NOITE ESTRELADA.

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Julia passou o dia inteiro em seu quarto, perdeu outras duas aulas que ainda tinha naquele mesmo dia

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Julia passou o dia inteiro em seu quarto, perdeu outras duas aulas que ainda tinha naquele mesmo dia. Não se sentia bem pra sair, e nem sentia fome.. a única coisa que queria era ficar sozinha e chorar muito, mais o suficiente pra não ter que chorar novamente pelas mesmas coisas. Sem perceber, ela viu através da janela que já era noite, então tomou seu banho e vestiu seu pijama e agora observava a vista da noite da janela do quarto. A brisa fria que batia em seu rosto era uma definição de paz, e decide descer pra andar um pouco

"não deveria está tão magoada com Mary, a culpa não foi dela e sim daquela assanhada da Raven. Mais porque não consigo ficar de bem com ela novamente? Porque aquela cena ainda me perturba ? Porque estou chorando como louca pelos os cantos ? oque será que está acontecendo comigo..."

Pensava Júlia enquanto andava em direção a uma horta de flores que tinham borboletas brilhantes, ela sorrir ao ver uma delas pousando em sua mão. E sentiu seu coração acalmar ainda mais, era isso que precisava pra melhorar

"Eu preciso falar com ela, mas.. oque é essa força que insiste me segurar e não me deixa ir até ela ? Mary é uma amiga tão diferente das antigas que tive, nunca me comportei dessa forma com nenhuma outra delas. A ponto de surtar e sair totalmente do controle como hoje, será que tô ficando louca?"

— não, não está —a voz de Mary faz ela levar um susto enorme, pois não esperava que estivesse ali por perto e que pudesse também ler mentes.— Olha eu só quero conversar —diz Mary se aproximando devagar.— não consigo ficar longe de você Júlia, por favor precisa me perdoar —chega mais perto e segura sobre seus ombros a olhando bem de perto.

— eu te falei que precisava ficar sozinha —julia diz se afastando e vira-se de costa pra Mary.— E também já disse que tá tudo bem, não tem porque me pedir perdão

Mary se aproxima novamente dando um abraço surpresa na garota, Julia não aguenta isso e começa chorar novamente, até parece que sua dor ficava mais intensa quando Mary a tocava

— não posso viver desse jeito, com você me evitando —diz Mary.— mas se não quer minha amizade, e não me quer por perto como antes, me diga agora —ela se afasta de Júlia.— Eu prometo que não voltarei a te incomodar nunca mais

— e eu achando que era dramática, mas você está me superando —diz Júlia e dá um sorriso triste e vira-se olhando Mary.— Olha, não tô agindo assim porque quero, não sei oque ta acontecendo comigo, mas não gostei quando Raven te tocou e também não suportei quando ia encostando a boca dela perto da sua. Saí fora de mim, mas não entendo essa minha ação pois nunca fui surtada assim —mary se aproxima mais e pega em seu rosto.— Que isso não se repita mais

— mesmo se ela me beijasse não seria a mesma coisa que sinto quando te beijo —elas se olham profundamente.— não gostei dela ter sentado ao meu lado, mas me mantive na minha

— é normal amigas agirem assim ? —julia pergunta com seus olhos fixados na boca de Mary.— tive muitas amigas na minha vida, mas nenhuma delas me fez agir desse jeito, não consigo me manter focada quando você está tão perto de mim, sinto uma necessidade de beijar seus lábios pra ficar em paz, de sentir suas mãos viajando em meu corpo pois isso é o meu céu de estrelas, de escutar sua respiração ficar pesada a cada minuto que estamos perto assim, dos seus olhos me cercando como se eu fosse uma presa e você minha predadora..

— você é bem detalhista, poucos dias juntas e já concluiu isso tudo em apenas nessas semanas ? —mary diz com um sorriso largo no rosto, ela não escondeu o quanto ficou bobinha.

— só queria entender oque é isso que sinto, é como se a gente fosse um ímã que não aguentamos ficar perto por tanto tempo —julia se aproxima mais de Mary e segura em seu rosto.

— também não entendo algumas ações quando estou do seu lado, acho que nunca tive tão perto do céu como estou nesses últimos dias. E por mais que eu diga que isso não é certo, que não quero, minhas palavras não valem nada quando olho esses seus olhos, quando vejo esse rosado dos seus lábios, quando toco em sua cintura que mais parece uma obra de arte, quando mexo em seu cabelo que é a coisa mais macia e cheirosa do mundo.. Que nem mesmo essas rosas aqui têm esse mesmo cheiro —mary puxa mais o rosto de Júlia.— não sei oque somos, oque que de fato sentimos, mas a única coisa que tenho total certeza é que quero te beijar nesse exato momento —julia sorrir ao ouvir isso.— Seja minha, assim como eu quero ser toda sua, Júlia Potter —essa é a última coisa que Mary conclui até ser puxada em seguida para um beijo

E até pareciam que haviam ficado a muito tempo sem se verem, porque a intensidade de cada movimento durante o beijo era avassalador, a fome e necessidade de sentir o gosto do beijo era uma tortura pra elas. Mary então deita Júlia sobre o gramado ainda com suas bocas coladas

Até que elas param, e se olham por um tempo e soltam um sorriso de felicidade dando um abraço forte.

— nossa, até parece que estávamos a um século sem se ver —diz Júlia ainda no abraço.— nunca mais quero sentir aquela dor de novo —mary sorrir e sai do abraço.

— não vai mais acontecer —mary diz sorrindo.

E elas agora estão deitadas olhando o céu estrelado, e quem via achava que era um casal composto por duas mulheres. Mas eram apenas "amigas" segundo Júlia, seus sorrisos ao verem os desenhos das constelações era único e puro. Nem parece que Júlia chorou a tarde inteira, seus olhinhos que antes estavam cansados e baixos por conta do choro agora estavam brilhantes e vivos outra vez.

— tá na hora de irmos, não é? Podem sentir nossa falta —diz Mary levantando.— Com os professores vigiando não podemos dar passos errados afim de descobrirem —ela pega na mão de Júlia ajudando a levantar.— Mas por mim ficaria pra sempre aqui

— aqui ou comigo? —julia brinca.

— com você elas sorriem em conjunto.

Elas então andam saindo dali até que Júlia vê umas borboletas brilhantes de um lado e outro, e isso faz ela parar e tentar pegar uma delas, mais sem sucesso. Mary sorriu da garota irritada por uma borboleta, era muito engraçado, até que com sua mão aberta em um passe de mágica, uma delas vem até Mary fazendo Júlia ficar bobinha

— é sua, pegue —diz Mary.

Júlia então conjura um feitiço e em sua mão parece um pote, e com cuidado coloca a borboleta dentro

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Júlia então conjura um feitiço e em sua mão parece um pote, e com cuidado coloca a borboleta dentro. A cada dia que passa ela fica mais confusa em relação ao que sentia por Mary..

𝕬 𝖋𝖎𝖑𝖍𝖆 𝖉𝖊 𝖇𝖊𝖑𝖑𝖆𝖙𝖗𝖎𝖝 𝖊 𝖁𝖔𝖑𝖉𝖊𝖒𝖔𝖗𝖙Where stories live. Discover now