, um bolo, pão caseiro, mas a não peguei nada. Na verdade nem estava com fome, para ser mais sincero ainda, nem estava em casa, ou melhor estava em corpo, mas minha mente e meus pensamentos ainda estavam dentro do carro com Matt.

Um toque do meu celular, avisando que havia recebido mensagem despertou dos meus pensamentos, e meu coração disparou. Enquanto tirava meu celular do bolso, estava torcendo para que fosse mensagem dele. E era.

Vou dormir mais feliz essa noite. Boa noite meu lindo

Imediatamente respondi.

Posso dizer o mesmo, se conseguir dormir. Boa noite meu lindo

Automaticamente no meu rosto estava ele de novo, aquele sorriso bobo e involuntário e minha cabeça a mil no que ele acabará de falar:

"meu lindo"

"meu lindo"

"meu lindo"

Balancei a cabeça, para ver se dissipava esse pensamento, subi as escadas e entrei no meu quarto. Como essa casa era maior que a anterior, cada um tinha seu quarto. Entrei no meu, tranquei a porta, um habito meu, tirei minha roupa e cai na cama apenas de cueca boxer.

Quando percebi, estava pensando em Matt novamente e no seu beijo, querendo reviver a mesma cena de alguns minutos atras. Acabei adormecendo em meio aos meus pensamentos.

****

Amanheceu, olhei no meu relógio de pulso que estava ao lado da cama em cima do criado-mudo e vi que ainda era cedo, 6:00 horas da manha ainda. Como não tinha motivos para acordar cedo, fiquei na cama e iria dormir mais um pouco.

Meu celular tocou, havia recebido mais uma mensagem de texto, já sabendo de quem seria.

"Bom dia meu lindo, espero que tenha dormido bem"

Decidi não responder a mensagem, dei um pulo da cama, entrei no banheiro que não havia ninguém, entrei em baixo do chuveiro e passei uma água rápida no corpo apenas para despertar. Coloquei um shorts uma camiseta branca, escovei os dentes e sai de casa.

Sabia que ele morava apenas com sua mãe e a mesma saía mais cedo para o trabalho, então resolvei fazer uma surpresa para ele e ir na sua casa desejar um ótimo dia para ele pessoalmente.

Quando fiquei tão dependente de uma pessoa que mal conhecia?

Cheguei na porta de sua casa, apertei a campainha, ele demorou um pouco para atender, mas quando abriu a porta, vi que seus olhos brilharam e seu sorriso apareceu no rosto no mesmo instante.

- Bom dia meu lindo - disse para ele, assim que abriu a porta.

- Bom dia meu lindo - me respondeu ainda não acreditando - levantou cedo só para vir aqui?

- Claro, vim te desejar um bom dia - respondi corando já.

- E só isso? - disse me provocando - não veio me dar mais nada? .

- E o que você estava esperando? - disse já entrando em seu jogo.

- Alguma coisa desse tipo...- me responde, já me envolvendo em seus braços, me trazendo para perto dele e me beijou novamente.

Me convidou para tomar café com ele, mas fui obrigado a recusar, saí de casa sem ninguém estar acordado, se minha mãe acordasse e visse que não estava na cama surtaria. Desejei a ele um ótimo dia de trabalho, dei mais um beijo nele e fui para casa.

Entrei em casa, escutei que alguém estava no banheiro, por sorte a minha era minha mãe, pude subir para meu quarto sem fazer barulho e sem ela perceber. Ao chegar no meu quarto, encontro meu irmão no corredor e o mesmo fica me encarando com um sorriso que dizia "te peguei no pulo malandro".

- Shhhh - coloquei um dedo entre os lábios, sorri e entrei no no meu quarto.

Me joguei novamente na cama, fechei os olhos e a primeira coisa que me veio a cabeça foi aquele sorriso, depois eu beijando aqueles lábios, enquanto ele me abraçava. Me senti seguro naquele abraço.

É realmente, aquele menino mexeu comigo e agora estou aqui...apaixonado

Até a eternidade! (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora