Capítulo 37

479 70 3
                                    

            Capítulo 37


Após Seher e Kiraz deixarem o cemitério, elas entraram no carro e foram até um restaurante para conversarem. Durante o caminho as jovens conversaram brevemente sobre a morte de Kevser e sobre o tio de Yusuf, mas Seher não entrou em detalhes, isso era algo que ela deixaria mais para frente. 

Elas chegaram no restaurante, fizeram seus pedidos, e esperaram. 

— O comissário me disse que ele estava sendo procurado por vários países — lembrou Kiraz enquanto elas começavam a falar sobre Selim. 

— Eu jamais imaginei o tipo de pessoa que ele era, o conheci na França durante o curso de culinária — falou sua voz soou triste. 

— Esse tempo que fiquei na Alemanha, estava me sentindo horrível por não poder falar para você e contar a verdade — murmurou ela — Foi horrível saber que você quase morreu e não pude fazer nada para ajudar. 

Kiraz abaixou sua cabeça e as lágrimas rolaram por seu rosto, Seher chamou pela amiga e disse que estava tudo bem, que este assunto estava no passado e agora elas tinham que pensar no futuro. 

— Então, me diz o que fez na Alemanha? — perguntou ela enquanto o garçom retornou com os pedidos. 

— Retomei meus estudos, comecei a faculdade de gastronomia e estava trabalhando em um restaurante. — falou sorrindo— juntei uma boa continha em uma conta no banco, iria abrir um pequeno negócio e aí descobri o que aconteceu com você. 

— Bem, eu finalizei a faculdade de gastronomia, agora preciso terminar a de direito que falta 3 anos — dizia Seher rindo — Fico feliz em saber que voltou a estudar e que estava pensando em abrir o seu próprio negócio. 

— Você vai terminar o seu curso de direito, né ? — quis saber 

— Sim, assim que eu encontrar uma universidade adequada — falou enquanto tomava seu chá — Retomarei  meus estudos. 

— Yusuf? — perguntou Kiraz. 

— Mora com Yaman, você precisa conhecer ele Kiraz 

As jovens passaram meia hora no restaurante, conversando sobre as coisas. Seher deixou Kiraz na casa de Ali e prometeu que iria levar Yusuf até lá para ela conhecer o sobrinho. 

Yaman pegou seu celular e mandou mensagem para Seher, ele queria muito poder conversar com a jovem, queria se explicar com ela e sabia que ela estava com raiva dele, principalmente depois do último ocorrido. 

Por algum motivo que ele não soube explicar Seher, respondeu sua mensagem e avisou que estava indo até a mansão para ver Yusuf e que aproveitaria para conversar com ele. 

Passado meia hora depois de sair da casa de Ali, Seher chegou à mansão e viu Yaman esperando por ela na varanda, ela saiu do carro e avançou na direção dele. 

— O que você tem pra me dizer ? — quis saber ela. 

— Quero que saiba que quando conheci Cemile, eu ainda não tinha me apaixonado por você — começou— foi durante a minha viagem a Los Angeles, só ficamos juntos uma noite. 

— Uma noite foi o suficiente para você engravidar uma prostituta — falou Seher de forma rude 

Yaman encolheu os ombros e caminhou em sua direção, parando a sua frente. 

— Quem lhe contou isso ? — perguntou. 

— Não importa, o que importa é que você é um mentiroso, tenho certeza que não ficou com ela uma única noite, sua amiguinha me ligou e contou tudo, disse que vocês namoravam e você terminou com ela porque não queria assumir ela. 

— Seher isto não é verdade, irei mandar fazer um exame de DNA para provar que essa criança não é minha — esbravejou ele desesperado para que ela o entendesse. 

— Não quero saber o que você vai fazer Yaman, só não quero que meu sobrinho seja criado por aquela mulher — rebateu ela de volta sua voz soou ainda mais rude e firme. 

Ele se aproximou ainda mais dela e desta vez tocou em seus cabelos, Seher fechou seus olhos com a surpresa do toque de Yaman, ela queria se afastar mas seu corpo não deixou. Ele continuou a acariciar seus cabelos enquanto ela permanecia com seus olhos fechados. 

— Seher  — falou, com os
braços em volta
dela,puxando-a para perto.
E então ele a estava beijando, eles estavam se beijando.
 Ele a puxou para
perto,encaixou o corpo dela no dele, curvas e entradas, músculos e suavidade.

Sua boca estava aberta sobre a dela, a língua passando suavemente pelos lábios. De Repente o trovão explodiu em volta deles, um raio caiu contra as montanhas,
inflamando uma trilha de calor seco no interior das pálpebras de Seher.

Ela abriu a boca sob a dele, se encostou ainda mais contra o seu corpo,
envolvendo os braços no pescoço de Yaman. Ele tinha um gosto refrescante, gosto de menta. 

Ele passou as mãos pelas laterais do corpo dela, pelos quadris. Puxou-a mais firme contra si ao mesmo tempo que emitia um ruído baixo na
garganta, uma espécie de som angustiado de desejo.
Pareceu uma eternidade. Pareceu não durar nada. 

As mãos dele contornaram as omoplatas dela, a curva do seu corpo sob as costelas, os
polegares arqueando sobre os quadris. Ele a levantou contra si, como se eles
coubessem nos espaços vazios um do outro, enquanto palavras jorravam da
boca dele:
frenético,apressado.

— Seher... eu preciso de você, sempre, sempre penso em você. 

Um raio caiu outra vez, iluminando o mundo. Seher então viu suas mãos
na barra da camisa de Yaman... que diabos ela estava pensando, estava
planejando que ela e Yaman se despissem na varanda da frente da mansão? A realidade bateu,ela se afastou, o coração acelerado no peito.

— Seher? — Ele a encarou, espantado, seus olhos sonolentos, quentes e
desejosos. Fez com que ela engolisse em seco. 

Mas as palavras dele ecoavam em sua mente. ele a quis, e foi como se ela tivesse ouvido Yaman chamar, ela
tinha sentido, sabido, e não conseguiu se conter.

Todas aquelas semanas insistindo para si mesma que ele não existia mais, que não faria mais parte de sua vida. 

— Cemile — disse ela, e foi só uma palavra, mas era a palavra, o lembrete
mais brutal da situação deles. O olhar sonolento deixou o rosto dele. 

Seher se afastou de Yaman, sua vontade foi de correr para seu carro e voltar para casa, mas Yusuf apareceu bem na hora. 

— Tia? — chamou o menino surpreso. 

— Sim, meu cordeiro — respondeu ela Indo até o menino. 

— Você veio me visitar? — perguntou. 

— Vim buscar você para fazermos um passeio, o que acha? — sugeriu ela e o menino aceitou. 

Seher esperou Yusuf volta, ajeitou o menino no banco de trás e saiu com ele, precisava conversar com Kiraz e iria aproveitar para apresentar os dois.

kaderin tuzaklarıWhere stories live. Discover now