Capítulo 39

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             • Capítulo 39




Kiraz terminava de fazer a matrícula dela e iria esperar por Seher do lado de fora do campus da faculdade. Seher estava saindo do escritório do reitor e estava feliz, por voltar a estudar, iria distrair sua cabeça e ter sua formação completa. 

— Finalizou a sua matrícula também? — perguntou Seher 

— Sim! 

— Ótimo! Vamos almoçar no restaurante de meu pai, ele e minha mãe devem estar lá — mencionou Seher a Kiraz que aceitou o convite. 

Seher dirigiu até o restaurante de Arif, que fica no centro de Istambul. Ao chegar no local, Seher pediu para Kiraz entrar e esperar por ela, que a jovem só iria estacionar o carro. Seu celular tocou e era Yaman, ele já havia mandado diversas mensagens pedindo desculpas, e que estava muito arrependido, mas ela ignorou todas elas e iria fazer o mesmo com a ligação. 

Seher foi até sua mãe, tomou bença e depois foi a seu pai, ela e Kiraz se sentaram à mesa enquanto esperavam seus pais para o almoço. 

— Você brigou com Yaman de novo, não foi ? — perguntou Kiraz

— Sim 

— Sabia, embora você esteja feliz pela faculdade, está triste por causa dele — falou ela. 

— Eu não sei mais o que fazer Kiraz, eu não consigo tirar ela da minha cabeça e nem do meu coração — a jovem arfou e pôs as duas mãos em seu rosto. 

— Você precisa pensar em algo Seher — falou— afinal ele vai ser pai, mas gosta de você e já deixou isso claro. 

— Eu não posso concordar com isso Kiraz — sua voz saiu trêmula. 

— Todo mundo tem uma coisa sem a qual não consegue viver — Falou ela sorrindo. — E a sua coisa é Yaman

Seher que havia abaixado a cabeça levantou para olhar a amiga e na hora que iria responder, seus pais chegaram com os pratos e se sentaram. O almoço correu bem, Kiraz e Seher ficaram quase a tarde inteira no restaurante ajudando os pais de Seher, já no final da tarde elas foram embora e ao deixar Kiraz em casa, ela ouviu o conselho da amiga.

"Você sabe o que fazer, não deixa sua felicidade escapar por tão pouco. E se este filho não for de Yaman? Não deixa ele sozinho Seher." 

Ela seguiu para a mansão, deu a desculpa de que iria ver Yusuf. 

Yaman estava na varanda, já havia bebido quase todos os Uísque de Cenger, que pediu para o filho parar de beber, ainda mais que estava de estômago vazio e iria passar mal. Cemile entrou na varanda e foi até ele. 

— Minha nossa Yaman, você está muito bêbado — falou a mulher enojada.

— O que você está fazendo aqui ? Não deveria estar lá dentro, entretanto não quero você aqui fora pegando esta friagem — ele foi rude com ela. 

Seher chegou à mansão e estava subindo, imaginou que ele estava no escritório, mas ouviu a voz dele vindo da varanda e foi até lá. 

 Ele não estava sozinho, Cemile estava usando um  vestido preto. O cabelo dela estava solto, caindo nos ombros. Seher teve a impressão de que a mulher olhou para ela por um instante e sorriu. 

No entanto, ela pode ter imaginado, ela sabia que o que aconteceu em seguida não tinha sido imaginação, quando a mulher se inclinou para Yaman e o beijou.

Ela não sabia ao certo o que achava que ia acontecer, parte dela esperava que Yaman afastasse a mulher. Ele não se afastou. Em vez disso, colocou os braços em volta dela e a puxou para perto, passando as mãos pelo cabelo brilhante. O estômago de Seher se revirou quando ele a puxou para perto. Ele segurou a mulher com firmeza, as bocas se movendo juntas, as mãos dela
deslizando pelos ombros e pelas costas dele.

Havia algo quase lindo na imagem, de um jeito terrível. Ela apunhalou Seher com a lembrança de como era beijar Yaman. E não havia hesitação nele, nenhuma relutância; nada o segurou, como se ele reservasse algum pedaço de
si para Seher. Ele se entregou totalmente ao beijo, e ao fazê-lo era tão lindo quanto era horrível a constatação de que ela realmente o tinha perdido.

Ela teve a impressão de ter sentido seu coração de fato partir, como uma louça frágil. O que ela poderia querer, Afinal foi ela quem terminou com ele. A jovem saiu da mansão atônita a tudo aquilo, ela entrou no carro e dirigiu o mais rápido o possível, tudo o queria era chegar em casa e se esconder do mundo. 

Na manhã seguinte, Yaman sentia sua cabeça doer, qualquer barulho muito alto ou vozes altas demais o deixa irritado. Berna entrou no escritório de Yaman sem fazer barulho, sabia como seu padrão era quando estava de ressaca. 

— Bom dia, Yaman bey — disse em voz baixa ao deixar o café na mesa. 

— Berna, aconteceu algo ontem depois que eu vim me deitar ? — perguntou ele. 

A jovem empregada pensou no que iria responder e por impulso e a imagem de ver Seher sair quase que correndo da mansão a apavorou e ela falando. 

— Sim, senhor — falou ela com medo em sua voz — A senhorita Seher veio aqui ontem no início da noite, e saiu correndo e chorando sem falar com ninguém. 

Yaman se levantou em um pulo assustado, agradeceu e começou a ligar para ela, mas ela não atendia e por fim decidiu ir até a casa dela.



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