Capítulo 4

1.4K 128 8
                                    



Yaman estava em seu escritório de casa, já que não pretendia trabalhar na empresa hoje assim ele poderia dedicar um tempo a mais a Yusuf.  Seu sobrinho acordou animado naquela manhã e ainda perguntava pela tia, o que deixou o homem um tanto irritado. 

— Yaman bey, seu café — disse Halide ao entrar no escritório. 
—Obrigado, Halide — respondeu ele. 

A mulher deixou a xícara em cima da mesa e logo em seguida se retirou, Yaman pegou o celular e mandou uma mensagem de texto para Nedim. 

"Nedim, não irei à empresa hoje, ficarei em casa para cuidar de Yusuf, e observar essa tia dele de perto." 


Seher estava terminando de se vestir quando seu pai bateu na porta do quarto. 

— Entre — ela disse. 
— Bom dia minha garota, já está indo para casa se Cenger? — Perguntou o  senhor. 
— Sim, prometi a Yusuf que iria chegar cedo para levar ele ao parquinho — respondeu ela com um sorriso. 
— Fico feliz que vocês possam se divertir juntos — disse ele. 
— Sim papai, queria que ele pudesse vir morar conosco, mas aquele tio rude dele, não deixou.
— Yaman tem todos os cuidados do mundo com Yusuf, desde que Yalcin morreu, ele cuida do sobrinho como se fosse seu filho — afirmou Arif sorrindo. 
— Que seja papai, mas também tenho meus direitos de tia, e se ele não me deixar trazer Yusuf para morar aqui, irei procurar os meios legais para isso — declara a jovem cruzando os braços. 


Zuhal, tentou dar o café da manhã de Yusuf que recusou várias vezes, Yaman observou que o menino não se sentia confortável na presença da mulher e pediu para que Berna levasse ele para o quarto. Seher havia acabado de chegar na mansão quando viu Berna subindo com o menino. 

— Yusuf, querido! — chamou ela. 
— Tia?!
— Como você está?

Berna informou a ela que o menino não tinha tomando café, que a irmã da senhora Ikbal havia tentado fazer ele comer, mas Yusuf não quis, Seher que também não gostou muito da moça, sugeriu que eles fizessem um piquenique no jardim de trás da mansão e o menino ficou muito feliz. 

Halide ajudou a jovem arrumar tudo para o piquenique no jardim, Yusuf estava muito feliz, corria de um lado a outro com um sorriso no rosto, com satisfação a jovem brincava com o menino correndo de um lado a outro. 


Nedim chegou à mansão para entregar alguns documentos a Yaman, e observou que o amigo estava perdido em pensamentos olhando para o jardim. 

— Yaman? chamou Nedim. 
— Diga, Nedim — disse ele sem tirar os olhos do jardim. 
— Trouxe os documentos que me pediu — disse ele. 

Yaman se virou para o amigo e caminhou em direção a mesa, se sentou na cadeira atrás dela e começou a analisar os documentos junto a Nedim. Algumas horas se passaram e alguém bateu na porta. Ele olha para seu amigo que o olha de volta com alguns suspiros para controlar sua paciência Yaman dar o comando para quem quer que seja do outro lado da porta.

— Entre! 
 Seher abre a porta lentamente.
— Desculpe se incomodo, mas posso falar como você por um instante?

Yaman faz um sinal para que ela entre e assim que ela atravessar a porta Nedim, percebe que a conversa parece algo particular,  ele levanta-se da cadeira e pede licença aos dois se retirando do escritório. 

Com um gesto impaciente, Yaman resolve ir direto ao ponto.
— Diga — disse ele parando para olhar pra ela. 
— Quero sua permissão para que Yusuf possa ir ao parque comigo — pediu a jovem.
— Não! 
— Como é? 
Seher não queria acreditar no absurdo que acabara de escutar, como ele estava negando seu pedido? Quem ele pensa que é para tratá-la de tal forma?
— Olha aqui, senhor… ela nem teve tempo de terminar a frase quando ele a corta novamente.
— Eu disse que não, ele vai sair daqui, já fizeram o piquenique no jardim, agora arrume outra atividade, mas daqui ele não sai — disse ele. 

Deixando uma Seher enfurecida, a menina saiu do escritório reclamado, entrou no quarto de Yusuf, arrumou o menino e saiu com ele para o parque sem a permissão de Yaman. Quando foi procurar o menino ficou irado ao saber que ela saiu sem a permissão dele, levando o menino. 

Yaman logo mandou que os seguranças a procurassem, quando chegou no parque e viu os dois brincando, o homem agora irritado foi até o sobrinho pegando ele no colo e puxando a menina pelo pulso. Os três chegaram na mansão em total silêncio, mas logo foi quebrado quando entram e Yaman pediu para que levassem Yusuf para o quarto e chamou Seher para o escritório. 

— Você não tinha o direito de fazer isso — ela grita em alto e bom som entrando no escritório atrás de Yaman. 
— Eu disse para não sair, é tão difícil assim para você seguir uma ordem?
— Como? — Seher dá alguns para frente ficando tão próximo que poderia sentir a fragrância da Colônia que Yaman estava usando. 

— Eu acho que não entendi, mas deixa eu esclarecer uma coisa: — Primeiro não sou alguns dos seus empregados para receber ordens, segundo sou tão parente desse menino quanto você por tanto tenho meus direitos de levá-lo onde e quando eu quiser. Estamos entendidos? 

— Ele é só uma criança que acabou de perder a mãe e fica o tempo todo preso nessa casa —  rebateu ela bufando.
— Não irei repetir novamente, se quiser vê seu sobrinho vai estar  nessas condições — disse o homem  ainda mais  irritado. 
— Você não pode fazer isso, Yaman. Não pode. Sereh estava irritada com tudo que estava acontecendo naquele escritório.

O homem já estava ficando sem paciência para continuar a conversa com a menina, que por sua vez não iria dar o braço a torcer, Yaman andou até ela parando a sua frente, com um olhar frio e irritado. 

— Se tentar passar por cima das minhas ordens novamente, pagará o preço por tal afronta — seu tom de voz saiu alto, fazendo com que a jovem encolheu os seus ombros. 
— Yusuf não será seu prisioneiro como minha irmã foi, irei tirar meu legado daqui, nem que para  isso eu preciso recorrer à justiça —  disse ela, seu tom de voz saiu alto assim como o de Yaman. 

A menina virou as costas e saiu do escritório, deixando para trás um Yaman, completamos irritado derrubando tudo o que estava na mesa devido a sua raiva. 

— Se ele pensa que pode me intimidar,  está muito enganado, irei hoje mesmo procurar um advogado e darei entrada no pedido de guarda de Yusuf — disse ela pegando seu celular. 

Seher procurou muitos advogados em Istambul e nenhum deles era bom o suficiente para enfrentar o tio de Yusuf, até que ela conseguiu achar um advogado que ficava em uma vila fora de Istambul. Ligou na mesma hora para o homem que aceitou uma reunião com ela no dia seguinte em Istambul mesmo, pois teria uma audiência na cidade. 

kaderin tuzaklarıOnde as histórias ganham vida. Descobre agora