Reed Spencer é o caos em pessoa, encrenqueira, problemática até o último fio de cabelo prateado e precisa - urgentemente - de um teto temporário enquanto procura um bom apartamento.
E quando não se é tão amigável, nem gentil, ou ao menos simpática...
Você pode deixar pra lá Você pode dar uma festa cheia de todo mundo que você conhece Você pode começar uma família que sempre vai te mostrar amor Você não precisa se desculpar, não.
Matilda - Harry Styles.
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Atualmente.
Dizem que a pessoa que amamos, que somos capazes de ficar em um silêncio confortável e dormir tranquilos a noite, é a pessoa que nos faria sentir seguros quando crianças.
Olhando para o perfil adormecido de um homem imenso e tatuado, não consigo imaginar um dia em que eu me sentiria menos do que segura perto dele.
Toco sua bochecha, sua boca está entreaberta e suas pálpebras pesadas. Ele parece tão vulnerável e relaxado abraçando o travesseiro contra parte de seu rosto.
Gregori não sabe, nem eu mesma sabia, no entanto, acho que já esperava por aquilo, pelo pedido. De certa forma fazia sentido.
Não lembro de ter sido tão feliz antes, talvez em algum momento na infância, quem sabe antes da morte dos meus pais.
Sua respiração é tão pesada e ritmada, é o único som preenchendo o quarto silêncio.
Não quero parar de olhar para ele, sinto que se o fizer isso pode desaparecer, este momento, toda essa felicidade.
Pela primeira vez, tenho algo nas mãos, algo tão, tão raro, tão bom.
Não vou estragar nada. Não vou ferrar as coisas. Não vou ter medo disto.
Deitada ao seu lado, me aproximo mais do seu corpo sonolento.
— Sinto muito por termos perdido tanto tempo — se eu nunca tivesse agido como uma tola no passado. Se tivesse enfrentado a nossa primeira noite, tivesse aceitado tudo que sentia. Se, por um momento, tivesse lidado melhor com meus problemas e não direcionado uma obsessão idiota para Adam, tantas coisas seriam diferentes.
Greg e eu poderíamos estar juntos há muito tempo. Adiei tudo isso. Todas essas sensações incríveis.
Não fecho os olhos, nem tento dormir, sei que não conseguirei.
Eu quem deveria estar pedindo, de joelhos, para que ele casasse comigo.
***
Coloco a jarra em cima da mesa e três homens crescidos, sem camisa e de olhos inchados, me olham como se eu fosse uma das pragas do Egito.
Greg põe a mão em meu quadril enquanto ergue os olhos para mim, sentado como uma criança birrenta na cadeira.
— Isso é mesmo necessário? — seu olhar de julgamento recai sobre o liquido verde e espesso.
Adam tem o rosto amarelo, dos três, ele é quem está pior, e ao encarar a jarra, sua cor some ainda mais do rosto.
— Sim, é — digo com firmeza e Peter mexe a boca sem emitir nenhum som, sibilando um xingamento muito feio para mim.
