32 - Peter Brooks

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Meus dedos estavam doendo, latejando para ser exato, de uma maneira que não doíam há muito tempo

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Meus dedos estavam doendo, latejando para ser exato, de uma maneira que não doíam há muito tempo.

Seguro o copo de Whisky com gelo com força, sentindo a frieza adormecer os dedos doloridos um pouco. É uma dor satisfatória de certa forma, principalmente quando Recordo o motivo.

Espero que isso não faça de mim um desses caras masoquistas. Tenho pavor de todas essas merdas de cunho sexual que são relacionadas a dor, e, por incrível que pareça, tenho um ímã para mulheres taradas por me amarrar e me bater.

Virou um pré requisito saber de antemão, antes que vá para um hotel com alguém, perguntar se a pessoa quer me chicotear ou pisar nas minhas bolas durante o sexo, assim me dá tempo de correr da situação antes que eu esteja preso numa cama por algemas de aço.

Apago as sombrias memórias de eventos ocorridos há dois meses atras. Bolas não se recuperam muito bem depois de encontrem salto agulha.

Balanço a cabeça.

Sentado no canto mais escuro do bar, passo a refletie porque de todos os lugares e bares chiques de Blue Sky fui parar exatamente no que fica ao lado de uma sede jornalística. Pior, fui parar no bar ao lado da Sky notice Journal, apenas a sede da revista local que mais odeio. E a que definitivamente odeia a mim, meu emprego e a galeria em que trabalho.

Pelo menos uma vez no mês há alguma notícia polêmica a meu respeito, com relação as mulheres com quem saio dos hotéis, ou com os homens com quem saio dos hotéis, ou quando saio com ambos dos hotéis; no entanto, as vezes são trivialidades a respeito de minha má conduta sendo o filho de um pastor, do quanto bebo semanalmente e a minha incrível capacidade de comprar roupas sob medida.

Seria uma noticia e tanto se eles soubessem o estrago que uma mulher e um salto é capaz de fazer com minhas bolas. Espero capaz de ter filhos um dia depois de tal experiência assombrosa.

Bom, Sky Notice Jounal me odeia, e eu os odeio, não á alguém especificamente, mas a revista. E é por isso que eu me divirto no seu bar favorito, com todos seus jornalistas e redatores, apenas para lhes dar mais conteúdo.

Só que hoje, hoje não, não estou aqui por causa do meu senso de humor distorcido.

O bar, chamado de Mermaid Blue, é muito barulhento, todos estão a cada instante conversando, berrando e atirando dardos em um alvo nos fundos aonde nunca acertam o centro. Todo esse barulho é suficiente para abafar meus pensamentos e minha ressaca moral, ou a ausência da mesma.

O rosto sangrento me vem a mente, olhos inchados, nariz quebrado e o som de uma respiração entrecortada quando se está perto de ter um colapso de tanto apanhar.

O estrago que eu fiz no rosto dele... Nem se compara com o que fiz com o resto de seu corpo.

Quase matei um homem hoje. Quase matei um homem na porrada hoje, e tudo que tenho são hematomas nos dedos.

2 •Esqueça Ela - Blue Sky CityWhere stories live. Discover now