14 - Bom homem

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Porque toda vez que eu chego muito perto eu só bagunço tudo

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Porque toda vez que eu chego muito perto eu só bagunço tudo.

Mess It Up - Gracie Abrams

Atualmente.

O blazer cinza do homem de dente-de-ouro está pendurado em meus ombros quando entro no quarto de Greg.

No fim da festa, após algumas taças de champanhe para me acalmar e flertes estúpidos para distrair minha cabeça do homem que se encontra esparramado na cama a minha frente; eu deixei que James Crawfard me beijasse. Não, não apenas beijasse.

Eu deixei que ele me agarrasse contra sua Mercedes no estacionamento da galeria, quase atendendo aos seus pedidos sussurrados para que eu entrasse no carro e o acompanhasse até o hotel onde ele se encontra hospedado.

Eu beijei aquele homem com força, como se fosse possível apagar o rastro dos lábios de Greg dos meus. Mas, no entanto, beija-lo havia sido um lembrete doloroso dos beijos vorazes e intoxicantes de Gregori.

Ainda sentia meus lábios inchados e dormentes, embora horas tenham se passado e quase seja duas da manhã.

Deitado de bruços no colchão, segurando um dos travesseiros com um dos braços, Greg resmunga em seu sono. As costas nuas com os dizeres em chinês parecem tensas, da cintura para baixo o edredom pesado o cobre.

Me apoio no batente, o encarando, terrivelmente intrigada e lamentavelmente sedenta por coisas que não deveria estar.

É o Greg. E eu sou a Reed.

Combinamos quando se trata de bater nas pessoas e falar palavras feias. Combinamos como amigos, na terra já conhecida e segura onde um é a âncora do outro.

Seguro o blazer do homem com dente de ouro contra mim. Ele cheirava bem, e beijava bem também. Eu acho. Não tinha me permitido me envolver de fato pelas sua carícias. A cada segundo era como se James tentasse me amansar, acalmar uma fera. Adestrar.

Gregori me tocara como se tentasse me vencer, não me mudar. Era... Diferente do que estava acostumada. Ele parecia saber exatamente o que fazer. E isso é irritante. É odioso.

Não quero dormir no sofá novamente, minha coluna chora só de imaginar ter que passar oito horas deitada naquela droga. Entretanto, dormir na cama de Greg não me soa como uma boa ideia agora.

Ignorar uma noite que aconteceu quando eu tinha dezessete anos e ele estava completamente bêbado, era uma coisa; fingir que os últimos acontecimentos haviam sido um delírio era impossível, não existia nenhuma muleta que eu pudesse culpar.

Eu quis, eu gostei, eu queria mais.

Não é que durante todo o tempo eu não esteja ciente dos músculos, os músculos gloriosamente esculpidos dele; a postura intimidante e inegavelmente máscula. Tudo em Gregori é irritantemente viril, do olhar até a maneira como ele segura xícaras de café.

2 •Esqueça Ela - Blue Sky CityWhere stories live. Discover now